França: próspera, porém enquadrada

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Por Antonio Martins e Pep Valenzuela

Em torno de dois milhões de pessoas manifestaram-se em toda a França, em 24 de junho, contra os ataques aos direitos sociais. Em resposta à crise, o governo propôs elevar a idade mínima de aposentadoria (de 60 para 62 anos), ampliar o período de contribuição (de 40 para 41,5 anos) e congelar os salários no funcionalismo público. As marchas reuniram mais de 100 mil manifestantes em Paris e Marselha e se espalharam por muitas cidades médias. As medidas ainda serão submetidas ao Parlamento, após as férias de verão.

Mesmo com situaçao econômica e fiscal relativamente estável, o governo francês decidiu somar-se à maré de ajustes fiscais que percorre a Europa. Em 7 de maio, o primeiro-ministro François Fillon anunciou cortes de invetimentos de 45 bilhões de euros, para que o país se enquadre, até 2013, à meta de déficit público fixada pela União Europeia (3,5% do PIB, no máximo).

Para tanto, Fillon pretende reduzir em 10% os chamados “gastos de intervençao”, relacionados em geral à assistência social. Além disso, será extinta uma ampla lista de deduções fiscais que reduz o imposto de renda pago pelos assalariados. Apontado pelos conservadores como grande vilão, o sistema francẽs de aposentadorias continua na mira, apesar das medidas já adotadas.

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