Anvisa autoriza Embrapa a cultivar e pesquisar maconha

• Embrapa vai estudar cannabis • Estatuto para pessoas com deficiência • Vacinas contra malária para crianças • E MAIS: intoxicações por metanol; antibióticos e ISTs; redes sociais; vacina contra HPV •

© Divulgação Polícia Federal
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Na última quarta-feira (19), a Anvisa aprovou uma autorização excepcional para que a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) cultive e pesquise a cannabis. A autorização foi dada mais de um ano após a solicitação da empresa, que é ligada ao Ministério da Agricultura, tem fins somente científicos e não permite comercialização.

Em 2024, já havia cerca de 672 mil pacientes brasileiros que se tratam com cannabis. A pesquisa, então, busca permitir que o país tenha base e estrutura próprias nas pesquisas sobre o uso medicinal da substância. Além disso, a Embrapa busca aplicações industriais da planta, que tem grande potencial para a produção de fibras e óleos vegetais, com uso em diferentes segmentos, como têxteis, cosméticos e até combustíveis.

10 anos do estatuto para pessoas com deficiência

Em 2025, completou 10 anos a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015). Sua criação é resultado da mobilização social e da ratificação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU) e busca assegurar o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais das pessoas com deficiência (PcD).

De acordo com Hisaac de Oliveira, advogado e servidor da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, as duas principais conquistas da legislação estão nas áreas da capacidade laboral e da capacidade civil. Para ele, que foi entrevistado pela revista Radis, a lei vem para garantir que o desejo da pessoa com deficiência seja respeitado. 

Gavi e Unicef assinam acordo para pagar menos em vacina contra malária

Um acordo firmado entre a Unicef, Gavi (Aliança da Vacina, organização internacional) e o Serum Institute da Índia reduzirá em 25% o preço das vacinas contra malária para crianças. A dose da chamada R21 caiu de US$ 4, para US$ 2,99, e será fornecida em cerca de um ano. A OMS aponta que tratar um caso de malária na África subsaariana pode custar entre entre US$ 4 e US$ 7 por visita ambulatorial, enquanto casos graves podem custar mais de US$ 70.

A Unicef compra as vacinas com financiamento da Gavi, e ambas trabalham com governos locais para imunizar crianças nos países em situação de vulnerabilidade. A movimentação permitirá a imunização de 7 milhões de crianças a mais, mesmo em um cenário em sub-arrecadação de 3 bilhões de reais diante da retirada dos EUA ao fundo de ajuda internacional.

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Mortes por metanol

Sobe para 16 o número de mortes por intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica em todo o país. Segundo o Ministério da Saúde, há ao todo 97 casos registrados, sendo 62 confirmados e 35 em investigação. No geral, 772 suspeitas foram descartadas. Confira mais informações.

Resistência a antibióticos

A OMS alerta para o aumento da resistência a antibióticos pela bactéria causadora da gonorréia, uma Infecção Sexualmente Transmissível. Apenas entre 2022 e 2024, a resistência aos principais medicamentos utilizados cresceu em até 9,3%. Saiba quais os riscos.

Vício em redes sociais

Um estudo apontou uma redução de até 24% nos sintomas de depressão em pacientes que diminuíram drasticamente seu uso de redes sociais. Os pesquisadores monitoram o comportamento de 295 voluntários, que limitaram seu uso de redes a 2 horas diárias. O que dizem os especialistas?

Dose única contra HPV?

Um estudo comparou as vacinas contra o HPV bivalente, aplicada em uma dose, e quadrivalente, aplicada em três doses. Para a forma 16 do vírus, ligada à maioria dos casos de câncer, o imunizante de aplicação única não atingiu a mesma proteção. Entenda.

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