Uma parceria na luta pela terra e pela informação
Enquanto o agronegócio avança, nós cultivamos alternativas. O Armazém do Campo colhe soberania alimentar e nós contamos essa história juntos. Quem apoia nosso jornalismo tem direito a 10% de desconto nos produtos da Reforma Agrária
Publicado 17/10/2025 às 17:11

Enquanto o agronegócio ergue cercas de arame farpado e monocultura do pensamento, nós seguimos derrubando muros. Acreditamos que não basta denunciar o veneno na comida e na informação, é preciso cultivar alternativas.
Se nosso jornalismo insiste em desmontar as narrativas do agronegócio, nada mais justo que apontar – e fazer parte – de quem já constrói alternativas reais, como o Armazém do Campo, onde os produtos da Reforma Agrária Popular são postos à mesa – chamamos isso de soberania alimentar.
O Armazém é um projeto que nasceu das Feiras Nacionais da Reforma Agrária e que vem se enraizando cada vez mais pelo Brasil. É também uma das expressões do projeto político construído em assentamentos do MST. Ademar Ludwing, coordenador da Rede de Armazéns do Campo, afirma que as unidades são muito mais que um espaço de comercialização.
Nas prateleiras das mais de 20 unidades espalhadas pelo país, aroma de café fresco e cestas transbordam de cores: o roxo da berinjela, o laranja da abóbora, o vermelho do tomate. Alimentos colhidos pelas mãos de trabalhadores camponeses comprometidos com a terra, sem veneno e sem pedir licença ao agronegócio.
E a partir de agora, essas mesmas mãos que cultivam a terra e essas mesmas palavras que cultivam o pensamento se entrelaçam numa aliança renovada: Outras Palavras e Armazém do Campo, unindo jornalismo independente e soberania alimentar no mesmo prato.
Fazemos esse encontro não como quem faz uma parceria comercial, mas como quem reconhece um companheiro de trincheira. Afinal, enquanto nosso jornalismo derruba as cercas do pensamento único, o Armazém derruba as cercas do latifúndio. Enquanto mostramos que o “agro pop” é um engodo envenenado, eles oferecem a prova concreta de que outro modelo alimentar não só é possível como já está acontecendo.
Para a coordenadora estadual do MST, Eró Silva, o Armazém faz uma relação e um diálogo muito importante entre o campo e a cidade, a partir dos alimentos produzidos nos assentamentos. “Ele possibilita escoar a produção, mas também promover o diálogo sobre a Reforma Agrária Popular, sobre alimentação saudável e sobre os cuidados com os bens da natureza que os assentados fazem, incluindo as áreas que são recuperadas”.
É o café servido com conversa em São Paulo, o reconhecimento como patrimônio cultural no Rio, a feira que transforma sábado em festa no Distrito Federal. É o lugar onde, como diz Ademar Ludwig, coordenador da rede, “tu vai encontrar os frutos da luta pela terra” – do quilombola, do ribeirinho, da mulher camponesa.
Quando um leitor do Outras Palavras ganha desconto no Armazém, não está apenas economizando, está fechando um círculo virtuoso: sustenta a informação que desmascara o agronegócio e fortalece quem lhe oferece alternativa real. Fruto de uma luta concreta e simbólica contra o agronegócio, aos agrotóxicos e pelo direito humano de ter acesso a uma alimentação farta de saúde, produzida de maneira que respeite os trabalhadores e a terra que nos nutre. Um enfrentamento prático e ativo que provoca modificações estruturais.
É a economia solidária sendo aplicada. Agora, essas duas sementes brotam no mesmo terreno. E convidam você para essa colheita.
Para quem lê e apoia o Outras Palavras a melhor notícia vem agora:
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