Aborto ilegal: o papel dos profissionais da saúde

Categoria é essencial para garantir e lutar pelo direito ao aborto. Está em suas mãos, inclusive, perpetuar violências ou salvar vidas

Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Para avançar na dignidade reprodutiva e sexual para mulheres, é necessária a mobilização dos profissionais da saúde. A participação deste campo foi essencial em todos os países latino-americanos que conquistaram o direito ao aborto. Esta foi uma das colocações centrais de Amanda Nunes, do Instituto de Bioética do Distrito Federal na mesa “Aborto no Brasil Hoje”, na Abrascão 2025. Durante o debate, a responsabilidade dos profissionais da área foi apontada, uma vez que pode estar em suas mãos a possibilidade de punir uma paciente ao suspeitar que ela tenha feito ou queira fazer um aborto, ou garantir o acesso a um procedimento seguro, que pode ser decisivo em sua sobrevivência.

A mesa contou, também, com a apresentação do relatório “Aborto no Brasil: inseguro, ilegal e criminalizado”, realizado por Emanuelle Goes, da Associação de Pesquisa Iyaleta, com a colaboração Mariana P. Lima, pesquisadora de pós-doutorado do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (CIDACS/ Fundação Oswaldo Cruz). A pesquisa reúne dados inéditos sobre a tentativa de aborto inseguro como resultado da criminalização, nos últimos dez anos no país, e discorrendo sobre os diversos métodos alternativos e mortais utilizados, principalmente por mulheres pretas, pardas e em situação de vulnerabilidade.

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