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Ao propor romper a fronteira entre o fluxo de pensamento e a realidade, o Neuralink expõe um projeto desumano. Sua tecnologia implica eliminar, em nome do conforto, uma distância psíquica sem a qual não há autonomia possível
Em Nova York, constrói-se, agora, uma distopia: não haverá contato social; as maiorias sobreviverão de trabalhos braçais e subalternos; corporações e Estado controlarão os inseridos. Alternativa: incorporar as novas tecnologias ao Comum
Sorrateira, “mal real ampliado”, como definiu o sociólogo Jerzy Szacki, deixou a ficção e firmou-se, em 2019, como projeto concreto. Resistência cresce — e, no terreno revolto das barbáries, podemos reencontrar a dimensão utópica
Divino Amor, de Gabriel Mascaro, transcende a alegoria política: a distopia evangélica não está em apocalipse, mas no colapso do pensamento crítico. Dor e Glória reflete a maturidade de Almodóvar: melancolia é matizada por doçura e autoironia
Depressão. Paralisia da vontade. Captura e impotência permanentes. Como os sonhos da modernidade degeneraram, em todo o Ocidente, em vertigem distópica? Como reunir as forças para o possível resgate?, indaga filosofo italiano
Boaventura adverte: o tempo em que emergem a automação, a robótica e a inteligência artificial é o mesmo em que declinam as ideias de igualdade, justiça e direitos. As distopias batem à porta, é preciso agir
Uma elite ínfima – porém poderosa ao extremo – crê que o planeta tornou-se inviável e quer isolar-se após o “Evento”. O que isso revela sobre a grande crise civilizatória em que mergulhamos
Seu olhar será sua prisão. Uma técnica publicitária distópica, mas já aplicada no Brasil, capta o movimento de seus olhos, para construir a peça de propaganda a que você não poderá resistir
Com personagens complexos, mudanças de escala provocadoras e humor, filme foge da estética de videogame. E consagra, em tempos de arrogância imperial, a rebeldia dos humilhados
O que nos falta não é a consciência de nossa miséria — todos a temos. Falta a crença de que é possível romper a trama dos acontecimentos. Falta encantar o mundo, como defendiam Marx e Rimbaud
Precarização e rebeldia na garupa de uma moto. Mapas públicos, para não repetirmos Bacurau… As pedaladas de Guedes & Bolsonaro. A proposta de Piketty para taxar as fortunas globais. Leia a edição desta terça-feira de Outras Palavras
Reflexões de líder antiuberização: em breve, outras profissões poderão estar sob o despotismo dos algoritmos. Frear a precarização da vida requer imaginação política e apostar nas ruas — com suas dificuldades. Como organizar a revolta?
Brasil no escuro: sem coordenação estratégica, entreguista e fadado ao papel colonial de exportador de matéria-prima. Desindustrializados, hoje penamos até para produzir insumos básicos às vacinas. Viraremos meros exportadores de banana?