O corpo como instrumento de combate
Publicado 04/05/2018 às 19:22 - Atualizado 12/12/2018 às 15:27
Estreia em São Paulo peça construída coletivamente por estudantes e artistas, sobre as ocupações secundaristas. Dança e canto dão corpo às experiências registradas em atas, diários, fotos e vídeos
Por Jean Tible
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Quando Quebra Queima
4, 5, 6 de Maio (sexta a domingo), 19h
13 de Maio (domingo), 19h
Casa do Povo: Rua Três Rios, 252 – Bom Retiro
Metrô Tiradentes/ Metrô Luz
20 reais/10 estudante e morador do Bom Retiro
Secundarista de Escola Pública não paga
Bilheteria aberta 1h antes do espetáculo
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Quando Quebra Queima é uma peça construída por estudantes que viveram o processo de ocupações e manifestações do movimento secundarista em 2015 e 2016. Frutos da primavera secundarista, 14 corpos insurgentes deslocam para a cena a experiência dentro das escolas ocupadas, criando uma narrativa coletiva e comum a partir da perspectiva de quem viveu intensamente o cotidiano dentro do movimento.
Ocupando o tempo presente, a ColetivA provoca de maneira pulsante o universo que compõe esse movimento que transformou o corpo e vida de todos que participaram.
Quando Quebra Queima é um espetáculo levante, fruto de quase dois anos de encontros e vivências da ColetivA Ocupação.
A peça descatraca a memória coletiva narrando a experiência da luta secundarista que se estende à luta cotidiana daqueles que a viveram: resgatando atas, diários, fotos e vídeos.
Durante as ocupações, o grupo experienciou o que é pensar e agir através do corpo e performance como instrumento de combate, agora nesta peça provocamos o encontro entre a dança, canto, música para dar corpo as nossas experências.
Criação
Abraão Santos / Alicia Esteves / Alvim Silva / Ariane Fachinetto / Beatriz Camelo / Gabriela Fernandes / Ícaro Pio / Leticia Karen / Lilith Cristina /Marcela Jesus / Matheus Maciel / Mel Oliveira / André Dias de Oliveira / Heitor de Andrade / Martha Kiss Perrone / Mayara Baptista
ColetivA Ocupação
A ColetivA Ocupação é um encontro entre estudantes, artistas e performers de diferentes regiões de São Paulo, que se conheceram durante as ocupações entre 2015 e 2016.A partir dessa experência, a luta secundarista seguiu por vários espaços e ganhou diferentes formas e desdobramentos – o teatro e a performance foi uma delas. Em 2016 Martha Kiss Perrone com o espetáculo Rózà fez uma circulação por Escolas Públicas e muitos secundaristas se aproximaram do teatro com esse encontro.
A ColetivA, no seu dia a dia de encontro e investigação, busca tecer outras relações, na vida interna do grupo e com o mundo.
vamos ocupar as escolas
vamos ocupar as ruas
vamos ocupar os teatros
vamos ocupar as universidades
vamos ocupar as narrativas
vamos ocupar tudo
“Ver esses cabelos, esses cabelos azuis e rosas, esses vários tons. O que vocês fizeram, têm feito e estão fazendo é muito importante, mas é mais importante para aquilo o que podemos ser, e é disso que vocês estão falando, daquilo que nós podemos ser.”
(Salloma Salomão)
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