É preciso uma “OAB dos dentistas”?
• “OAB dos dentistas” em debate • Guerra civil no Sudão atinge saúde • Fiocruz pede segurança cidadã • E MAIS: Saúde e IA; Manual de surtos; Tylenol nos EUA; Mulheres na saúde •
Publicado 31/10/2025 às 13:28 - Atualizado 31/10/2025 às 13:29

Tramita no Senado um projeto de lei que cria uma prova nacional obrigatória para o exercício da odontologia, que seria uma “OAB dos dentistas”. O CFO (Conselho Federal de Odontologia) aponta o exame como forma de proteção à saúde pública e valorização da classe. O conselho conta com mais de 449 mil cirurgiões-dentistas registrados, tornando o Brasil o país com o maior número de profissionais do ramo.
O debate posto passa a ser se mais um “provão” é o que irá garantir a qualidade da formação dos profissionais. Em entrevista a este boletim, Rosana Onocko, psicanalista e membro do GT de Educação da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) comentou a estratégia da criação de mais exames nacionais para os estudantes da saúde: “Deveria haver avaliação das escolas e não somente dos discentes: estrutura, corpo docente, conteúdo curricular adequado às diretrizes nacionais, etc”.
Chacina em hospital do Sudão
Nesta terça-feira (28), a Organização Mundial da Saúde (OMS) denunciou que 460 pacientes e acompanhantes foram assassinados no Hospital Maternidade Saudita em El Fasher, no Sudão. Este é o único hospital parcialmente em funcionamento na cidade, que sofria um cerco brutal do grupo rebelde Forças de Apoio Rápido, inimigo do governo militar. Outros seis profissionais da saúde foram sequestrados durante o ataque.
Em sua nota, a OMS condenou a escalada de violência que domina o local e anunciou o envio de equipes humanitárias para atender as mais de 260 mil pessoas que seguem presas na cidade, sem acesso a ajuda desde fevereiro deste ano. O país se encontra em guerra civil há cerca de dois anos, e estima-se que mais de 80% de seu sistema de saúde esteja destruído.
Fiocruz lança manifesto por segurança cidadã
Após a ocorrência da mais letal operação policial da história da cidade do Rio de Janeiro nesta terça-feira (28), a Fiocruz, ao lado de instituições públicas e entidades civis e comunitárias, divulgou um manifesto por uma Segurança Pública Cidadã. A chacina promovida pelo Governo do Estado levou à morte de pelo menos 121 pessoas, superando o massacre do Carandiru em São Paulo, com 111 mortos.
O documento enfatiza que “os impactos da violência armada no Rio de Janeiro não são novidade e vão muito além das estatísticas de criminalidade. Agudizam uma crise de natureza socioeconômica que há muito corrói o cotidiano das pessoas, o refúgio de suas casas e mesmo seus momentos de lazer, subtraindo a integridade física e mental de comunidades inteiras”.
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Regular a IA na saúde
Após assinar um memorando pela regulação do uso da inteligência artificial na saúde pública e privada, o Brasil passou a compor a Health AI, entidade que trabalha para a implementação de mecanismos regulatórios globais da IA na saúde. Entenda.
Manual de resposta a surtos
O Ministério da Saúde traduziu para o português o Manual de Resposta Nacional a Surtos da Rede Global de Alerta e Resposta a Surtos (GOARN), publicado pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS). Conheça o documento.
Kennedy Jr. versus Tylenol
O secretário de Saúde dos Estados Unidos recuou parcialmente em suas declarações sobre a relação entre o Tylenol e o autismo. Kennedy comentou que as associações ainda não são suficientes para determinar os malefícios do medicamento. Confira a fala completa.
Fórum de Mulheres na Saúde
Representantes do governo lançaram nesta semana o Fórum de Mulheres na Saúde, iniciativa que busca promover o “debate permanente” e “construção coletiva” de políticas públicas que promovam a saúde integral das mulheres. Saiba mais sobre o espaço.