Operadoras de plano de saúde alegam risco de quebra ao STF

• Saúde privada diz ao STF que pode quebrar • Zohran Mamdani faz proposta de saúde mental • Problemas na verba do CNPq para cientistas • E MAIS: Doença de Chagas; Câncer de próstata; Dia D da Dengue; Neurotecnologia •

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nesta quarta-feira (5) foi retomado o julgamento no STF sobre aplicação do Estatuto do Idoso em contratos de planos de saúde firmados antes de 2003, proibindo as empresas de cobrarem valores maiores de um cliente por ser idoso. Mais de 400 operadoras de pequeno e médio porte alegam o risco de falência, pois sofreriam “relevantes prejuízos”. As presidências da Unidas, da Abramge e da Unimed participam da representação. 

Essa acaba sendo uma maneira das operadoras de transferir pacientes mais custosos de volta ao Sistema Único de Saúde (SUS), o real responsável pela lucratividade das empresas do setor. Em entrevista a este boletim, o pesquisador José Sestelo advertiu: “Quando o usuário se torna inconveniente, é expulso do sistema privado por barreiras pecuniárias. Infelizmente, a tendência é que continuemos num mundo de indefinições e judicialização em favor das empresas por mais alguns anos”.

Socialista eleito em Nova Iorque traz propostas de saúde mental
Nesta terça-feira (4), a megalópole estadunidense Nova Iorque elegeu Zohran Mamdani como seu novo prefeito. Em uma disputa com candidatos da velha política, o jovem socialista encantou um enorme eleitorado com propostas que dialogam com a melhora da qualidade de vida da população.

Uma das políticas de saúde em seu plano de governo é a criação de um novo departamento de saúde mental para a comunidade, que visa a expansão dos serviços pela cidade. A proposta inclui a criação de um sistema para que chamadas ao serviço de emergência sejam atendidas por profissionais da saúde mental em vez de policiais. 

Cotas de importação da CNPq acabam antes do fim do ano

As cotas de importação do CNPq, orçamento importante para o desenvolvimento de pesquisas de ponta, acabaram. O valor destinado para 2025, de 229 milhões de dólares, esgotou-se antes do fim do ano. Em agosto, a Academia Brasileira de Ciências junto a outras entidades havia encaminhado uma carta aberta ao Ministério da Casa Civil sobre o valor insuficiente das cotas de isenção para importação do CNPq. 

O documento caracteriza a situação como paradoxal. Os investimentos em pesquisa e inovação crescem, mas o valor das cotas, que permitem o acesso a equipamentos essenciais para os pesquisadores, é criticamente reduzido. “De já insuficientes US$400 milhões em 2023, caiu para US$265 milhões em 2024 (valor esgotado ainda no primeiro semestre), chegando a apenas US$229 milhões em 2025, também já completamente consumidos”, apontava a carta.

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Doenças de Chagas

O Brasil continua sendo o epicentro mundial da doença de Chagas, mesmo em um cenário de declínio mundial da doença. Em 2023, o país concentrou 68% de todas as mortes registradas no planeta. Confira mais informações

Câncer de próstata

O Ministério da Saúde apontou um aumento em 32% nos atendimentos para tratar câncer de próstata entre homens com até 49 anos. Foram realizadas 2,5 mil assistências, em 2020, e 3,3 mil em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde. Confira mais informações. 

Combate à dengue

O Ministério da Saúde deu início a uma campanha nacional de combate às arboviroses, dengue, zika e chikungunya, diante de um crescente estado de alerta nos municípios. No próximo sábado (8) será realizado um dia D contra a dengue.

Neurotecnologia

A Conferência Geral da Unesco aprovou a primeira recomendação sobre a ética da neurotecnologia, que é capaz de monitorar o funcionamento do cérebro humano e até mesmo de modificar a atividade cerebral. Entenda mais sobre.

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