Para pensar a América Latina insurgente

Obra da Autonomia Literária reúne escritos fundamentais de pensadores da Pátria Grande, como Che Guevara, Mariátegui e Vânia Bambirra. Suas formulações contribuem para saídas ao “eterno subdesenvolvimento”. Sorteamos dois exemplares

Detalhe de La Patria Naciendo de la Ternura/A pátria nascendo da ternura, Pavel Égüez, Caracas, Venezuela, 2006. Fonte: Instituto Tricontinental de Pesquisa Social

Os povos latino americanos e caribenhos vivem há anos sob um regime de exploração que subjuga vidas e recursos naturais aos interesses do mercado internacional.

Esse projeto de transferência de riquezas se iniciou com a invasão das Américas pelos colonizadores e segue há gerações, nos tornando reféns de um eterno subdesenvolvimento.

Superar esse cenário é urgente não só pela necessidade de independência dos povos, como também por essa ser uma forma de enfraquecer o capitalismo a nível mundial. Afinal, uma das principais fontes de sua existência vem da exploração de países do sul global.

Muitas pessoas em solo latino americano e caribenho lutam há décadas pela nossa real independência – liberta das correntes do capital internacional.

No intuito de resgatar esses legados, ecoar suas vozes, mas também adensar o debate estratégico para sair dessa encruzilhada, a Autonomia Literária lançou a obra Pátria socialista ou morte: marxismo latino-americano e caribenho, organizada por Gabriel Landi e Jones Manoel.

Outras Palavras e Autonomia Literária sortearão dois exemplares de Pátria socialista ou morte: marxismo latino-americano e caribenho, organizada por Gabriel Landi e Jones Manoel, entre quem apoia nosso jornalismo de profundidade e de perspectiva pós-capitalista. O sorteio estará aberto para inscrições até a segunda-feira do dia 1/7, às 14h. Os membros da rede Outros Quinhentos receberão o formulário de participação via e-mail no boletim enviado para quem contribui. Cadastre-se em nosso Apoia.se para ter acesso!

A brochura é o terceiro lançamento da Coleção Quebrando as Correntes e reúne escritos de históricos militantes marxistas – da América Latina e do Caribe – fundamentais para uma compreensão estratégica dos desafios a serem enfrentados desse lado do globo. Além do debate sobre estratégia, o livro aborda a questão do sujeito revolucionário.

Tanto textos desconhecidos de autores conhecidos, como também autores ainda pouco conhecidos são contemplados, inclusive há materiais difíceis de serem achados na internet ou que ainda não haviam sido traduzidos.

Mariátegui, Rosa Scheiner, C. L. R. James, Guillermo Lora Escobar, “Che” Guevara, Walter Rodney, Ruy Mauro Marini, Miguel Enríquez, Vânia Bambirra, Luís Carlos Prestes e Agustín Cueva Dávila, são alguns dos nomes contemplados. 

Em entrevista ao Outras Palavras TV, um dos organizadores ainda comentou que não houveram mais nomes por uma limitação material: o alto preço da celulose, que viria a encarecer a publicação.

Esse esforço configura a obra como um importante empreendimento de resgate e disputa pela memória das lutas e do marxismo na Pátria Grande.


“Vivemos, enquanto latino-americanos, como um proletariado externo do sistema imperialista. Existimos para transferir riqueza para fora, em ciclos periódicos de destruição criativa de pessoas e recursos naturais, e a classe dominante interna garante sua acumulação de capital e taxa de lucro a partir da superexploração da força de trabalho – dependência, transferência de valor e superexploração se irmanam na economia política do capitalismo periférico. Nessa dinâmica, não estamos mais extraindo minério de Potosí ou plantando café no Vale do Paraíba com força de trabalho escravizada de negros e indígenas. Estamos, modernamente, com máquinas ultra-avançadas e tiques linguísticos anglófonos, exportando commodities, ampliando o agrobusiness e admirando traders do mercado financeiro.”


A publicação de tamanho monumental tem ao todo 507 páginas dividas em 29 artigos, mais um extenso prefácio dos organizadores. Nele são debatidos os problemas, erros e acertos dessas experiências.

Para apresentar o livro e debater os desafios do marxismo na região, convidamos um dos organizadores, o historiador Jones Manoel, para uma conversa com o Outras Palavras TV. Você pode conferir a entrevista logo abaixo:


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Um comentario para "Para pensar a América Latina insurgente"

  1. José Mário Ferraz disse:

    Esse “ou morte” é uma forma desinteligente de reforçar um movimento. Não é preciso morrer ninguém como morreu nas duas maiores revoluções Francesa e Russa sem resultar em justiça social. Para mudar o que está errado, que na verdade é tudo, o trabalho de se concentrar no convencimento do povo de estar do lado errado porque os parasitas do cassino financeiro levaram para seu lado a opinião dos analfabetos político, ou seja, noventa e nove por cento da humanidade.

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