Interrompido há uma década, boletim com informações da Rede de Atenção Psicossocial volta em boa hora. Mas é preciso ir além dos números: sua análise deve incentivar ações que respondam às necessidades reais nos territórios
Na 68ª sessão da Comissão de Narcóticos da ONU, a América Latina brilhou: com suas propostas e exemplos, Colômbia, Brasil e Uruguai mostraram que só uma abordagem baseada na saúde pública, e não na violência, faz uma boa política de drogas
No ano passado, país registrou 400 mil afastamentos por saúde mental. Enfrentaremos a questão com mais diagnósticos, “mindfulness” ou repensando coletivamente relações laborais? Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador será espaço dessa disputa
Brasil vê sua população em situação de rua crescer, e com ela o sofrimento de pessoas com a vida em meio à violência. O problema não será solucionado sem o básico: oferecer casa a quem não tem – permanente, segura e integrada à comunidade
Dizer que a crise climática causa sofrimento não basta – ou poderíamos “resolver” a questão com mais drogas psiquiátricas. Há alternativa: combater a desigualdade, que agrava eventos extremos, será decisivo para uma resposta coletiva ao problema
Nossa Reforma Psiquiátrica deve muito à da Itália. Mas não a copiamos, e nem o queria Basaglia. Para avançar, é preciso valorizar nossas singularidades: o SUS, as Conferências Nacionais de Saúde Mental, Nise da Silveira – e o movimento de luta antimanicomial