Outros Quinhentos recomenda: Makunaimã, uma peça original e coletiva

Proposta comemorando os 90 anos do romance de Mário de Andrade, uma dramaturgia irreverente e antropofágica nasceu, com edição cheia de arte pela Editora Elefante. Concorra a 3 exemplares, se você financia Outras Palavras



Por Simone Paz | Obra: Transmakunaima, de Jaider Esbell

ATO 1:

Há um evento em comemoração aos noventa anos do livro Macunaíma na Casa de Mário de Andrade, à rua Lopes Chaves, atualmente uma casa-museu. A casa é vista de fora, seccionada, com um panorama do andar térreo e do primeiro andar. Na sala de estar da casa, que fica no térreo, acontece uma palestra, com três palestrantes sentados à mesa de convidados — Pedro, Ariel e Laerte — e as demais pessoas sentadas na plateia. No quarto, que fica no segundo andar, vemos Mário de Andrade sentado numa poltrona confortável. Naturalmente, está morto, mas surge ali como quem está tirando uma soneca e começa a ouvir o que falam dele a distância, num estado de transição entre morte e vida que pode ser interpretado livremente.


Assim começa Makunaimã: o mito através do tempo, livro feito comemorando os 90 anos do romance de Andrade, Macunaíma: o herói sem nenhum caráter.

A autoria é compartilhada por Taurepang, Macuxi, Wapichana, Marcelo Ariel, Mário de Andrade, Deborah Goldemberg, Theodor Koch-Grünberg, Iara Rennó.

As ilustrações, belíssimas, do artista indígena, Jaider Esbell.

Um livro bem caprichado, objeto de arte, cheio de cores e muito bem editado, como tudo o que a Editora Elefante tira do forno e põe para circular nas mãos e prateleiras do Brasil.

Outros Quinhentos, em parceria com a Editora Elefante, sorteia 3 exemplares, para quem se inscrever neste formulário até quarta-feira 18 de setembro de 2019.

O sorteio só é válido para membros de nosso financiamento coletivo, saiba mais aqui.


Descrição:

Makunaimã: o mito através do tempo, a peça de teatro, traz as vozes indígenas pemon, taurepang, wapichana e macuxi, povos que são herdeiros legítimos de Makunaimã, a reclamar dentro da própria casa de Mário de Andrade o Macunaíma estereotipado, que mistura histórias e culturas indígenas diferentes para compreender a formação do povo brasileiro, a partir do nosso sagrado.

É no barulho da discussão sobre Macunaíma e Makunaimã que Mário de Andrade desperta do Além, caminha até a sua sala e surpreende a todos. “Não tenham medo. Estava dormindo na mais plena paz há tanto tempo e, de repente, ouço vocês aqui discutindo a minha obra, me acusando de um monte de coisas […] ouvi gente aí dizendo que eu tinha que ter ido até os índios, ouvir por mim mesmo os mitos taurepang. E que, se tivesse feito isso, eu teria escrito outra história.”

É nessa energia que acontece o diálogo entre o dono da casa, os reclamantes e os convidados…


Concorra aqui. Se você não ganhar, não fique triste, porque você receberá um cupom de 25% de desconto para comprar este livro ou outros títulos no site da Editora Elefante.

Os resultados e o cupom serão enviados por e-mail 🙂

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