PIB, conceito ultrapassado

Indicador alternativo desafia ideia essencial ao capitalismo, ao sugerir que riqueza monetária não equivale a bem-estar. Resultados dos novos critérios surpreendem

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Indicador alternativo desafia ideia essencial ao capitalismo, ao sugerir que riqueza monetária não equivale a bem-estar. Novos critérios produzem resultados surpreendentes

Por Ladislau Dowbor | Imagem: Paul Gauguin, Três Haitianos (1899)

A divulgação da pesquisa sobre Indicadores de Progresso Social 2014 (IPS) [leia o relatório principal, o resumo e a metodologia] vem agregar peso à transformação de como calculamos os resultados econômicos e o desenvolvimento. Sem ser economistas ou entender de contas nacionais, muitos já se perguntam há tempos como casam no Brasil os imensos avanços sociais e econômicos que vivemos, além um desemprego que é o menor da história, com taxas modestas de crescimento PIB, tão atacado como “pibinho”. É que a cifra que tanto encanta a mídia, o PIB, simplesmente não mede o que queremos medir, que é o progresso, ou em todo caso o reflete de maneira muito parcial.

A iniciativa da ONG Social Progress Imperative é um refresco, ao medir o que importa, ao fazê-lo de maneira sistemática, com metodologia clara e que permite comparabilidade. Depois da edição experimental e limitada de 2013, a de 2014 cobre 132 países, com correções e ajustes. Publicada em dois volumes, um de resultados e análises por país, e outro de metodologia, a pesquisa constitui um aporte significativo para a compreensão das transformações que vivemos.

É verdade que esta iniciava vem apenas reforçar metodologias como o Happy Planet Index, o Genuine Savings Indicators, o FIB (Felicidade Interna Bruta) e sobretudo o movimento Beyond GDP na União Européia. Mas a contribuição de nomes como Michael Porter, da Universidade de Harvard e de outras instituições de peso, vai materializando a nossa lenta evolução para medidas que façam sentido. O apelo mundial para irmos além do PIB, lançado neste sentido há alguns anos por Joseph Stiglitz, Amartya Sen e Jean-Paul Fitoussi, dos quais os autores do IPS se declaram devedores, está dando frutos.

O teórico da iniciativa, Patrick O’Sullivan, vai direto ao assunto: “É realmente indefensável continuar a usar o PIB como se de alguma forma medisse o bem estar, e é confortante se dar conta que o próprio Kuznets, o pai fundador da medição sistemática do PIB, já nos tenha alertado que “o bem-estar de uma nação dificilmente pode ser inferido da medida da renda nacional” (Met.26) Este ponto de partida define a filosofia do esforço empreendido.

“Tornou-se cada vez mais evidente que um modelo de desenvolvimento baseado apenas no desenvolvimento econômico é incompleto. Uma sociedade que deixa de assegurar as necessidades básicas, de equipar os cidadãos para que possam melhorar a sua qualidade de vida, que gera a erosão do meio ambiente, e limita as oportunidades dos seus cidadãos não é um caso de sucesso. O crescimento econômico sem progresso social resulta na falta de inclusão, descontentamento, e instabilidade social. Um modelo mais amplo e mais inclusivo de desenvolvimento requer novas medições, com as quais os que gerem as políticas e os cidadãos possam avaliar a performance nacional. Temos de ir além de simplesmente medir o Produto Interno Bruto per capita, e tornar a medição social e ambiental parte integrante de como medimos os resultados”.(11)

Este enfoque permite organizar os indicadores em torno aos interesses reais das pessoas. O índice, no seu conjunto, busca responder a três questões: (26)

  1. O país assegura as necessidades mais essenciais da sua população?
  2. Os fundamentos básicos que permitam aos indivíduos e às comunidades alcançar e sustentar o seu bem estar estão assegurados?
  3. Há oportunidades para todos os indivíduos alcançarem os seus plenos potenciais?

Para nós no Brasil este enfoque menos centrado no crescimento econômico e diretamente dirigido ao bem estar da população é de uma grande ajuda. Em torno a estes três grandes eixos, o IPS apresenta indicadores básicos, quatro por eixo, que são por sua vez desdobrados em 54 indicadores mais detalhados. Conseguiram cifras razoavelmente confiáveis para 132 países, o que torna o IPS um complemento útil inclusive para o sistema básico das Nações Unidas, os Indicadores do Desenvolvimento Humano (IDH), que acrescenta aos dados tradicionais da renda indicadores de educação e de saúde.

Um outro elemento metodológico importante é que o IPS busca indicadores de resultados, não de insumos (outcome index, not inputs). Ou seja, um país que investe muito em saúde construindo hospitais de luxo e priorizando a saúde curativa, em termos de investimentos está realizando um grande esforço (inputs), mas os resultados (outcomes) serão pífios em termos de população saudável. E se trata de medir este último objetivo.(Met.5) A cidade de São Paulo gastou rios de dinheiro em viadutos, túneis, elevados e automóveis particulares com o resultado de paralisar a cidade. Esta paralisia, ao gerar mais custos para todos (inputs), aumenta o nosso PIB. Seguramente não o outcome queremos, que é a mobilidade urbana. Medir pelo enfoque dos resultados é muito importante.

Em termos metodológicos ainda, é natural que haja discussões sobre a objetividade na escolha dos indicadores. Patrick O’Sullivan (Universidade de Grenoble e de Varsóvia) apresenta aqui, no volume de Metodologia, um excelente artigo teórico sobre os indicadores e os seus limites. Os vieses são honestamente assumidos: “Vamos assumir abertamente que esta posição (do relatório) apoia-se em fundamentos que constituem certos juízos de valor normativos, que deixaremos explícitos e transparentes, e mostraremos, por mais chocante que este uso explícito de um discurso normativo possa parecer, a pesquisadores de ciências humanas orientados para o positivismo, que na realidade toda ciência humana é irremediavelmente carregada de valores de qualquer modo.” (Met. 25)

No Brasil, este realismo quanto aos valores implícitos, apoiado nas visões de Gunnar Myrdal, nos ajudaria bastante, frente à deformação sistemática das análises sobre os avanços do país na mídia comercial. Mas este alerta deve ser observado inclusive para os dados do IPS: por exemplo, os dados relativos à propriedade privada são, neste relatório baseados na fonte da Heritage Foundation, um Think Tank da velha direita norte-americana, que seguramente consideraria a nosso Constituição, com a sua visão da função social da propriedade, como subversiva. O enfoque adotado, por exemplo, permite jogar para baixo o IPS da China, que é o país que de longe tirou mais pessoas da pobreza no planeta – cerca de dois terços da redução mundial. Aqui a carga de valores é realmente explícita.(106)

Os resultados da pesquisa

Na parte da análise dos resultados, uma das tendências mais interessantes mostra uma forte correlação entre o aumento do PIB e a melhoria na área das necessidades básicas, (no caso nutrição, água e saneamento, habitação e segurança) mas apenas para os mais pobres: “As necessidades humanas básicas melhoram rapidamente quando o PIB per capita aumenta, nos níveis baixos de renda, mas depois (a tendência) se torna mais horizontal (flattens out) à medida que a renda continua a aumentar”. (54)

Para nós isto é muito importante, pois mostra que o aumento de renda nos extratos mais pobres melhora radicalmente o progresso social em geral. Em outros termos, o dinheiro que vai para a base da sociedade é muito mais produtivo em termos de resultados para a sociedade, o que bate plenamente com as pesquisas do IPEA sobre a produtividade dos recursos. As pesquisas da ONU sobre o IDH chegam à mesma conclusão: “Rendimentos mais elevados têm uma contribuição declinante para o desenvolvimento humano”. O New Economics Foundation (NEF) de Londres chega à mesma conclusão, ao analisar o “retorno social sobre o investimento” (SROI – Social Return On Investment), e considera que a adoção desta metodologia “é particularmente oportuna quando as organizações estão buscando tornar cada libra render o máximo possível”. (NEF, 2009) Estamos aqui no centro do problema da baixa produtividade econômica gerada pela concentração de renda, confirmando os efeitos multiplicadores que gera a redistribuição, inclusive para o próprio PIB.

Centrar-se no progresso social, ou seja, no resultado que queremos efetivamente para a nossa vida, e não no PIB, permite por sua vez evitar deformações flagrantes que o IDH atenua apenas em parte. Assim países exportadores de petróleo, como a Arábia Saudita, o Kuait e Angola, que pela exportação de recursos naturais aparecem com uma renda per capita elevada, mas não asseguram o bem estar que estes recursos deveriam gerar para a população, são aqui avaliados de maneira diferenciada, como under-performers, ou seja, países com um crescimento distorcido. Por outro lado, constata-se a alta correlação entre o PIB e o indicador de acesso à informação e comunicação, “amplamente baseado no fato que o acesso à telefonia móvel e à internet está ligada à capacidade aquisitiva do consumidor”.(59)

Para nós esta dimensão é importante para pensar e contabilizar a contribuição das exportações primárias: qual é a sua produtividade social real, em termos de geração de empregos, de impactos ambientais, de retenção ou expulsão de mão de obra para as cidades como por exemplo no caso da pecuária extensiva? A visão geral do relatório é que “de modo geral, países ricos em recursos têm mais propensão a ter uma baixa performance em termos de progresso social, relativamente ao seu PIB per capita”.(53)

Na análise igualmente, o texto apresenta uma forte correlação entre os indicadores IPS e outras pesquisas baseadas em avaliações de percepção de qualidade de vida pelas pessoas: “Há uma relação altamente positiva e significativa entre a satisfação com a vida e o progresso social, e em particular na dimensão de Oportunidades.” (69) Outro dado significativo é que “o indicador de sustentabilidade ambiental é o que menos está relacionado com o PIB.” Os indicadores médios indicam uma forma de “U”, sugerindo que os pobres ainda não afetam o meio ambiente, enquanto os países na fase média de avanço econômico tendem a deteriorá-lo, passando a buscar a sua recuperação ao alcançar níveis de renda mais elevados. (59)

O Brasil na pesquisa

O Brasil aparece bem na foto. Importante lembrar que se trata apenas de uma foto, pois o índice é novo e não permite comparação no tempo, ou seja, a dinâmica da mudança. De qualquer forma, vale a pena dar uma olhada nos dados.

O Brasil ocupa o 46º lugar entre 132 países, com um índice médio geral de 69,957. A Colômbia ocupa o 52º lugar, México 54º. O PIB per capita brasileiro utilizado na pesquisa é de 10.264 dólares em valores de 2012. Os dados sintéticos para o Brasil são os seguintes:

 

Dados Sintéticos

Brasil (46º)

EUA (16º)

Argentina (42º)

PIB per capita (US$)

10.264

45.336

11.658

Score médio geral

69,957

82,77

70,59

Necessidades básicas

71,09

89,82

77,77

Fundamentos do Bem-estar

75,78

75,96

70,62

Oportunidades

63,03

85,54

63,38

 

Para ter uma referência, os Estados Unidos ocupam o 16º lugar, com um PIB de 45.336 dólares, e um índice médio geral de 82,77. Os dados sintéticos norte-americanos são muito desiguais, com respectivamente 89,82 para necessidades básicas, 75,96 para fundamentos de bem estar (praticamente iguais ao Brasil), fruto dos últimos trinta anos de neoliberalismo naquele país, e 85,54 em termos de oportunidades – índice puxado em particular pela expansão do acesso à educação superior, onde o Brasil é, pelo contrário, muito fraco. A Argentina, por sua vez, que ocupa o 42º lugar, tem um score geral de 70,59, um PIB per capita de 11.658 dólares, e apresenta no geral índices parecidos com os do Brasil. Detalhando um pouco para os 12 principais grupos de indicadores, temos a situação seguinte:

Nível dos 12 principais indicadores

Brasil

EUA

Argentina

Nutrição e cuidados básicos de saúde

92,02

97,82

94,62

Água e saneamento básico

81,64

95,77

95,65

Habitação

73,20

87,99

60,75

Segurança pessoal

37,50

77,70

60,07

Acesso ao conhecimento

95,43

95,10

94,53

Acesso à informação e comunicação

67,69

81,33

69,54

Saúde e bem estar

76,05

73,61

70,56

Sustentabilidade

63,94

53,78

47,83

Direitos da pessoa

74,94

82,28

66,55

Liberdade pessoal

69,38

84,29

73,61

Tolerância e inclusão

61,77

74,22

64,53

Acesso à educação superior

38,09

89,37

48,83

Impressionante os Estados Unidos, com um PIB quatro vezes e meia maior do que o Brasil, terem um indicador de saúde e de bem estar (esperança de vida, morte por doenças entre 30 e 70, taxas de obesidade, mortes por poluição do ar, taxa de suicídios) significativamente pior do que o Brasil. Situação pior ainda em sustentabilidade, devido em particular à massa de emissões de gazes de efeito de estufa, uso da água além das reservas e redução de biodiversidade e habitat natural. A Argentina, aliás, fica pior ainda neste quesito. Os itens críticos para o Brasil, naturalmente, são os de segurança, com 37,50 pontos, e de acesso à educação superior, com 38,09 pontos.

Na análise dos autores, “entre os países dos BRICS, o Brasil apresenta o perfil de progresso social mais forte e mais “equilibrado” (the strongest and most “balanced”). Apresenta alguma fraqueza em Necessidades Humanas Básicas (puxada pelo score muito baixo de 37,50 para Segurança Pessoal), mas apresenta uma performance consistentemente boa em todos os componentes tanto dos Fundamentos de Bem Estar como de Oportunidades, com exceção de Educação Superior (38,09, 76º).”(50)

Comparando com o conjunto dos BRICS, o relatório considera que “quatro dos cinco BRICS fazem parte do quarto nível, inclusive Brasil (46º) com um score de 69,97, África do Sul (69º) com 62,96, Rússia (80º) com 60,79, e China (90º) com 58,67. A Índia fica fora dos 100 primeiros em termos de progresso social, com um score mal superando 50. Os países da América latina estão bem representados no quarto grupo. Argentina 42º, Brasil 46º, e Colômbia, México e Peru colocados nos lugares 52º, 54º e 55º respectivamente”.(45)

No plano propositivo, ao comentar o Brasil, a análise sugere que “apesar do Brasil apresentar uma performance relativamente boa no componente Sustentabilidade do Ecossistema, precisa enfrentar questões ambientais urgentes, tais como a redução do desmatamento essencialmente frutos da especulação sobre o solo, da pecuária irregular, e de projetos de infraestruturas; o controle dos gases das emissões de gases de efeito estufa pelo setor industrial; e o acesso à eletricidade com tecnologias eficientes em termos de custos e ambientalmente amigáveis. |O Brasil tem cerca de um terço das florestas tropicais do planeta e pelo menos 20 por cento da biodiversidade do planeta. #Progresso Social Brasil tem focado os seus esforços iniciais na região amazônica.”(36)

Os dados completos por país estão nas páginas 85 e seguintes do relatório principal. Vejam a tabela geral dos indicadores utilizados, disponível na p. 28 do relatório principal:

140408-TabelaLadislau

Notas: No texto acima, colocamos entre parênteses as páginas do relatório principal, e quando se trata do volume sobre metodologia, colocamos o número da página com a menção “Met.” Os links dos documentos originais estão abaixo. Para se documentar quanto às novas metodologias veja no blog http://dowbor.org o artigo O Debate sobre o PIB.

NEF – New Economic Foundation, “Social Return on Investment”

http://www.neweconomics.org/blog/entry/a-turning-point-for-new-indicators-of-progress

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10 comentários para "PIB, conceito ultrapassado"

  1. Maurici Aazevedo disse:

    A oposição poderia tomar os índices de 2000/2001… até 2003 e pelos menos, comparar com os índices usados pelo professor. Má vontade e ódio não levarão a oposição a uma boa escolha.

  2. RPD disse:

    Prezado,
    Leia o contexto. 4,5 vezes o americano sobre o brasileiro é o PIB per capita. Aliás, nem precisa do contexto: a tabela “Dados sintéticos”, presente no artigo, mostra isso de forma clara até pra uma criança que acabou de aprender as 4 operações básicas…
    P.S. Mau gosto é com “U”.

  3. Saul Raychtock disse:

    Ei! Quer mesmo medir pelos “outcomes”?
    Entre num hospital público, numa escola pública, numa favela…. Etc…!!! E mede!!!!

  4. Iun disse:

    Uma década antes, o PIB do Brasil foi 1.300 e o dos States exatos 13.000, ou seja 1/10. Se mantido hoje os States teriam 20.000, mas tem 17.000,
    então o nosso cresceu mais relativamente. Não é suficiente, vamos lutar.

  5. Hugo Rocha disse:

    Marcos, os dados utilizados foram de 2012, como o Prof. Ladislau mencionou no artigo.

  6. DJ disse:

    Que fantástico.

  7. Acho que VC não leu até o final…

  8. JOSÉ CARLOS disse:

    Eu não entendo de economia, do ponto de vista teórico, para elaborar de forma competente, e expor publicamente, pontos de vista contrários ao do Mestre Ladislau. O que não me impede de expor algumas observações à afirmação do comentarista MARCOS sobre a “precariedade na educação em todos os âmbitos (público e privado) e graus (fundamental, médio e superior)” para, ao lado de outras ¨precariedades” concluir com o desafio que ele próprio lança ao Mestre Ladislau: “Gostaria realmente que o senhor explicasse onde estão estes avanços”. Pois é, sem querer comprar uma dispensável “briga” que sutilmente o MARCOS resolveu colocar na sua panela de desafios, entre outros, a falta de qualidade em que, segundo ele, se encontra a educação brasileira em todos os níveis de mantenedoras, estatais ou particulares. Sobre educação eu entendo um pouquinho mais do que economia, o suficiente para lançar alguns desafios, principalmente ao MARCOS. Não basta, de acordo com as pesquisas em educação, se apoiar em dados estatísticos para, p.ex., vociferar o que está na boca e no papel de certas mídias brasileiras. Mais do que dados estatísticos é preciso entender a articulação que o professor faz em sala de aula entre ensinar, aprender e vida cotidiana. A partir daí você acaba entrando numa escala de desafios em níveis ascendentes, aquilo que o filósofo Leibniz no início do século XVII chamava de “cálculo infinitesimal”. E isto eu aprendi na graduação e que me tem ajudado a entender hoje, p.ex., como é possível compreender a possibilidade das teorias teológicas e filosóficas de Sto. Agostinho sobre o nosso caminho ao encontro do “Infinito” lançadas em meados do século V e a proposta dos defensores da chamada “Teologia da Libertação” quinze séculos depois. Embora não entenda as bases filosóficas e teológicas desse movimento, mas o pouco é o suficiente para humildemente apontar que os seus defensores sutilmente colocaram que as idéias marxiengelsianas poderiam dar luzes para no século XX colocar um cartaz nas caminhadas de Agostinho: “entrar por aqui para entender hoje a verdadeira realidade cotidiana do humano para não termos decepção quando o fim dos tempos chegar”. Infelizmente alguém da alta cúpula da Igreja, e que hoje está aposentado, só não mandou para a fogueira os adeptos dessa teologia porque ele teve o desconfiômetro de que os tempos são bem diferentes daqueles em que a Igreja quase mandou Galileu Galilei para a fogueira. Por tudo isso, MARCOS, eu preciso reler o artigo do mestre Ladislau para destacar e aprender outras lições e assim superar, e muito, as minhas ignorâncias….

  9. Marcos disse:

    “(…) no Brasil os imensos avanços sociais e econômicos que vivemos”(parágrafo 1), caro professor Ladislau, não sei em que país o senhor está vendo “imensos avanços sociais”, pois no Brasil não pode ser, com a precariedade na edução em todos os âmbitos (público e privado) e graus (fundamental, médio e superior), população morrendo cada vez mais, em números alarmantes em filas de hospitais, sociedade acuada pela violência que agora, como nunca ocorreu antes, atinge os grandes centros, pequenos municípios e zona rural, transporte rumo ao caos nas grandes cidades. Gostaria realmente que o senhor explicasse onde estão estes avanços.
    Nas supramencionadas palavras de Patrick O’Sullivan “O crescimento econômico sem progresso social resulta na falta de inclusão, descontentamento, e instabilidade social.” (parágrafo 5) Isto sim é reconhecível claramente no Brasil.
    Ademais, segundo informação colhida no site da Folha de São Paulo, o PIB americano em 2013 foi de aproximadamente US$16.724 trilhões, enquanto o do Brasil foi de USS$ 2.190 trilhões, o que representa que o PIB tupiniquim fechou em cerca de 7 vezes menor que o PIB yankee, e não 4,5 vezes como citou no parágrafo 19. O que mostra toda a falibilidade das pesquisas apresentadas, afinal, afirmar que (de acordo com os índices apresentados) fatores como saúde e bem estar no Brasil encontram-se abaixo dos EUA, só pode ser piada de mal gosto.

  10. dudavalle disse:

    A piada eh muito boa principalmente na questão saneamento básico e habitação …

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