Audiência na Câmara contra gravidez infantil 

• Criança não pode ser mãe • Para monitorar produtos de aleitamento infantil • Como adolescentes veem sua saúde • E MAIS: mortes por oropouche; transplantes; BH poluída; artigos escritos com IA •

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Uma sessão na Comissão dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados foi marcada pela forte presença de diversos movimentos sociais, em especial feministas, que reforçaram sua campanha pelo direito ao aborto legal. Na reunião, foi mostrado um vídeo curto com sínteses sobre o contexto de abusos sexuais e casos precoces de gravidez de menores de 14 anos, que alcançam a marca de 20 mil partos por ano no país. 

O encontro contou com parlamentares identificadas com os setores progressistas e foi uma ação da campanha Criança Não é Mãe, atuante no Brasil desde 2020, em parceria com campanhas semelhantes em países latino-americanos, em especial a Argentina – onde o direito ao direito foi conquistado.

À Agência Câmara, Erika Hilton (Psol/SP) destacou que o aborto já é um fato da realidade e as presentes na reunião destacaram questões de direito à saúde e também a uma infância e adolescência dignas, em acordo com leis do país. 

Fiocruz lança ferramenta sobre opções a leite materno

Presente na 78ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, a Fiocruz apresentou um programa de monitoramento de produtos alternativos ao leite materno. Isso porque as redes sociais são terreno livre para divulgação de produtos que passam ao largo de controles de qualidade, em contexto onde a maior parte das mães não pode amamentar seus filhos por 2 anos, tempo que seria ideal. No Brasil, 46% dos bebês são amamentados até os 6 meses e 35% até os dois anos.

“É um grande avanço para a saúde pública, já que mais à frente poderá ser usada para monitorar propaganda de álcool, tabaco, cigarro eletrônico, refrigerante e outros produtos”, resumiu Cristiano Boccolini, do Instituto de Comunicação e Informação em Ciência e Tecnologia da Saúde da Fiocruz. A ferramenta foi lançada no dia 21, quando a OMS celebra o Dia Mundial de Proteção ao Aleitamento Materno e contou com a participação de representantes da saúde de outros países em seu evento de lançamento.

A vida adolescente até 2030

Uma comissão da Revista Lancet publicou estudo que analisa diversas dimensões da vida dos jovens e suas projeções até 2030. No caso, foram abarcados na categoria adolescentes pessoas de 10 a 24, portanto, um grupo estendido em relação à noção convencional. De todo modo, a pesquisa busca compreender problemas a serem enfrentados por este grupo social pouco visível nas políticas de saúde.

Questões como sobrepeso, acesso a alimentos, saúde mental, relação com as redes sociais e até mudanças climáticas – que podem se refletir nos padrões de vida – foram comparadas pelos pesquisadores. Em linhas gerais, obesidade a partir de uma alimentação inadequada, depressão e ansiedade lideram os tópicos de preocupação. Pelo lado positivo, melhor escolaridade e menor consumo de tabaco e álcool foram apontados como tendências dos próximos anos entre esses jovens. 

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RJ confirma mais duas mortes por febre oropouche

As novas vítimas da febre oropouche são duas mulheres, de 34 e 23 anos, moradoras das cidades fluminenses de Macaé e Paraty, respectivamente. Ambas começaram a apresentar sintomas em março e faleceram poucos dias depois. Apesar da gravidade dos casos, o estado informou que são considerados isolados. Saiba mais.

Opas e Espanha querem expandir acesso equitativo à saúde nas Américas

Paralelamente à 78ª AMS, o diretor da Opas, Jarbas Barbosa, e a ministra da Saúde da Espanha, Mónica García, assinaram, nesta terça (20), uma Carta de Intenção para promover a cooperação em doação e transplante de órgãos, a fim de expandir o acesso equitativo a esses procedimentos na América Latina e no Caribe. Veja o que diz o plano.

A relação entre poluição e doenças respiratórias em BH

Superlotação de Unidades de Saúde e  centenas de pessoas circulando com máscaras: Belo Horizonte vive cenário de emergência, desde o mês de abril, em decorrência do aumento das doenças respiratórias. Especialistas destacam que parte das causas dos dados alarmantes podem ser as consequências da crise climática. Entenda.

IA ligada à baixa qualidade de pesquisas biomédicas

Estudo mostra centenas de pesquisas que pareciam seguir um modelo semelhante, relatando correlações entre condições de saúde e variáveis já divulgadas, mas que, na realidade, não se submeteram à apuração dos dados estatísticos. Entenda o papel da IA nesse problema.

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