Envelhecimento da população LGBT+ revela desigualdades

• LGBT+, envelhecimento e saúde • Gavi perde financiamento dos EUA • 7 milhões ainda morrem pelo tabaco • E MAIS: Agora Tem Especialistas; drogas; saúde infantil; acesso a energia •

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Reportagem de Adriano de Lavor na Revista Radis oferece um olhar aprofundado para os desafios da população LGBT ao envelhecer no Brasil. Ao passar por uma transição demográfica acelerada, em que o número de pessoas idosas dobrou em vinte anos, o país também escancarou sua dificuldade de garantir a equidade no acesso à saúde. “A gente vê as marcas da desigualdade nas possibilidades de envelhecer”, avalia o geriatra Milton Crenitte. A falta de dados sobre a diversidade entre os idosos e os constantes casos de LGBTfobia e violência são alguns dos desafios específicos – agravados por determinações de raça e classe. Um relatório publicado pela UFMG em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte sublinha o problema do adoecimento mental, muito ligado ao abandono e à rejeição. Apesar dos entraves, estudiosos ouvidos pela reportagem destacam: o Sistema Único de Saúde (SUS) é o instrumento decisivo para “a retomada e a consolidação da cultura do cuidado para todas as pessoas”.

EUA se retiram da aliança de vacinas Gavi

Nesta semana, foi dado um novo e devastador passo no desfinanciamento da saúde global pelos EUA, noticia o The New York Times. Por meio de uma mensagem em vídeo, o secretário de saúde Robert Kennedy Jr. anunciou o fim do repasse de recursos norte-americanos à Gavi, uma importante aliança público-privada de distribuição de vacinas. Na pandemia da covid-19, o grupo colaborou decisivamente com a OMS e os governos do mundo no envio de mais de 1 bilhão de doses de imunizante para países de renda média e baixa. A justificativa apresentada pelo auxiliar de Trump é francamente negacionista: questiona-se a distribuição pela Gavi de vacinas contra a difteria que possuem décadas de eficácia comprovada. O congelamento da soma de US$1,2 bilhão prometida ainda na administração Biden pode ter um efeito destrutivo em campanhas de imunização por todo o mundo.“Isso estabelece uma posição oficial dos EUA contra a vacinação infantil. É um desastre para as crianças e para a saúde pública”, avalia epidemiologista entrevistado pelo jornal.

OMS: É preciso agir mais contra o fumo para contrapor interferência da indústria

Divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), um novo relatório aponta que o uso de tabaco ainda mata 7 milhões de pessoas por ano no mundo. O documento alerta que “é preciso ação para manter e acelerar o progresso no controle do tabaco, em meio à crescente interferência da indústria que desafia os esforços e políticas públicas de controle”. Apenas quatro países – entre eles, o Brasil – implementam todas as propostas do conjunto de medidas conhecido pelo acrônimo MPOWER, que incluem a proibição da publicidade e a taxação de produtos de tabaco. Além disso, 110 governos não promoveram nenhuma campanha contra o fumo desde 2022. Apenas 3 nações ampliaram os impostos sobre os cigarros a um nível considerado eficaz. Mesmo entre os Estados que possuem legislações de controle do tabaco, “sua aplicação ainda é inconsistente”, lamenta a OMS.

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Agora Tem Especialistas tomando forma

Sai, já na próxima semana, o edital que permite hospitais privados e filantrópicos interessados em abater dívidas tributárias com a União em troca de atendimento especializado para o SUS iniciar o cadastro. Veja o que diz o ministro da Saúde.

Novos dados sobre consumo de drogas no Brasil

Uma pesquisa divulgada pela Unifesp mostra que o consumo de cocaína e crack entre a população maior de 14 anos se manteve estável na última década no Brasil. Por que o fato é considerado bom?

Opas quer fortalecer saúde infantil nas Américas

A Opas lançou o Repositório de Defeitos Congênitos nas Américas, uma plataforma interativa que consolida dados em tempo real sobre anomalias congênitas notificadas pelos sistemas nacionais de vigilância epidemiológica na América Latina e no Caribe. Quais os benefícios?

Acesso à energia melhora, mas ainda não é universal

Novo relatório mostra que quase 92% da população mundial tem acesso básico à eletricidade. Por outro lado, a taxa atual é insuficiente para atingir o acesso universal até 2030. O que deve ser feito?

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