Após Censo das UBS, inquérito sobre trabalhadores do SUS
• Censo dos trabalhadores do sistema de saúde • Violência de gênero, infartos e AVCs • Dengue na Europa • E MAIS: médicos dependentes de IA; corpo “ideal”; laser para hipertensão; Wadih Damous •
Publicado 14/08/2025 às 17:22 - Atualizado 14/08/2025 às 17:45
Recentemente, o governo terminou o maior levantamento sobre a Atenção Primária já realizado no país e colheu dados de suas estruturas físicas e de pessoal, como mostrado pelo Outra Saúde. Agora, o Ministério da Saúde dá início ao Censo da Força de Trabalho em Saúde (CFTS), que visa mapear todos aqueles que direta ou indiretamente servem ao SUS.
A empreitada começará com dois projetos pilotos no Centro-oeste: DF e Mato Grosso. Tais unidades federativas foram escolhidas em razão de suas diferentes características geográficas e demográficas, que servirão para firmar estratégias de mapeamento dos milhares de estabelecimentos de saúde.
O ministério explica que o Censo terá caráter quantitativo e qualitativo, e incluirá todos os trabalhadores inseridos no sistema, não apenas profissionais de saúde especializados. Além do reconhecimento dos diversos trabalhadores, o esforço visa ampliar políticas de equidade no acesso à saúde.
Violência de gênero associada com doença cardiovascular
Um estudo de coorte com um grupo de enfermeiras dos Estados Unidos analisou dados de violência de gênero e sua relação com infartos e acidentes vasculares cerebrais. O trabalho acompanhou 66.270 profissionais ao longo de 20 anos, que não tinham nenhum diagnóstico cardiovascular no momento em que aderiram ao estudo.
A pesquisa, realizada por diversos pesquisadores e universidades de EUA e Canadá, demonstrou que as mulheres que relataram assédio ou obtiveram ordem de restrição contra um parceiro tiveram 41% mais infartos e AVCs. No caso da ordem de restrição, o desenvolvimento de tais doenças aumentou em até 70%.
Dengue avança na França e reflete aquecimento global
Os 72 casos de dengue e chicungunha no território francês neste ano já superam o total de toda a década de 2010. Os resultados estão diretamente relacionados com o aumento da temperatura, conforme já apontam pesquisas no país.
No caso da França, o vetor é o Aedes albopictus, da mesma linha genética do Aedes aegypti que predomina em áreas tropicais. Os especialistas relacionam o aumento da incidência da doença ao fluxo de pessoas em outros territórios administrados pela França, a exemplo de países caribenhos, onde o mosquito é endêmico.
Ainda assim, o governo alerta para o aumento da transmissão local, o que significa que o mosquito passou a encontrar condições melhores – o clima mais quente – para sua reprodução.
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Afinal, a IA ajuda ou atrapalha?
A inteligência artificial tem ajudado médicos em diagnósticos e aumentado a taxa de detecção de sinais de câncer e outras doenças. Mas um estudo publicado na Lancet sugere que a dependência excessiva da ferramenta pode deixar profissionais de saúde menos atentos e menos precisos ao atuarem sem ela. Confira os resultados da pesquisa.
Quanto vale o shape?
Uma publicação no X deu início a um debate sobre “corpo ideal” entre pessoas LGBT+. Discussão revela o cenário de sofrimento psicológico, uso de hormônios e medo do envelhecimento na busca de aceitação, sobretudo entre homens gays. Veja os relatos.
Laser auxilia no combate à hipertensão
Pesquisa revelou que a aplicação de luz de baixa intensidade é capaz de combater a hipertensão causada pela diminuição na produção dos hormônios femininos, processo natural e recorrente na menopausa. Como se deu o experimento?
Wadih Damous no comando da ANS
A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou, nesta quarta-feira (13), a indicação de Damous ao cargo de presidente da ANS. Sugestão, assim como de outros três nomes para a Anvisa, ainda serão avaliadas pelo plenário do Senado. Quem é Wadih Damous?
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