Flotilha pela Palestina segue viagem tensa

• Grupo de ativistas encaminha-se a Gaza • Falta de imunizantes nos estados • Recorde de transplantes • E MAIS: ações climáticas; desastres ecológicos; SUS no RS; avaliação nos conselhos •

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Em seu segundo dia pelo mar mediterrâneo, a Flotilha da Liberdade empreende mais uma viagem à Gaza para oferecer ajuda e apoio moral aos palestinos. Com militantes célebres como a ambientalista Greta Thunberg e a eurodeputada francesa Rima Hassam, a embarcação repete seu roteiro de outros anos, quando foi ao enclave palestino sitiado. Tal como em outros momentos, teme-se por ataques militares de Israel, cujo Estado genocida segue a cometer atrocidades diárias contra o povo árabe e tem sua política de fome controlada cada dia mais questionada por aliados ocidentais. 

Nesse sentido, a última semana foi marcada por dois massacres em momento de repasse de alimentos, quando o exército “mais moral do mundo”, segundo sua propaganda, fez da entrega de ajuda humanitária uma emboscada em que fuzilou dezenas de palestinos. Enquanto isso, no Brasil, Lula reiterou em entrevista coletiva suas críticas a Israel, ao qual não hesitou em denominar como genocida – enquanto a mídia corporativa tenta ecoar acusações de “antissemitismo” contra os críticos desse Estado colonial. 

Faltam vacinas nos municípios, mas Ministério alega distribuição em dia

Um estudo realizado pela Confederação Nacional dos Municípios fez um mapeamento das vacinas incluídas no Programa Nacional de Imunizações e atestou: cerca de um terço das cidades brasileiras não têm seus estoques completos à disposição. De sua parte, o Ministério da Saúde garantiu que a distribuição aos estados foi feita. A logística de distribuição aos municípios é responsabilidade de cada secretaria estadual. 

Tanto a CNM como o ministério explicam que fazer as vacinas chegarem em municípios remotos é uma dificuldade tradicional e lembram que as coberturas estão em alta. Apenas a varicela enfrenta dificuldades de produção pelo laboratório responsável e, no momento, as vacinas de gripe e covid-19 são as que mais preocupam, dada a incidência de síndromes respiratórias agudas graves – com falta em 8% e 9% para adultos e crianças, respectivamente, nos municípios. 

Brasil registra novo recorde de transplantes

Em 2024, o Brasil realizou 30 mil transplantes de órgãos em hospitais, sendo 85% na rede do SUS. Por outro lado, o número de doadores sofreu uma pequena queda. O Ministério da Saúde alega que ainda existe bastante resistência de familiares para a autorização da entrega. Cerca de 55% das famílias de pessoas falecidas recusa o procedimento. 

O recorde anterior de transplantes foi registrado em 2023, com cerca de 28,7 mil transplantes. Córnea e rim são os líderes nas modalidades de doação e também na fila de espera, estimada em 78 mil brasileiros. O ministério informa que trabalha por melhorias no Sistema Nacional de Transplantes e tem a meta de ampliar o acesso a tais operações nas regiões Norte e Nordeste.

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Como estão os planos de ação climática pelo mundo?

Apenas 21 dos 195 países assinantes do Acordo de Paris atualizaram seus planos de ação climática até o ano de 2035. Destes, a maioria discorre sobre os benefícios para a saúde das estratégias de mitigação, mas poucos referem-se a resultados para a saúde realmente satisfatórios. Saiba mais sobre os planos.

Intervenções urbanas para reduzir desastres ecológicos

A Fiocruz e o Ministério das Cidades selecionaram 12 municípios de diferentes estados para participar do projeto “Desenvolvimento Urbano Integrado para Redução de Riscos de Desastres Geo-Hidrológicos”. Veja o que almeja o projeto.

Precarização de profissionais da saúde no RS continua

O Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul concluiu um importante acordo judicial que tratava das regras de remuneração aos prestadores de serviços de 15 hospitais. Apesar da celebração por parte do governo estadual, entidades sindicais alertam que o pacto não resolve problemas estruturais do setor. Entenda o caso.

Avaliação de Servidores e Conselhos Locais de Saúde

Há mais de 30 anos, várias unidades básicas de saúde pelo país constituíram Conselhos Locais de Saúde, com eleições locais democráticas e candidaturas abertas para conselheiros. Mas integrantes do Cebes acreditam que é hora de mudar a forma de avaliação. Saiba quais são as críticas e propostas.

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