Getúlio cai nas armadilhas do filme histórico

Podendo optar por várias linhas narrativas, João Jardim hesita e fica entre superfície e artifícios. Já “Longwave”, mesmo despretensioso, não derrapa

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Podendo optar por várias linhas narrativas, obra de João Jardim hesita e fica entre superfície e artifícios. Já “Longwave”, mesmo despretensioso, não derrapa 

Por José Geraldo Couto, no blog do IMS

São muitas as armadilhas que rondam o filme histórico. A principal delas é a de cair no didatismo de uma aula ilustrada. Outras tantas são as ciladas da cinebiografia de “grandes vultos”. A mais comum: confundir-se com a hagiografia, fazer do biografado um ser predestinado, descolado do restante dos mortais, “maior que a vida”.

Ainda que seja uma narrativa eficiente e agradável, Getúlio, de João Jardim, não escapa completamente desses perigos. Talvez fosse mais correto dizer: no afã de ser uma narrativa eficiente e agradável é que Getúlio incorre neles.

Personagem-esfinge

Getúlio Vargas, como se sabe, é uma figura imensa e contraditória, um desses personagens-esfinges que desafiam biógrafos, historiadores e artistas. O principal acerto dos realizadores de Getúlio foi restringir seu recorte narrativo aos últimos dias do presidente (interpretado porTony Ramos), aqueles que vão do atentado contra seu principal inimigo, Carlos Lacerda (Alexandre Borges), até o tiro com que Vargas saiu da vida para entrar na História. Dois tiros, portanto, servem como balizas temporais.

Mas, mesmo dentro desse tempo-espaço concentrado – recurso de que se serviram desde o Shakespeare de Julio Cesar até o Spielberg de Lincoln –, sobravam muitas linhas narrativas ou focos de atenção possíveis: a investigação policial do atentado contra Lacerda; as intrigas políticas que levaram ao isolamento do presidente; os dilemas morais e a tragédia íntima de Getúlio; sua relação com a família, em especial com a filha Alzira (Drica Moraes); os eventuais paralelos subterrâneos com o Brasil atual etc.

Sem conseguir – ou sem desejar – optar por nenhuma dessas vertentes em detrimento das outras, o Getúlio de João Jardim acabou ficando no meio do caminho, ou melhor, na superfície de cada uma delas. Nem é uma tragédia moral, um estudo das paixões humanas como Julio Cesar, nem uma discussão do mecanismo da realpolitik como Lincoln, nem um thriller político à maneira dos filmes de Costa-Gavras, Elio Petri e Francesco Rosi, nem um melodrama familiar que flagrasse o “lado humano” do personagem.

Realismo ou paródia

João Jardim e o roteirista George Moura não tinham, evidentemente, a obrigação de seguir nenhuma dessas opções. Mas o que fica dessa indefinição, a meu ver, é uma narrativa competente, mas sem substância, que acaba tendo de ser inflada por uma música bombástica, uma montagem crispada, um uso exacerbado dos ruídos. Seu modo de encenação, contido pelas amarras da verossimilhança e da sobriedade de tom, acaba por lembrar aquelas “reconstituições” de crimes que vemos nos noticiários de televisão. À força de buscar o realismo, acentua-se a artificialidade, a impostação.

O crítico Jean-Claude Bernardet costuma dizer que só é possível tratar do período da ditadura militar brasileira pela via da paródia – que pressupõe sempre uma reflexão autocrítica sobre o próprio modo de narrar. Tendo a achar que isso vale, em alguma medida, para os filmes históricos de modo geral. Sempre que se levam a sério demais, ou seja, sempre que pretendem fazer o espectador acreditar que “foi assim que as coisas aconteceram”, soam tão falsos quanto representações teatrais escolares ou brincadeiras de mocinho e bandido.

Olhar oblíquo

Um modo oblíquo e autoirônico de abordar um fato histórico importante foi a via escolhida pela comédia Longwave – Nas ondas da revolução, do suíço Lionel Baier, para falar da Revolução dos Cravos que acabou com meio século de ditadura salazarista em Portugal.

Nessa coprodução franco-suíço-portuguesa, uma equipe de rádio suíça de língua francesa é enviada a Portugal, em abril de 1974, para produzir matérias meio chapa-branca sobre a ajuda suíça supostamente fornecida ao país nas áreas de infraestrutura, tecnologia, educação etc.

Percorrendo o interior português numa Kombi, com um equipamento precário e sem falar a língua, esse pequeno exército Brancaleone é atropelado pela revolução e interage com ela das maneiras mais imprevistas e inusitadas.

As passagens mais impagáveis são aquelas em que o veterano radialista Cauvin (Michel Vuillermoz) julga estar falando português, idioma que ele conhece de orelhada.

Sem a pretensão de ser uma obra-prima ou de revolucionar o cinema, Longwave conta com um roteiro engenhoso que, em vez de tentar “reconstituir os fatos”, opta por construir uma narrativa que alude à atmosfera daquele momento histórico, em que entram a surpresa, a confusão, a alegria, as promessas de liberdade (inclusive sexual). Longe de qualquer intenção didática – e muito menos panfletária –, o filme é uma celebração da vida e de suas infinitas possibilidades. Sempre que um bando de loucos acredita nisso, não dá outra: é bonita a festa, pá.

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15 comentários para "Getúlio cai nas armadilhas do filme histórico"

  1. helion verri disse:

    MEU IRMÃO-CAMARADA-Francisco Vendramini: Você-se assim posso chamá-lo= Foi brilhante,comovente,patriótico,brasileiríssimo,autêntico do começo ao fim no vibrante comentário…Uma lição aos jovens de hoje e do amanhã,para não serem enganados com o chamado “culto à personalidade”,bem à moda de regimes totalitários de esquerda,direita,frente,verso…Ao ler sua exaltação aos brasileiros de São Paulo que em 1932 pegaram em armas a nossa eterna e imorredoura gratidão.Não havia nascido,mas sei o quanto foi difícil e cruel essa resistência heroica,brava,histórica e imorredoura.Os jovens que morreram e ao depois surgia a sigla: “MMDC”- (MARCIO,MIRAGAIA,DRAUSIO E CAMARGO) foram os quatro metralhados e mortos pelo governo ditatorial,nazi-fascista,-getulista-na Praça da República,em São Paulo,dando as suas vidas e seus sangues pela Liberdade,pela Constituição,pelo Direito…Sou do tradicional Largo de São Francisco(Faculdade de Direito-Arcadas) e, esta representa a maior trincheira contra as opressões de cores,matizes,tendências,esquerda,direita e qualquer canalhice que se pretenda colocar goela abaixo aos brasileiros de São Paulo.Sempre vamos resistir…São Paulo nunca se ajoelha…porque São Paulo é o BRASIL.
    EM TEMPO: continuo o mesmo…Não verei,e jamais vou perder tempo com estórias mal contadas;O INDIGITADO “FILME”!…Perda de tempo e idiolatrias(empacotadas) para encher as burras dos espertinhos…Não vem que não tem. Parabéns,Francisco Vendramini,Prazer em conhecer ilustre e lúcida personalidade, fraterna e brasileiríssima. “NON DUCOR,DUCO”. Assim,sim.

  2. Francisco Vendramini disse:

    O MÊDO DO CINEMA EM CONTAR A VERDADEIRA HISTÓRIA MOSTRA A HERANÇA ( BOÇALIZAÇÃO DE UM POVO ) IMPOSTA POR GETULIO ET CATERNA
    9 DE JULHO – REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA – ERRAR É HUMANO, INSISTIR NO ERRO É BURRICE OU HERANÇA?
    A história se repete e poucas pessoas se dão conta do andamento das coisas, por desatenção ou por desconhecimento.
    É possível enganar alguns por algum tempo, enganar muitos por muito tempo mas, enganar a todos todo o tempo ai é dar a “extrema unção” para um povo boçalizado.
    QUEM ESQUECE A SUA PRÓPRIA HISTÓRIA, ESTÁ CONDENADO A REVIVÊ-LA, E ISSO ESTÁ ACONTECENDO
    A “democracia” que vivemos “nos permite” começar uma campanha para que o voto não seja obrigatório, ou seja! Quem quer e tem interesse, vai votar, e além disso poderiamos começar essa campanha exigindo que a imprensa, rádio, escrita e televisada, desse ibope ao movimento e não se escondesse matando assim um movimento pró evolução de nossa ‘’’’democracia’’’’. Eu não assino e jamais assinarei um jornal que não dê o devido ibópe e que não reverencie uma data e uma passagem histórica tão importante e que muitos teimam em querer que esqueçamos, 9 DE JULHO, porque colaboram em esconder dos novos que um dia houve quem lutasse e morresse por direitos constitucionais e que ainda permite que seja propagado por ignorantes dos assuntos o regime de 1964 como ditadura, “não foi!” mas se fala como se ela fosse o mal de tudo que está aí. Em 1932, a imprensa, os estudantes e as pessoas de formação sairam às ruas em prol de uma constituição, houve traições, compra de consciências, venda de cargos, promessas de futuro na política enfim vendeu-se e rifou-se uma pátria, tanto que através de um certo DIP ( Departamento de Imprensa e Propaganda ) de Getúlio implantou-se no povo o “modus pensanti” que visava brutal e totalmente os estudantes, escritores, pensadores principalmente da capital cultural do Brasil, visava também formadores de opinião com o contrôle total da imprensa. Criou-se assim a deseducação de um povo, implantou-se o modus pensanti no povo e o boçalizou e criou-se também o modus operandi dos políticos que não têm interesse nenhum no voto não obrigatório e que as coisas mudem isso, para manter na canga eleitores que vendem seu voto por bolsa qualquer coisa que é escola getuliana que por si só mata o amor próprio do cidadão e o coloca na posição de um zumbi quando não de um semovente. Em têrmos, e também por efeito de criação e educação vinda da era varguista, isso também perdurou nos tempos dos militares de 1964, que sem dúvida foram infinitamente melhores em patriotismo, crescimento, progresso e evolução do que o que temos hoje mas, também cometeram seus pecados, e o verdadeiro grande pecado foi colocar o Brasil nos trilhos e depois, infelizmente, entregá-lo a péssimos maquinistas, remanescentes e ressuscitados da arcaica política getuliana, “poder pelo poder” permitindo assim que uma trupe oriunda do umbral e que cheira fecaloma, chegasse ao poder e transformasse o Brasil nisso que temos hoje, imitando e aprimorando o bravatismo, clientelísmo e a empáfia de Getúlio e acéclas, que enquanto mostrava ao povo um jardim com flôres rifava e vendia uma pátria para se manter no poder, inaugurando cabides de empregos e outras coisas mais, dando liberdade total a coronéis do nordeste para de maneira caseira manter o nordestino na canga e colocando a culpa em outros e isso ficou na mentalidade do povo, essa é a pátria que temos hoje.
    Não ouso dizer a palavra que me passa pela cabeça mas, nos dias de hoje quando se fala tanto em democracia, aparecer um filme idolatrando um ditador e pior ainda nesses tempos em que o governo atual está reeditando essa política de bravatas, rifas e venda de cargos onde a ordem não é progresso, a ordem é o retrocesso, fazendo disso um péssimo exemplo de conduta aos jovens que vem, não é o fim da picada mas pode ser o começo. O Brasil perdeu o elã, se é que um dia tivemos.
    Somos filhos da pátria ou somos filhos da “potra”? Que só relinchamos para fazer barulho, e quando se fala em patriotismo e brasilidade só se pensa em copa do mundo.
    Guardando as devidas proporções de tempo e espaço, alguns, que por emoção, desconhecimento ou conhecimento “de ouvir falar” se refere a nosso feriado como sendo comentários de perdedor, lamento informar, ainda hoje somos a locomotiva, não perdemos! NON DUCOR DUCO, São Paulo apenas parou de lutar, pois os de norte a sul, leste e a oeste que iam apoiar uma constituição já tinham se vendido e aceitado o preço de Getúlio, e o Brasil? O Brasil perdeu! O resultado está nas ruas em tôdas as grandes cidades, esse é o futuro que construímos com a deseducação que perdura, com a saúde no chão, com o tome lá da cá, com mentiras ditas mil vezes e se tornando verdades, e assim o povo se vendeu e escolheu nàqueles tempos o que somos hoje, e ainda hoje se vende. O segredo do demagogo é se fazer passar por tão estúpido quanto sua platéia para que esta imagine ser tão esperta quanto ele. Lá fora, na grande maioria dos países nós somos conhecidos há muito tempo como “um povo sem glória sem rumo e sem história”, e que no lugar do brio fica a caipirinha e a cerveja. Mas para os que ainda acreditam nos verdadeiros direitos democráticos e constitucionais, nossos meninos não morreram em vão eles serão sempre lembrados afinal, VIVERAM POUCO PARA MORRER BEM e MORRERAM JOVENS PARA VIVER SEMPRE, “escrito na entrada do Obelisco Mausoléu aos heróis de 32 no Ibirapuera em São Paulo”, seus restos mortais estão lá “Contribui contra seu próprio engrandecimento um povo que não comemora seus feitos históricos”, os novos esquecerão assim como esquecerão também 1964. Nós brasileiros não sabemos contar a nossa história e uma grande maioria nem sabe que ela existe.
    Mario Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa, Antônio Camargo de Andrade, mais 713 ex-combatentes
    Esses jovens eram conhecidos respectivamente como Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. As iniciais de seus nomes gerariam o movimento conhecido como MMDC.
    O FERIADO DE 9 DE JULHO SE BASEIA EM HISTÓRIA E EVIDÊNCIAS, QUE A GRANDE MAIORIA DOS PROFESSORES DESCONHECE, por imposição da DIP em não permitir que a história fosse contada. Assim uma grande maioria ficou a desconhecer as raízes da baderna moral social e cívica que temos hoje. Um povo com cultura e educação é um perigo latente para governantes do poder pelo poder.
    ESTÓRIA,,,,,,É LENDA! E a nossa matéria prima que é o povo gosta muito disso e ainda acreditam em saci pererê.
    “Quanto maior for a mentira, mais pessoas acreditarão nela” ( Adolf Hitler )
    “É possível falar um monte de mentiras dizendo só a verdade”
    E assim vamos, Viva eu viva tu, viva o rabo do tatu. Acho até que Papai Noel existe e o coelho da páscoa, também.
    QUANDO A LENDA É MAIS IMPORTANTE QUE A VERDADE E A HISTÓRIA, E AINDA SATISFAZ O EGO DOS IGNORANTES, PUBLICA-SE A LENDA, e a falta de educação e cultura faz o país reviver a história ipsis litteris com requintes, dá-lhe pão e circo afinal a copa está aí.
    Não assisti o filme o filho do Brasil e esse outro filme getulino que devia se chamar “A LENDA”, também não vi e não gostei e jamais pagaria um centavo qualquer para ver o mentor da rifa, meu país não está a venda, ajudem para que não o vendam e nem o rifem novamente, ele é abençoado por Deus, mas Deus espera que nós pura e simplesmente façamos a nossa parte. Acho melhor Deus puxar uma cadeira porque em pé cansa. Espero ouvir nas zonas eleitorais os barulhinhos do pililim das urnas e não o muuuu da matéria prima.
    Francisco Vendramini

  3. helion verri disse:

    Bem colocado seu comentário…lembrando que,em geral,em filmes do gênero,procura-se atingir a emoção do cliente-assistente-pagante!!…Não saberia dizer se é o caso,mas vai ver mesmo o filme…Agora, esse Getúlio Vargas não foi flor para se cheirar (eliminando qualquer ideologia,esquerda,direita,frente,verso,etc)foi um ditador que veio do RGS e matou muita gente…sabia que criou até campo de concentração no Brasil???(sic)- para filhos de japoneses e outros…Confiscou bens de italianos que nada tinham com o faschismo da Itália??(sic).A esquerda era reprimida também,eis que o famoso terrorista Marighela,do PC brasileiro,foi torturado pela Polícia de Vargas,com maçarico,estando à frente disso o chefe Filinto Muller- este morreu num acidente aéreo-Varig- em Orly-que o diabo o tenha,bem tratado. Agora os que merecem hoje ir para a Papuda-e até recusam- a gente sabe…são os admiradores desse do filme,que se dizia “pai dos trabalhadores” e por pressão interna mandou publicar a CLT- hoje o código do trabalho…Também por pressão norte-americana o País entrou na 2a.Grande Guerra- não foi por amor à liberdade não…O governo do norte exigiu uma posição desse individuo do filme que você vai ver.Tinha certa simpatia por Hitler…(sic). Precisa ler a história e não ouvir e ver,tirando apressadamente alguma conclusão. Gostei da sua ponderação.

  4. Edna Maria da Silva disse:

    Ainda não assisti o filme, mas vou assistir. Independente de esquerda ou direita, fascista ou nazista,Getúlio faz parte da nossa história, como já o disse Sérgio Junior e só por isso já seria o bastante para discutir, analisar e e conhecer. Se é verdade ou não, a imagem que o filme retrata, cabe a nós: alunos(as), educadores(as), cidadãos compararmos com outros documentos históricos, inclusive o depoimento de quem viveu aquele momento, e chegarmos o mais perto da verdade, pois ela,” a verdade”, é um mosaico esfacelado de nossa história. Deixemos as ideologias de lado, se quisermos construir um país que realmente seja um lugar bom de se viver. Apreendamos com os erros do passado e construamos uma história sem corruptos, nem ditadores. À eles o lugar que merecem. Dai a Cesar o que é de Cesar, ou seja, à eles a Papuda.

  5. helion verri disse:

    Maximiliano=que bom você não entender nada de direita e de esquerda…nem eu quero saber disso. Há quem goste,vive isso,adora isso e nessa onda chegou até no poder.Aplaude e até dá jantar para um lado ou outro.Em minha casa-sinceramente-nem esquerda,nem direita entram.O que entra é o bom senso.O amigo.Aquele que gosta de você e a recíproca é verdadeira! Quanto ao País realmente você tem razão usurparam isso aqui e não querem de jeito algum deixar o poder…são os PTs, os PSDBs,etc e tal e os canalhas da vida e não mais suportamos mais tantas roubalheiras de todos os lados,partidos de repartidos.São quadrilhas,tanto assim que existe um presídio chamado Papuda- acho que o nome é sugestivo – para quem tem muito papo…Estamos cheios de tudo-Maximiliano…e,agora,um gênio faz um filme glorificando um carrasco nominado Getúlio Vargas -que a chamada esquerda moderna e troglodita só lembra das atrocidades reais de 64.Antes dessa data,nem pensar!!! Para que lembrar?? Vamos exaltar esse patético e tirânico que pariu políticos populistas (não vou nomina-los,por amor ao saneamento mental) e o País é isso que você falou… depois disso, ainda vão falar que sou nazista e fascista…certamente.

  6. Maximiliano disse:

    Bom não entendo muito, mais esquerda e direita e a mesma merda…não melhorou em nada essa merda de pais.A certeza e que por muitos e muitos anos ainda seremos refém de políticos,temos que tirar da mão de muitas pessoas as autonomias que esse pais deu…não sei quem e o governante mais sei que a corrupção toma conta de nosso pais…sem dizer nas atrocidades que indiretamente essas corrupções nós afeta…só vou da um exemplo básico (nazista campos de concentração… Brasil Hospital publico)Bom aqui está o comentário de um leigo que não esta mais acreditando nas boas intenções de Políticos…lembrando que no pais que vivemos o presidente e uma figura mais não manda porra nenhuma,a verdade e que sempre temos partido políticos e com toda convicção são todos ladrão…

  7. helion verri disse:

    Sérgio Cesar Junior gostei imenso do seu comentário,ponderado,centrado e ao que parece bem profundo conhecedor cinéfilo,eis que não sou do gênero. Valeu mesmo assim pela singeleza,elegância,simplicidade e elevada cultura,sem entrar-como um homem das cavernas,em ideologias- dizem,como está na moda…você é “nazista,fascista e coisa e tal”.Sua linguagem é pura e límpida na análise do filme,que não vou assistir pelos motivos pessoais já referidos e pela alta indignação daqueles que ainda pensam no passado e andaram há tempos-pelo que vi- fazendo jantar para outro marginal um tal de José Dirceu que, no meu tempo,quando residia em SAMPA, era um moleque e parava o Vale do Anhangabaú para falar “abóboras”…parava o trânsito e o povo que se ferrasse…Era o “gênio” que falava… sai debaixo. Eu suava a camisa para trabalhar e o vagabundo queria a reforma do mundo. Ficou rico não se sabe como…Taí reformou.Sim. Está na Papuda!!!É do “mensalão” -a vergonha nacional dos assaltantes do Planalto há anos!!!Viva o min. Joaquim Barbosa!

  8. Sérgio César Júnior disse:

    Uma das coisas mais difíceis de se fazer em qualquer país no mundo é, um filme sobre estadistas dentro de um ponto de vista do realizador. Não porque não haja competência, ou porque não há uma consultória histórica que possa dar suporte, mas porque há forças no plano invisível e até mesmo visível, que tentam cercear o trabalho da equipe de produção. A imagem do estadista que é tema da produção cinematográfica sofre a fiscalização dos herdeiros, ou de pessoas comprometidas diretamente com a situação retratada. Por isso, nós podemos esperar em filmes como os sobre Getúlio Vargas (1882-1954), Olga Benário (1908-1942) e John Fitzgerald Kennedy (1917-1963), não se podem aprofundar muito e ganham “tons didáticos” em seus processos diegéticos. Portanto vejamos até exemplos de filmes como “Todos os homens do presidente” (1976), de Alan J. Pakula (1928-1998), o qual não pode aprofundar muito e também, o filme termina para o espectador provocando mais dúvidas e incertezas a respeito do caso e da identidade do informante dos jornalistas que escreveram a matéria para o “The Washington Post”. Independente de qualquer empecilho, o importante é que se faça um filme e precisamos de entender que toda a obra de arte é uma interpretação e produto de seu tempo. A observação de Jean-Claude Bernardet na questão da paródia ou utilização de retórica para se fazer a crítica contemporânea, numa expressão artística é uma das saídas encontradas, principalmente pelos cineastas para fazer um filme sobre o período. O exemplo claro disto está em “Prá frente, Brasil” (1982), de Roberto Farias, pois os nomes eram fictícios, contudo as cenas poderiam ser facilmente associadas aos eventos do regime de exceção civil-militar (1964-1984). O filme do Getúlio é importante que todo o Brasileiro assista, mesmo com suas dificuldades de ser aprofundado pelo diretor, pelas razões delicadas que ao qual João Jardim está limitado. No entanto nós que devemos conhecer a História de nosso País, assim cotejarmos com esta fonte audiovisual, que trata sobre o enigmático e ainda não esclarecido evento: a morte de Vargas. O cinema de nosso País é importante e precisa de nossa atenção.

  9. MARIA LUIZA FRANCO BUSSE disse:

    José Geraldo, que prazer ler sua crítica sobre Longwave. A meu ver, é isso mesmo:”uma celebração da vida e de suas infinitas possibilidades. Sempre que um bando de loucos acredita nisso, não dá outra: é bonita a festa, pá”.
    Acabei de ver o filme com lágrimas emocionadas escorrendo olho abaixo. E com uma tremenda vontade de ter feito parte daquela equipe.
    Obrigada,
    Att
    Maria Luiza

  10. helion verri disse:

    AINDA EM TEMPO; Para que falar nesse homem que do BRASIL entregou “de bandeja” a mulher da Carlos Prestes,Olga Benário aos nazistas que a mataram(1939) num forno de campo de concentração na Alemanha,porque era uma militante comunista? GETULIO VARGAS E O STF foram irresponsáveis com um ato insano e o clamor popular foi enorme(no mundo inteiro)…esse é o personagem do filme que você vai assistir… Bom programa… Você, sim é nazista e ou fascista!!! Vai adorar o filme. Esse diziam que era o “pai do trabalhador”…HÁ UM FILME TAMBÉM DE OLGA..ELA ESTAVA GRÁVIDA NO BRASIL E FOI SOBRAL PINTO QUE CONSEGUIU TRAZER A FILHA PARA O BRASIL…ELA AINDA VIVE…..ESSE FILME VOCÊ DEVE MESMO ASSISTIR.

  11. helion verri disse:

    EM TEMPO: Já que fui instado a explicar melhor o que penso sobre essa figura do filme,ora versado, quero lembrar ao ilustre amigo e leitor de Floripa que LACERDA, como jornalista em seu jornal A TRIBUNA DA IMPRENSA foi inúmeras vezes “empastelado”, na rua do lavradio no Rio, por ordem dessa figura que é objeto do filme… os jornalistas devem se lembrar disso. Como acho-pelo que li- teria só 8 anos- desculpe-me- você não sabe nada, mas nada das coisas… é informado mal por pessoas impregnadas de ideologias malsãs e idiotas…não me prendo a isso. LACERDA sempre esteve acima disso – acima da direita e ou esquerda- estava a serviço da LIBERDADE DA IMPRENSA E DA EXPRESSÃO. PERGUNTE A ESSE MESMO VEICULO QUE A GENTE UTILIZA E OBTERÁ ALGUMA INFORMAÇÃO. LACERDA ERA VÍTIMA DE GETÚLIO VARGAS….O HOMEM QUE VIVIA NO “MAR DE LAMA”.
    “empastelar”- os policiais entraram a cavalo nas oficinas do jornal e jogaram as páginas a serem publicadas-tipos- na rua…. (é pouco???) . ISSO ERA ORDEM DAQUELE QUE VOCE DEFENDE E SERIA O “SALVADOR DA PÁTRIA”… VAI ASSISTIR AO FILME…

  12. helion verri disse:

    Getúlio deu ao País um triste legado de tortura e de desmando contra os da direita e da esquerda…afagou sua guarda pretoriana na chefia de Gregório Fortunato,condenado pela Justiça da época…Marighella p.ex. foi torturado por maçarico pelo agente de policia -a mando desse verme presidente-ditador-por Filinto Muller; os integralistas foram assassinados sem processos formais no Palácio Guanabara… é isso aí quem você defende e acha que estou do lado de quem a historia esqueceu… só para lembrar, até hoje não existe um deputado federal à altura intelectual de Carlos Lacerda- com coragem de combater o que se passa em Brasília- Além foi o maior até hoje,insuperável, governador da Guanabara(pergunte ao pessoal daquela época) -êle não queria favelas…procurou construir conjuntos habitacionais ao povo e foi recebido com vaias e pedras pela população,insuflada pela esquerda vermelha e a direita porca que queria a empregada logo cedo do morro no apartamento logo abaixo da orla… é a cara da sociedade burguesa e racista,reacionária que fez esse movimento anti-Lacerda…Não ver e não verei o filme é um ato sadio porque não incenso os insensatos…Massacrou o funcionalismo público em detrimento de política demagógica para o “trabalhador” copiando uma CLT fascista de Mussolini e tinha simpatia por Hitler…Por isso entrou na II Grande Guerra pressionado pelo norte-americanos. Não admiro Adhemar que era ladrão…nem Magalhães Pinto (?)-se é que seria esse o referido… sou brasileiro e patriota.Trabalhador. Foi Lacerda um grande jornalista e meu colega e como tal o admiro. Getúlio “dou a descarga” e digo adeus a porcaria… foi tarde.Pior a esquerda ainda chora por ele-inclusive deixou outras porcarias como Jango, Brizola- todos “farinhas do mesmo saco”-populistas e demagogos. Ninguém matou Jango.Ele próprio se destruiu…essa historia de honra de chefe de Estado,recente, foi pura demagogia da gerenta e seus seguidores;;;sai de baixo. Adoro as crianças que nascem sem idiologias e jamais fui fascista ou nazista…Nem sou vendido ao capital norte-americano. Tenho mestrado e continuo a dizer…esse filme foi perda de tempo. Um inútil na historia…

  13. Ruy Mauricio de Lima e Silva Neto disse:

    Bem, a ala “cultural” fascista tendo já se manifestado acima, cabe a mim, à semelhança dela, que disse que “não vi e não gostei”, dizer também que não vi e gostei muito, a julgar pelas poucas cenas do trailer. Com certeza verei e tratarei de obter uma cópia em DVD.Nunca fui getulista, até porque seria um prodígio com os meus 8 anos de idade, mas dizer com toda a argumentação rasteira que é típica desta sub-espécie ideológica, que o presidente era um canalha parece-me que só o é para quem se alinha nas hostes retrógradas e reacionárias do lacerdismo mais vulgar que, entre outras “benesses”, nos brindou a todos os brasileiros, dez anos depois, com uma inesquecível ditadura, cujos efeitos malignos até hoje perduram nos arremessos de privadas sobre torcedor ou nos linchamentos de senhoras inocentes, que aqueles saudosos “democratas” semearam durante 21 anos na tela da Grobo e de suas competidoras. Até onde pude constatar, “Getúlio” parece ser um filme bem cuidado, com diálogos que realmente aconteceram, pelo que se sabe, e que provavelmente levam o público a concluir pela complexidade daquele personagem histórico, o maior que o século vinte produziu e que se reabilitou em grande parte pelo seu segundo governo rigorosamente democrático (perante o qual Lacerda e seus insetos já foram há muito tempo esmigalhados por nossos principais historiadores e hoje é apenas assunto para o CQC, o Pânico, a Liga e demais caldos culturais gerados pela “Revolução” lacerdista (ademarista-magalhãezista) de 64. Sieg Heil!.

  14. Maurício Gil - Floripa (SC) disse:

    Ô helion verri, NÃO DIZ BESTEIRA!!!

  15. helion verri disse:

    Nunca achei que Getúlio Vargas pudesse dar algum filme…esse que saiu não gostei e não vi e não verei.Perda de tempo. Um canalha presidente que passou pelo Catete e era um monstro “et caterva”…sou mais Carlos Lacerda,que hoje faz uma falta imensa em Brasília. A gerenta não ficaria de pé…nem os quadrilheiros. Lacerda daria um bom filme,isso sim. O resto é o resto.

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