Convite ao jornalismo compartilhado

Corporações e governos querem proibir a circulação de conhecimentos. Para demonstrar como ela é potente, sugerimos trabalhar à moda do software livre

.

Está confirmado. Um grupo de dezesseis governos debate, a portas fechadas, o ACTA, um acordo internacional que pode restringir as trocas pela internet e o comércio de medicamentos genéricos. Os sites Outras Palavras e Biblioteca Diplô acabam de publicar um texto a respeito. Ele sai, simutaneamente, nas redes sociais Cultura Digital e Ciberativismo.

É um começo: quebrar o sigilo, expor à opinião pública a ameaça, ajudará a afastá-la. O caráter opaco com que o ACTA vem sendo tratado não é casual. Procura-se preparar um prato feito, para depois empurrá-lo à opinião pública.

Mas estamos propondo ir além, e lançar um esforço colaborativo para compreender mais profundamente, e em seus múltiplos aspectos, o ACTA. Isso pode ser feito de distintas maneiras, entre as quais as seguintes:

a) Postando novos textos e links em Cultura Digital e Ciberativismo.

Ambos os espaços estão abertos ao debate sobre o ACTA e as alternativas a ele. É possível abrir tópicos de discussão, criar blogs, postar textos, áudios e vídeos, criar grupos. Para entrar, basta preencher um formulário simples e curto.

b) Contribuindo para melhorar o texto inicial.

A versão que produzimos foi redigida em caráter de urgência, logo depois que pressões da sociedade civil tornaram impossível continuar escondendo o texto em debate. Para melhorar e ampliar este primeiro artigo, queremos abrir um processo de autoria múltipla. Assim como no software livre, o objetivo não é construir uma versão única, mas múltiplas versões complementares. Funciona assim:

> Mais que uma exposição inicial sobre o ACTA, o texto é um dossiê bibliográfico. Traz dezenas de links para sites e documentos em que é possível pesquisar as origens da iniciativa, versão atual, repercussões no Brasil, debate das alternativas etc.

> O texto inicial gerou, também, uma versão Google Docs. Para obter a senha, basta escrever para [email protected].

> O uso da versão Google Docs é opcional. A vantagem é permitir que diversos co-autores acrescentem, corrija e aperfeiçoem partes do texto, simultaneamente ou não;

> Qualquer co-autor pode usar a versão inicial, incluir ou modificar algo e republicar, em seu próprio nome. A única contrapartida exigida é: também esta nova versão deve permanecer pública e aberta a novas modificações e autorias.

No momento em que alguns pretendem eliminar ou capturar a comunicação compartilhada, nada melhor, para defendê-la, do que torná-la cada vez mais efetiva e potente.

Leia Também:

9 comentários para "Convite ao jornalismo compartilhado"

  1. Haer disse:

    Guilherme Freitas disse:Muito boa a dica Danilo. É srpeme bom ouvir especialistas antes de começar a fazer alguma coisa. Parabéns e um abraço.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *