Teleatendimento reduz mortes maternas no AM

• Atendimento de gestantes à distância • Doenças negligenciadas e o clima • E MAIS: atendimento do SUS na COP; combate ao HIV; futuras epidemias; mais sobre paracetamol e gravidez •

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Uma parceria da Universidade Federal do Amazonas com o Ministério da Saúde tem produzido avanços importantes no acompanhamento pré-natal de gestantes do estado. Dadas as dificuldades estruturais de deslocamento, a telemedicina se torna uma ferramenta de melhoria no acompanhamento das pacientes, o que tem diminuído complicações e mortes decorrentes da gravidez.

Como explicam gestores locais ouvidos pela Folha, as equipes de atenção básica se deslocam até os locais onde moram as mulheres e realizam consulta à distância com obstetra em Manaus, que concentra a maior parte das estruturas complexas de atenção e internação.

Dessa forma, poupa-se tempo e recursos em longos deslocamentos e as gestantes conseguem ser melhor e mais rapidamente orientadas, o que resulta em um pré-natal mais seguro. Além disso, o estado tem treinado profissionais para identificar e acompanhar de forma apropriada as gestantes.

COP-30 debate doença de Chagas

Apesar de ter erradicado a doença como problema de saúde pública e controlado a transmissão vetorial por meio do mosquito barbeiro, ainda se estima uma prevalência de 1% a 2,4% da doença na população brasileira. No mundo, são cerca de 1 milhão de infecções anuais desta que é classificada como uma doença tropical negligenciada.

Dessa forma, o Ministério da Saúde aproveitou a COP 30 para realizar um debate sobre a doença de Chagas, cujos subsídios serão incluídos em plano de ação para combater esta e outras doenças evitáveis. A pasta também lançará o AdaptaSUS – Plano Nacional de Adaptação do Setor Saúde às Mudanças Climáticas, com metas de aumento da resiliência do sistema de saúde até 2035.

Em 2024, o país lançou o Plano de Ação Brasil Saudável, direcionado a eliminar a incidência de 14 doenças negligenciadas. No mesmo ano, o país conseguiu o certificado de erradicação da filariose linfática, conhecida como elefantíase.

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Força Nacional do SUS na COP-30

Além de auxiliar as vítimas do ciclone no Paraná, a Força Nacional do SUS foi mobilizada para um hospital de campanha na Cúpula do Clima de Belém. São 144 profissionais espalhados em postos próximos aos locais de evento, disponíveis 24 horas por dia, até 25 de novembro. Como vai funcionar?

Brasil, referência no combate ao HIV

Na África do Sul, em reunião do G-20, o ministro da Saúde Alexandre Padilha reivindicou a eficácia da política brasileira de combate ao HIV/aids e reforçou o objetivo de eliminá-lo até 2030. Ele ainda destacou iniciativas de cooperação na distribuição global do lenacapavir, medicamento usado em sua prevenção. Saiba mais sobre a reunião.

Resposta a futuras epidemias

A Anvisa participou, no início do mês, de um exercício simulado de respostas a emergências sanitárias. O esforço foi iniciativa da Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias, organização fundada no Fórum Econômico Mundial de Davos, Suíça, em 2017. Como foi?

Paracetamol na gravidez e autismo

British Medical Journal publicou artigo em que nega a relação entre uso de Tylenol por gestantes e desenvolvimento de transtorno do espectro autista em seus filhos. O trabalho representa uma revisão sistemática de dezenas de pesquisas. Leia o artigo.

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