Alerta de gripe aviária diminui no RS

• Gripe aviária no RS: não foram relatados novos casos • OMS reconhece problemas da solidão • E MAIS: terapia com IA; luto parental; fungos em ração bovina; Política Nacional de Resíduos Sólidos •

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As barreiras sanitárias estabelecidas em Montenegro (RS), foco dos casos de gripe aviária detectados nas aves de exportação do país, foram diminuídas de 7 para 4. A fiscalização se fixou em um raio de 10 quilômetros de uma granja onde se encontrou o foco que fez as exportações do país serem suspensas.

Veículos com cargas animais eram parados e desinfetados a fim de se detectar novos casos de H5N1, conforme determinação do Ministério da Agricultura. Sem novos casos, o bloqueio foi reduzido, porém, a fiscalização continuará até que se completem 28 dias sem notificação.

O ministério ainda investiga focos de infecção em aves em outros estados. O caso de Montenegro foi o primeiro em frangos destinados ao comércio, mas já foram detectados outros 167 em território brasileiro desde 2023.

O contexto sanitário do Rio Grande do Sul neste momento joga luz sobre a ideia preconizada pela OMS em Assembleia em 2024, quando apresentou o projeto One Health, adotado no Brasil através do Plano Uma Só Saúde, que conecta políticas de saúde humana, animal e vegetal. Resta saber como promover tal realidade em meio a um modelo econômico capitalista em sua fase mais predatória, como analisado à época pelo Outra Saúde.

Solidão, um problema de saúde pública

“Hoje foi a primeira vez que a conexão social foi formalmente reconhecida pela OMS”. Foi assim que Ailan Li, diretora assistente para cobertura universal em saúde, sintetizou o documentPromover a conexão social para a saúde global: o papel essencial da conexão social no combate à solidão, ao isolamento social e às desigualdades em saúde (em tradução direta), durante a 78ª Assembleia Mundial de Saúde da entidade ligada à ONU.

Apresentada em conjunto por Chile e Espanha, a iniciativa coloca uma proposta de nova abordagem política ao isolamento social, com mapeamento de população mais vulnerável a tal condição, uso de redes sociais para monitoramento e ampliação de laços comunitários. Entre os argumentos, os proponentes afirmam que a solidão é uma condição contemporânea presente na vida de parte das pessoas, que se evidenciou na pandemia de coronavírus, e amplia possibilidades de desenvolvimento de doenças coronarianas, depressão e demência.

De acordo com o exposto, tal condição não afeta necessariamente pessoas de pior condição socioeconômica. É presente também em países de maior renda, como nações europeias e Japão. Além disso, também atravessa diversas faixas etárias, o que fez delegações de alguns países pedirem uma melhor educação no uso de redes sociais, pois seu uso desprotegido tem gerado distúrbios na sociabilidade infanto-juvenil.

Por sua vez, o Brasil, que acabou de proibir o uso de celulares em escolas, destacou que a solidão também afeta desigualmente os grupos sociais mais vulneráveis, e mencionou idosos, encarcerados e população indígena como exemplos. 

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Lula sanciona Lei do luto parental no SUS

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Toxinas de fungos em ração de vacas

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