Da USP ao Grajaú: o fascismo em dois atos

Legalização das drogas não é reivindicação menor de uma juventude burguesa: precisa entrar na luta cotidiana de todos pela democracia

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Por Coletivo DAR — Desentorpecendo A Razão

“Não imagine que seja preciso ser triste para ser militante,

mesmo que a coisa que se combata seja abominável.

É a ligação do desejo com a realidade

(e não sua fuga, nas formas da representação)

que possui uma força revolucionária”

Michel Foucault

 CENA 1

Cidade Universitária, zona oeste de São Paulo. Quinta-feira, 27 de outubro de 2011. Três estudantes da Faculdade de Geografia da USP são flagrados pela Polícia Militar preparando um baseado no estacionamento. Confiscam seus documentos pessoais e desejam levá-los para a delegacia. Um grupo de estudantes se mobiliza, cerca os policiais e os estudantes flagrados numa atitude de resistência à ação policial. A PM, então, chama reforço e desloca um enorme aparato (14 viaturas, dezenas de policiais e motos). Os estudantes resistem, deixando claro que ninguém será levado à delegacia.

Os policiais lançam mão do armamento dito “menos letal” para tentar dispersar, sem sucesso, as centenas de estudantes que se juntaram em solidariedade. Tentam entrar no prédio da Faculdade de Ciências Sociais em busca dos estudantes flagrados que se retiraram dali, mas são expulsos do prédio pelos estudantes. O confronto continua com bombas de gás lacrimogêneo, gás de pimenta e balas de borracha. Os estudantes retrucam com paus e pedras e, após mais de 4 horas, a PM se retira do local. Os rapazes flagrados foram espontaneamente à delegacia e em seguida liberados, após assinar um termo circunstanciado pelo delito de porte de entorpecente.

O episódio é a gota d’água de um processo de ocupação intensiva da PM no campus da USP, desde a assinatura de um convênio há quase dois meses entre a reitoria e a PM para intensificar a “segurança”, após um estudante ter sido morto no campus. Desde então, relatos de revista aos estudantes, patrulha comportamental a casais gays e abordagens constantes sem justificativa em diversos espaços do campus (CRUSP, ECA, POLI, Letras, Biblioteca…) dão conta de que, como previsto pelo movimento estudantil, a PM não está na USP para garantir sua segurança, mas para ameaçar e coibir qualquer manifestação contrária às práticas e pensamento fascista, voltando-se contra os estudantes. Vale lembrar o ocorrido em 2009, quando a polícia invadiu a USP e transformou o campus numa praça de batalha, para reprimir uma greve de funcionários.

A iluminação no campus e a abertura para a comunidade em volta, fazendo deste um espaço habitado todo o tempo, com uma Guarda Universitária bem treinada, não terceirizada e com aumento no efetivo, seriam maneiras alternativas de melhorar a segurança no campus sem a sua militarização pela PM. Esta “operação saturação” no campus parece ser o que mobilizou e juntou centenas de pessoas, entre estudantes, professores e funcionários, no estacionamento da Faculdade de História e Geografia naquela noite.

A morte do estudante de Ciências Contábeis, na verdade, apenas serviu de pretexto para a instalação de uma política fascista que tomou força ultimamente na sociedade brasileira. O reitor Grandino Rodas, indicado pelo ex-governador José Serra, é criticado desde sua gestão como diretor da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco por suas atitudes truculentas, por exemplo, ao convocar a tropa de choque para expulsar militantes do MST e estudantes do Largo que promoviam um ato na Faculdade. Sua gestão na Reitoria, igualmente autoritária, é marcada pela absoluta falta de transparência, ausência de diálogo e aparelhamento da estrutura da universidade por setores reacionários.

É evidente que a PM não é bem vinda no campus da Universidade de São Paulo por aqueles que historicamente lutaram contra a ditadura militar e conquistaram a autonomia universitária. Como é sabido e o professor de História da USP Henrique Carneiro nos lembra, “a PM no Brasil é um entulho autoritário do período da ditadura militar, é uma polícia militarizada com foros privilegiados que se constitui na força policial mais violenta do mundo.” Vale lembrar que é uma instituição que, em seu site, manifesta orgulho de ter participado como órgão de repressão política na ditadura militar.

E o que as drogas têm a ver com isso tudo?

A política de guerra às drogas tem se revelado desde sua origem como artífice para perseguição de determinados setores da sociedade, justificada pelo discurso da segurança e saúde. Na onda da reorganização de setores neofascistas que temos assistido nos últimos tempos, o reforço das práticas e discursos punitivos encontram terreno fértil para se estabelecer. Assiste-se, então, a constituição de um Estado Penal, de um fascismo em trajes democráticos.

A reação estudantil à apreensão dos três colegas volta-se para a defesa da autonomia universitária e revela os desatinos desta política de segurança pública que tem na proibição das drogas o caminho para a intervenção punitiva e o controle político de corpos e condutas. O uso da cannabis ao ar livre, conduta que não afeta ninguém exceto quem a usa e que já não é punida com prisão pela lei brasileira, é prática disseminada há milênios entre milhões de usuários não apenas na USP, mas em todo o mundo.

O papel da polícia na coerção de práticas culturais recreacionais e de estilos de vida característicos da juventude e das camadas populares, a torna um veículo de distúrbio da paz social e uma fonte de corrupção devido às extorsões comumente praticadas contra usuários de substâncias ilícitas. É descabida a intervenção do Estado na autonomia individual. A história mostra que, quando o Brasil criminalizou a cannabis, em 1830, visava coibir uma prática associada a escravos negros em rituais religiosos, o que escancara mais uma faceta desta política de drogas: ela é racista. Embora discursos reacionários e moralistas tentem difundir o proibicionismo por um mundo “livre de drogas”, sabemos que se trata de um artifício, de uma cortina de fumaça para esconder a questão de fundo, que envolve toda uma rede de interesses dos setores conservadores, representados pelo sistema financeiro, a indústria farmacêutica, a chamada indústria de controle do crime (armamentista e de segurança) e setores religiosos.

Longe do que a imprensa marrom faz parecer, não se trata da defesa de um “território livre” fora da lei, mas de uma luta política contra o totalitarismo das forças de segurança contra certos grupos. O discurso midiático que tenta se mostrar como neutro (isento de ideologia) busca apenas legitimar esse avanço conservador sobre o território sempre resistente da universidade. Fenômeno este correlato ao que Wilhelm Reich observou em seu “Psicologia de Massas do Fascismo”: parte da população desejava o fascismo e constituiu o caldo fértil para a ascensão de Adolf Hitler na Alemanha.

Nesse sentido, lamentável a avaliação de parte da esquerda moralista no sentido de que ainda não é o momento para uma luta política sobre o tema das drogas. As drogas são o grande dispositivo de poder que viabiliza estratégias de guerra contra pobres, adolescentes, jovens adultos, punks, mulheres, gays, estudantes, grafiteiros, rebeldes e marginais do nosso tempo. O que aconteceu na USP rememora o que Raul Zibechi disse sobre a guerra às drogas e a América Latina: “Não importam as drogas, como não importava o comunismo“. O que importa é a possibilidade de controle e repressão de determinados grupos sociais, pelo medo, pelo achaque, pela constante vigilância.

CENA 2

Casa de Cultura Palhaço Carequinha, Pq. América (Grajaú), extremo sul da cidade de São Paulo. Sexta-feira, 29 de outubro de 2011. O Coletivo DAR, o Coletivo Imargem, o CDHEP e o CEDECA Interlagos promovem um cine-debate sobre o documentário “Cortina de Fumaça” com jovens do bairro. O espaço cultural e a praça que fica em frente são rodeados por várias escolas públicas. O local, então, é ponto de encontro e espaço público de convivência de adolescentes e jovens estudantes, onde se reúnem para se divertir.

No debate, os jovens manifestaram os efeitos perversos que a política de guerra às drogas produz sobre a periferia territorial dos centros urbanos. Mostraram ainda o quanto o assunto é veiculado como tabu pelas famílias, pela mídia e até mesmo nas escolas, no que pode servir de exemplo o PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência), apontado como único programa público que se propõe a debater questões relacionadas — entretanto, por meio de policiais militares fardados que entram nas escolas para falar sobre drogas. Os jovens sentem falta de mais debate e informação sobre o tema, pois veem nas fontes mencionadas um discurso moralista e alarmista.

Acabada a discussão, por volta das 22 horas, saímos na praça e nos deparamos com o ensaio da bateria de uma escola de samba local. A praça estava, como de praxe, lotada de jovens bebendo e conversando descontraidamente. Por volta das 22h30, os grupos rapidamente se dispersaram num sentido único, o que causou estranheza para alguns de nós ali presentes. Ao buscar saber o que acontecia, vimos policias militares “tocando” os jovens como se fossem gado aos gritos de “vai pra casa!”, “saiam daqui!”. Tratava-se de um verdadeiro toque de recolher promovido pela polícia militar a fim de “resguardar a ordem e a salubridade públicas”, palavras essas do comandante da operação, que segurava uma espingarda calibre 12.

Estarrecidos e indignados com a cena, fomos depois descobrir detalhes sobre o que se passava. Um morador relatou que há algumas semanas o clima piorou bastante na região, depois que a PM intensificou ações supostamente para coibir o uso de álcool e outras drogas entre os adolescentes que se reúnem ali. Numa sexta-feira, dia em que o local está mais cheio de jovens, a Polícia Militar chegou dispersando com bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha. Mandaram também fechar o comércio, ameaçaram e achincalharam moradores, que afirmaram: “A gente sabe lidar melhor com os noias do que com esses aí”, em referência aos policiais. Desde então, a polícia se faz presente ostensiva e diariamente, por meio da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e da PM, de forma a transformar a praça pública num espaço vazio, “limpo”, nas palavras dos PMs. Questionados sobre a arbitrariedade da ação, o tenente respondeu: “Não foi usada violência, não demos nenhum tiro, a simples presença física foi suficiente para limpeza da área”.

O toque de recolher é prática que vem ganhando força nos últimos anos na esteira do recrudescimento do Estado Penal. Em 2005, na cidade de Fernandópolis, no interior de São Paulo, um juiz da infância e juventude, com base no alegado poder discricionário, estabeleceu por meio de uma portaria judicial o “toque de recolher” dos jovens nos espaços públicos urbanos a partir das 22 horas. Justificando-se na prevenção da ocorrência de crimes, entre os quais o do uso de drogas, a prática é ancorada num discurso hipócrita da tutela, de “proteção” dos jovens, quando busca, de fato, o controle político dos corpos jovens e de suas condutas marginalizadas na periferia do capitalismo.

No Estado de São Paulo, a prática foi copiada por diversos outros municípios, tais como Ilha Solteira, Itapura, Mirassol e Cajuru. Há, hoje, na Assembleia Legislativa, projeto de lei que pretende estender a medida para todo o Estado. Ora se utilizando da via judicial, ora de leis municipais, sabe-se que a medida já foi posta em prática em outros 19 Estados brasileiros, em pelo menos 72 municípios.

Um breve inventário de tal prática nos levaria à Alemanha nazista, à Itália fascista, ao apartheid estadunidense e sul-africano, bem como às recentes ocupações de praças públicas na Tunísia e no Egito, além da ocupação da Palestina pelo Estado de Israel. No Brasil, a única situação permitida constitucionalmente para a restrição da liberdade de locomoção com medidas desta natureza consiste na decretação de estado de sítio pela presidência da república. Ou seja, estão tratando os adolescentes como inimigos do Estado.

Vê-se então que a política de guerra às drogas serve de justificativa para a ampliação do Estado Penal e o estrangulamento dos direitos civis em nome das ditas “segurança e salubridade públicas”. Como diz Nilo Batista a respeito da proibição das drogas, a noção de certas coisas como ilícitas remonta à própria inquisição, um “caminho para o poder punitivo chegar mais rapidamente ao corpo do sujeito criminalizado”. Atualmente, servem à prática corriqueira da Polícia Militar de enquadrar jovens pobres e negros como traficantes de drogas ou perturbadores da ordem pública, portanto, como inimigo público que deve ser encarcerado, senão exterminado.

Além do campus da Universidade de São Paulo e da praça pública no Grajaú, bem como em tantas outras quebradas da cidade, as consequências desastrosas da política neofascista de segurança pública e de guerra às drogas pode ser vista no centro da cidade, no território conhecido como cracolândia. Celebrando a união da Associação Brasileira de Psiquiatria e setores reacionários da medicina com especuladores imobiliários, o governo municipal e o poder judiciário ensaiam, cada qual a seu tempo, a implantação da medida que ficou conhecida na cidade do Rio de Janeiro como internação compulsória, que visa retirar e enclausurar jovens miseráveis, usuários de crack e a população de rua como um todo.

Usando também da falácia da tutela, julgam todos os frequentadores daquele espaço como incapazes e sem discernimento para tomar as próprias decisões, devendo, por isso, ser encarcerados para tratamento em comunidades terapêuticas. Aqui, o discurso penal se traveste de proteção da saúde dos jovens, mas não passa de um novo intento higienista. Segundo os ditames da Reforma Psiquiátrica, a prática da internação é o último recurso a ser utilizado, quando os extra-hospitalares tiverem se mostrado insuficientes. A internação em massa, assim, não protege a saúde pública, mas esvazia o território da cracolândia para a ocupação do setor imobiliário e esconde o problema da precariedade das políticas de atenção àqueles que abusam de drogas. Tal como o toque de recolher, a internação compulsória é prática que mobiliza o uso de drogas para colocar em prática o estado de exceção, a criminalização e punição de populações marginalizadas.

A discussão sobre a legalização de todas as drogas não é uma luta menor de uma juventude burguesa: é questão que precisa entrar na pauta dos movimentos sociais e na luta cotidiana de todos nós. Trata-se daquilo que disse a juíza aposentada carioca Maria Lucia Karam: “Muitas pessoas estão abdicando do desejo de liberdade. Há propostas, que vem sendo crescentemente aceitas, de troca da liberdade por segurança. Quando uma sociedade aceita trocar a liberdade por segurança, está aceitando trocar a democracia pelo totalitarismo.” Por drogas e pessoas livres, nem prisão, nem manicômio!

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19 comentários para "Da USP ao Grajaú: o fascismo em dois atos"

  1. Igor Moreno disse:

    Como estudante de Direito da USP que está acompanhando de perto o caso, trata-se do melhor artigo sobre o tema que já li recentemente. Expõe de forma clara e contextualizada os fatos – com um enfoque na política de criminalização das drogas e suas devastas conseqüências à sociedade, sobretudo à população periférica, majoritariamente negra – permeando a questão dos problemas da instituição da PM, uma das mais atrasadas politicamente em nosso país.
    Ao ouvir tratarem do tema, pouco vemos comentários lúcidos, muitas vezes o que vemos é um arremedo carregado de preconceitos ideológicos e morais e de desinformação, o que acaba dando lastro para essas práticas políticas reacionárias e totalitárias.
    É muito triste, contudo, constatar que até aqui, nos comentários do OUTRAS PALAVRAS, há esse tipo de opinião pré-formada. Faz-nos lembrar que há muito o que fazer ainda. De todo modo, parabéns, Coletivo DAR.

  2. Christine disse:

    com certeza a luta tão-somente pela legalização das drogas será rapidamente uma luta institucional. o mais importante para eles é manter os jovens, todos, crendo no capitalismo, desejando muito o comércio transparente, burocrático, carismático, até das drogas que consomem! é o triunfo do sistema essa luta, muito diferente do que foi na contracultura nos anos 60, em que não existia essa corrida por um mundo pós-capitalista, é claro que eles ainda não estavam vivendo seu último momento, então ainda representavam um perigo as drogas, os homossexuais, o amor livre. agora quem esteve a margem é o que resta (de mais precioso) para reafirmar a crença no próprio sistema. ocuppy wall street é isso. falo logo para é que desarmar o que não interessa. no fundo disso tudo, é a liberdade do ser humano que grita, deixem de ocupar, ocupem vocês mesmos, de vida! de alegria! aí não tem sistema falido e desesperado que aguente!

  3. Christine disse:

    o importante é criar um plano de imanência nesse caso específico da usp para que não seja mais um caso de porvirrevolucionário, totalmente reapropriado pelo Estado, “para que sirva de lição” ou que integre manifestantes mascarados de manifestantes, que é como eles conseguem desarticular qualquer ação política, fácil – ou por meios ainda mais baixos e sutis – mas que agregue forças desejantes, de liberdade, de arte, de vida, impossíveis de serem territorializados.

  4. Mesmo filme- disse:

    “soluções alienantes”-Dizem que a “lei seca” somente aumentou o crime e a corrupção e que a tolerancia do uso do alcool resolveria o problema; mas provocou a disseminação do alcoolismo entre a população; causou mais mortes e invalidez no transito e aumento de custos para o sistema de saude publica. Agora pleiteiam a tolerancia as drogas, pois diminuiria o trafico e se cobraria impostos na venda das drogas; mas tais argumentos(identicos ao da “lei seca”) somente vai propiciar mais viciados; aumento de clinicas psiquiatricas, até bolsas drogas e aumento de custo para o sistema de saude publica já deficiente.

  5. andre disse:

    O sistema mordeu o proprio rabo…de um lado a policia mais violenta e homicida do mundo,do outro um bando de burgueses vivendo sob o status68uspiano,sem ser vanguarda de porra nenhuma,pra no final todos culparem os “desvalidos” que formam o cinturao\favela nas proximidades da usp…J.Neumani Pinto,o fascista de plantao do sbt acusou a favela de estar incentivando os alunos a se colocar contra a presença da pm no campus… ofascismo age por todos os lados e a culpa cai sempre no mundo pobre..PM e USP se merecem!!!!!

  6. raquel disse:

    REBELDES SEM CAUSA!!!!
    Carro do ano, viagem internacional (para Amsterdã, provavelmente), conta no banco com crédito mantido por pais ricos e bem sucedidos, casa própria e roupas despojadas, com seu estilo “fake” de ser, porém de grife. Estes são os estudantes da USP!
    E como não tem que se preocupar com o dia de amanhã, que já está garantido, querem fumar maconha ao invés de ocupar o tempo com coisas importantes, como por exemplo, cresimento pessoal, auto conhecimento, noção do próximo e de sociedade, noção de ordem e moral….

  7. Josiberto disse:

    Vou direto ao ponto. Por mim o consumo da maconha seria liberado e sobre ela cobrado um imposto de monta, o dobro do que é cobrado sobre o tabaco e bebidas alcoolicas destiladas. A receita arrecadada deveria ser utilizada em campanhas publicitárias alertando sobre o malefícios do consumo de drogas e para custear o serviço de recuperação de drogados e outros infelizes que são enredados para esse lado da vida. Basta de hipocresia desses burgueses filhinhos de papai, de corrupção policial, e outras tantas mazelas, como a morosidade da justiça.

  8. Augustus disse:

    Holanda arrependida com a liberação da maconha e da prostituição-julho 3rd, 2010 por Andre de Moura Soares -A Holanda, um dos países mais liberais do mundo, está em crise com seus próprios conceitos. O país que legalizou a eutanásia, o aborto, as drogas, o “casamento” entre homossexuais e a prostituição reconhece que essa posição não melhorou o país. Ao contrário: aumentou seus problemas.E a legalização da maconha? Fez bem? Também não. “O objetivo da descriminalização da maconha era diminuir o consumo de drogas pesadas. Supunham os holandeses que a compra aberta tornaria desnecessário recorrer ao traficante, que em geral acaba por oferecer outras drogas. (…) O problema é que Amsterdã, com seus cafés, atrai ‘turistas da droga’ dispostos a consumir de tudo, não apenas maconha. Isso fez proliferar o narcotráfico nas ruas do bairro boêmio. O preço da cocaína, da heroína e do ecstasy na capital holandesa está entre os mais baixos da Europa”, afirma a matéria de Veja de 5 de março, sob o título Mudanças na vitrine, o jornalista Thomaz Favaro. Maconha pode provocar psicose, afirma estudo-02-03-2011-BBCBrasil-Um barato permanente. Pessoas que consumiram maconha na adolescência ou no início da vida adulta enfrentam maior risco de apresentar sintomas de psicose mais tarde, afirma um estudo recém-divulgado.

  9. Luciana disse:

    “A iluminação no campus e a abertura para a comunidade em volta” !! Ótimo… agora só falta combinar com os bandidos ok !! Serão que eles vao aceitar ?

  10. Pablo disse:

    Qualquer traficante saber que as universidades são um ótimo lugar para vender drogas, incluindo maconha, cocaína e bebidas, maioria delas contrabandeadas.
    Quem vai coibir o tráfico nas universidades?

  11. iza disse:

    cresce
    e vai descobrindo mais sobre a liberdade
    poucos governam mas se massificam em idéias arcaicas
    o que me importa não é ficar chapada!
    o que me importa não é o barato da “viagem” alheia!
    o que realmente me importa é que essas idéias de liberdade se ampliem, fortaleçam, pra que a luta por ela unifique toda essa gente que pensa!
    que deseja
    que as qualidades humanas e culturais de um indivíduo
    sejam humanizadas
    que encontrem um lar.
    que o mundo possa ser esse lar.
    sem que pra isso sejamos agredidos,
    banalizados por ideais contrarios
    e contraditorios.
    que a liberdade seja infalível em vida… tanto quanto é em nossas mortes!

  12. Paulo Alex disse:

    Concordo com o despreparo “de parte” dos PM, mas também não acho que todos os alunos têm idéias próprias, a maior parte segue pressupostos recebidos prontos.
    Discordo também de qualquer tipo de apologia às drogas (mesmo ao alcool) a canabis da década de 70 era trinta vezes menos nociva qua a atual, graças à engenharia genética. A maconha é droga e causa dependência química, que todos sabemos os resultados na vida social.
    Também não concordo com as discussões sobre dicotomias comunismo/marxismo x capitalismo, classe dominante x classe dominada, etc… a discussão tem que ser mais profunda, cada caso tem sua especificidade e tem que ser discutido individualmente, o saber atual exige isso.
    “O mundo não tem somente dois lados”.

  13. Leandro Araujo disse:

    Enquanto no Chile estudantes brigam forte por melhor educação, aqui estudantes brigam pra fumar seu baseado de boa… ê Brasil…

  14. Pablo disse:

    Parece que os estudantes querem uma polícia especial ou leis especiais de legalização de drogas, que os demais membros da sociedade não usufruem. Porque é que não lutam por uma polícia especial para todo o povo brasileiro?

  15. Renato Kowalski disse:

    Discutir o uso de drogas e sua distribuição é de suma importância.
    O estado dá as costas e forma-se um estado paralelo sem lei, imenso.
    è polêmico e nada fácil mas, e por isso mesmo, é preciso URGENTE
    uma reflexão AMPLA entre governo e sociedade.

  16. Muito interessante esse artigo. Temos que legalizar a maconha, não digo o mesmo pra Cocaina e Crack, malditas drogas sinteticas, mas pra quem já é usuario e não consegue largar deve-se fazer igual a Holanda, com centros de aplicação, onde a galera vai usar Heroina, e outras drogras pesadas com acompanhamento medico e tudo o que for necessario para dar a essa pessoa a qualidade que ela merece, poxa, com tanto imposto que a gente paga o minimo que poderiam fazer é criar algo assim. E outra, “Policia fora quem precisa, ninguem precisa de policia!!!”

  17. Lucas Gordon disse:

    Rogério, talvez você deva se informar melhor e ver que praticamente toda a esquerda brasileira já adotou a bandeira da legalização das drogas, uma vez que a falida guerra às drogas serve de intrumento para a opressão e o encarceramento em massa das camadas pobres da sociedade, criminalizando a pobreza e gerando renda para os bancos internacionais que lavam o enorme montante de dinheiro que gira no mercado negro.

  18. Rogério Fernandes disse:

    Muita babaquice essa imagem! Anacronismo!
    Quem atacou proimeiro foram os “estudantes”. A legalizaçãop é uma luta menor de uma pequena juventude burguesa, sim.

  19. Giovanni disse:

    É um excelente texto…Fatídico, com alguns altos e baixos da minha opinião,já que quem colocou a PM lá foram os próprios alunos, SIM FORAM ELES…podem naum ser da classe filosófica como os de Geografia, Filosofia, História entre outros, mas sim os de Engenharia, Medicina e por ae vai, que são a classe burguesa, que querem essa “proteção”. E foram tb os moradores q chamaram a polícia no grajaú, ou seja eles dão corda pra polícia agir como age e apoiam e eles discriminam os proóprios jovens do bairro….
    A culpa foi jogada na mão de quem naum tem culpa e obedece a ordens..a polícia que é ignorante e naum tem senso próprio…
    A CULPA É SIM DA POLÍTICA Q A INSTAUROU DESSA FORMA…
    AGORA A LUTA ESTÁ CERTA na USP, pelas pessoas certas, aqueles q comandam a parte intelectual do país…e só vai mudar se eles mudarem todosos precedentes…MUDAREM a opinião burguesa das didáticas numerosas..e retirarem do poder OS FACISTAS E CORRUPTOS DO GOVERNO DA USP E DO GOVERNO FEDERAL…

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