Programa tornou-se marco no combate à pobreza no Brasil e grande bandeira de Lula. Mas a alta dos preços da comida o corrói – e, ainda assim, governo diz que não elevará seu valor. Isso em nada ajudará o presidente na tentativa de reconexão com sua base social para 2026
Brasil pagou este valor, em doze meses, ao parasitismo financista. Mas insiste em cortes nos gastos sociais que podem aprofundar desigualdades e abrir espaço para a privatização de serviços públicos. Se 2026 já começou, como diz Lula, é hora de reorientar a política econômica
Reunião ministerial nada apresentou de concreto. E houve até ministro que disse: se a laranja está cara, que coma outra fruta. Governo abre mão de estoques reguladores e retomar o protagonismo do Estado. Queda na popularidade de Lula é sintomática
É provável que pouco mude na política monetária: novo presidente do BC endossou juros altíssimos de Campos Neto e relativiza o ataque do financismo à moeda nacional. Já ministro da Fazenda aventa uma insana desaceleração do crescimento do PIB
Outras saídas eram mais simples e eficazes aos cortes. Uma MP para eliminar isenção tributária para lucros e dividendos, por exemplo. Pacote de Haddad, no entanto, escolheu penalizar os mais vulneráveis. Mas ainda há tempo de reverter a rota austericida…
Fazenda propõe “economizar” R$ 31 bi em 2025, mas país transfere, a cada ano, 25 vezes mais ao rentismo. Pacote de Haddad deixa de fora dos cortes o pior gasto de todos: regressivo, parasita e concentrador de renda. Porém, fica cada vez mais claro onde está a “gastança”