Antropóloga examina estratégias de grupos fundamentalistas para negar a pandemia. Mas vê crescente fissura na base evangélica antes ligada ao bolsonarismo, e identifica segmentos com bandeiras progressistas e em defesa da vacina
Liderança na luta pelo Direito aos Medicamentos explica: Big Pharma lucra em “contratos sigilosos” com governos, impede que mais laboratórios produzam imunizantes e, em meio à pandemia, provoca escassez de remédios essenciais em todo o mundo
Cédric Duran, economista francês que cunhou o termo, explica-o: domínio das mega-plataformas criou dependência e controle muito mais graves que os da era industrial. Em breve, pode não haver vida econômica fora do território dos gigantes
País já tinha 10 milhões em 2018 após fim da valorização de salário e distribuição de renda. Pandemia, desemprego, fim dos R$ 600 e desmonte das políticas de amparo à agricultura familiar devem agravar ainda mais o quadro
Os mercados sozinhos não responderam à crise. No Brasil e EUA, os produtos mais simples não foram supridos. Para mudar este quadro, economista convoca a olhar os países bem-sucedidos, com instituições robustas e forte proteção social
Ressurgimento de fenômeno aparentemente longínquo: a religião como ícone de dominação violenta. Como o vazio institucional nas favelas introjetou o fundamentalismo no coração da ordem miliciana que subjuga população
Apoiadores do presidente, instigados por ele, amotinaram-se contra o lockdown, que teria reduzido a tragédia. Ministério da Saúde despreparou população, ao “tranquilizá-la” com a cloroquina. Agora, presidente tenta lavar as mãos
Enquanto o mundo aguardava o encerramento de um ano maldito, o cassino financeiro celebrou comissões bilionárias com mercado de dívidas impulsionado por empresas quebradas, e irrigado com rios de dinheiro dos Estados
Oceanógrafo aponta: decisão do STF que suspendeu ataque do ministro do Ambiente a manguezais e restingas não basta. Para deter desastre, será preciso proteção mais robusta, principalmente contra abusos do próprio governo
Paralisia econômica e desigualdades explosivas levam executivos a questionar busca do lucro máximo, a curtíssimo prazo. Mas hesitam: por que romper com os dogmas de Milton Friedman, que glorificam o interesse egoísta acima de tudo?