Última área plana de Mata Atlântica no Rio estava prestes a ir abaixo para abrir espaço à Fórmula 1, desejo de Bolsonaro. Em rara vitória, num cenário de devastação, prefeito Eduardo Paes cede a protestos e aceita retirar projeto
Forças Armadas gastaram em 2020, com satélite de baixa eficiência, três vezes mais que o orçamento do Ibama, ICMBio e Inpe, juntos. Apesar do gasto astronômico em operação “contra o desmatamento”, ano registrou devastação recorde
Proibida desde 2018, pesca de arrasto retorna ao RS, por liminar do STF, concedida pelo ministro indicado por Bolsonaro. Prática arrasa o ecossistema marinho e a pesca artesanal – mas agrada secretário ligado à indústria pesqueira
Outubro registra o menor índice de crimes violentos na Baixada Fluminense. Ao mesmo tempo, nunca houve tantos assassinatos pela polícia. Morte das primas Emilly e Rebeca, moradoras da região, é expressão da tragédia
Estudo em Belo Horizonte revela que mulheres que relataram agressão mais de uma vez correm 30 vezes mais risco de serem assassinadas. Entre 2013 e 2018, 77% dos casos sequer foram julgados. Processos levam em média 555 dias até veredito
Sob pandemia, e com vasta vacinação necessária, orçamento da saúde em 2021 tem corte de R$ 43 bi e afeta diretamente os municípios. Maia articula a criação dos “planos de saúde populares”; governo quer retomar privatização das UBSs
Já são 13,5 milhões de desocupados. Em setembro, 897 mil vagas fechadas, a maior parte no Sudeste. Baque no setor de serviços é o dobro da indústria; na Educação, 36 mil professores foram demitidos; baixas no trabalho doméstico somam 1,4 milhão
Inspirada na legislação europeia, ela dá um pequeno passo adiante, ao amenizar captura promovida por corporações. Mas abre campo enorme para espionagem do Estado, em nome da “segurança pública” e da “defesa nacional”
Mais de 200 mil novas armas já foram adquiridas no Brasil. Governo age de forma explícita para corroer uma das bases da democracia moderna, tornar “legítimo” o uso da violência privada e reviver fantasma dos “inimigos internos”
Comprados no Paraguai, armamentos cruzavam a fronteira e seguiam o país em diversas maneiras, incluindo pelo serviço postal, ocultos em aparelhos domésticos. Mercadoria abastecia de policiais, milicianos cariocas e traficantes