Arte para transformar a sociedade?

Curador Charles Esche afirma: época em que artistas limitavam-se à liberdade formal acabou. Em tempos assustadores, estética precisa engendrar outra ética

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Entrevista a Vanessa Rato, no Publico | Imagem: Cildo Meireles, Fontes, detalhe de instalação (1992-2008)

Na conferência que deu na semana passada, na Fundação Calouste Gulbenkian, Charles Esche comparou o desmonte do conceito de Estado na Europa a uma cidade após um terremoto de grande escala: num edifício tudo parece intocado e funcionando; o prédio ao lado, porém, foi-se – abrimos a porta e percebemos que a fachada guarda apenas uma ruína, um buraco cheio de escombros.

Isto já aconteceu, constatâmo-lo todos os dias, a cada passo. Agora resta reinventar. E Esche acha que os museus e teatros podem tomar as rédeas desse processo. Os tempos da arte pela arte acabaram – é preciso uma “arte-ferramenta”, diz ele. Um demagogo? O que ele diz é: “Eu sei que pareço um marxista enfurecido, mas não sou, sou apenas realista.”

Há dez anos à frente do conhecido Van Abbemuseum, de Eindhoven, na Holanda, e um dos responsáveis pela Afterall Publishing, que fundou em 1998 com o artista plástico Mark Lewis, Esche foi este ano um dos curadores da Bienal de São Paulo, depois de ter feito a de Gwangju (2002) e a de Istambul (2005). Fundador, em 2010, da Internationale, uma confederação de museus europeus, foi apontado pelo Center for Curatorial Studies do Bard College como o bolsista de 2014 do Audrey Irmas Award for Curatorial Excellence, antes atribuído, por exemplo, a Harald Szeemann, Catherine David, Okwui Enwezor ou Lucy Lippard.

A grande afirmação da sua conferência foi que instituições de caráter artístico como museus e teatros podem e devem assumir-se como os grandes agentes da reinvenção do Estado. O que levanta antes de mais a pergunta: em que sentido é que o Estado precisa de ser reinventado? Como diretor de museu, que diagnóstico faz do atual estado do Estado?

Claramente, o Estado, ou os Estados, entraram em crise existencial. Uma crise de um tipo que já não se via há bastante tempo – provavelmente desde o fim do século XVIII, com o nascimento do conceito de Estado-nação. Diria que a combinação do projeto europeu com a globalização do capital e a perda de soberania – que é muito clara em Portugal mas é visível por todo o lado desde o início da atual crise, em 2008 – produziu um desafio fundamental: a ideia de Estado, tanto em termos de estrutura identitária, como em termos econômicos e de estrutura social, que define um grupo de pessoas como cidadãos e lhes atribui direitos e responsabilidades, essa noção de Estado – que até certo ponto nasce da Revolução Francesa, mas que também deriva do estabelecimento da social-democracia na Europa do pós-guerra e que foi o modelo até agora dominante na Europa –, está ameaçada. Não é um fim que se possa propriamente celebrar. Em muitos sentidos, torna a vida mais difícil. Mas, através de várias manipulações e fracassos da social-democracia – manipulações através dos mass media, mas também fracassos do próprio Estado – a ideia de Estado parece, de fato, em decadência. E não vejo forma de que possa ser salvo de si mesmo na forma que até agora lhe conhecíamos. Os objetivos desse Estado talvez ainda se possam salvar. Mas é preciso que sejam traduzidos para novos suportes.

A que fracassos se refere?

Ao fracasso do Estado em se adaptar a contextos e necessidades em mutação, ao fracasso do modelo do Estado providência, dos serviços nacionais de saúde, da ideia de que a cidadania é partilhada pelas pessoas e que, portanto, todas têm certos direitos, a própria ideia dos direitos que derivam de uma cidadania e dos deveres que lhe estão associados… No fundo, estamos nos afastando de uma estrutura democrática retomando um modelo oligárquico em que um pequeno grupo de pessoas organizam a maior parte das decisões e em que os governos, que não estão completamente no controle, alinham-se com essas decisões. Presume-se que um Estado tem um governo e que o governo determina o que acontece nesse Estado. Acontece que esta oligarquia é transnacional, é global, e é a nível global que opera. Se um Estado diz: vamos tentar lidar com esse problema, por exemplo, criando impostos mais altos para as atividades dessa oligarquia, ela diz: ah, bom, então vamos para outro Estado, o problema é vosso. Neste sentido, o Estado já não opera da forma que costumava. E isso nos últimos anos tornou-se óbvio para todos nós. Portanto, é o Estado que está em apuros.

E que características permitem às instituições da arte assumir o papel de agente de reinvenção do Estado?

Um dos conceitos para o qual me parece que devemos olhar com atenção é o dos “commons”, um conjunto de valores ou de bens que não têm um proprietário individual, mas colectivo. O Estado manteve para si durante muito tempo a ideia de “commons”, agora parece-me que há oportunidade de generalizar a ideia de propriedade coletiva. E parece-me que as próprias instituições artísticas incorporam já em si o conceito de “common”. As colecções dos museus, por exemplo: de certa forma, são já propriedade partilhada. Apesar de esta ser a Fundação Calouste Gulbenkian e de, basicamente, pertencer à família Gulbenkian, a forma como foi criada permitiu que todos os portugueses sintam alguma propriedade sobre ela. E é ainda mais assim em relação a uma colecção num museu nacional. Portanto, há uma ideia de “common” já inscrita nas instituições artísticas. E esse é um legado sobre o qual podemos construir. Outra coisa é esta estranha função que a arte manteve em toda a sociedade democrática e burguesa que é assumir-se como um espaço de liberdade, um espaço de experimentação. Não é um valor universalmente partilhado, mas é uma assunção comum que a arte é uma esfera onde são permitidas coisas que não são permitidas noutras esferas – a maior parte das pessoas dirá que é importante que a arte seja livre e que os artistas possam fazer o que querem. E isto é uma coisa de que nos podemos aproveitar. Podemos instrumentalizar a ideia de autonomia inscrita na acepção ocidental de arte, que é que a arte faz as suas próprias regras. Podemos instrumentalizar isso para ajudar a resolver a questão do fracasso do velho Estado social e das estruturas do Estado em geral.

“Autonomia” e “instrumentalizar” – são conceitos antagônicos e que se anulam mutuamente. A partir do momento em que se instrumentaliza uma coisa ela deixa de ser autônoma. É uma proposta assustadora nos termos em que a coloca.

Vivemos tempos assustadores, precisamos de conceitos assustadores para lidar com eles. Essa autonomia é uma posição que a sociedade nos permite ocupar – então vamos usá-la, vamos aproveitar o fato de podermos usufruir dessa liberdade! Temos uma condição diferente da das instituições de educação, por exemplo, que são altamente instrumentalizadas. O tipo de educação que se oferece está hoje diretamente ligado aos mercados, exatamente como acontece em tantos outros setores da sociedade que já pertenceram ao Estado e foram entretanto privatizados, ficando nas mãos da mesma oligarquia internacional de que falava há pouco. O mundo da arte, à sua pequena e impotente escala, é ligeiramente diferente. O que peço é que usemos essa diferença.

Mas, ao pôr esse espaço de liberdade ao serviço seja do que for – neste caso de uma certa perspectiva de ação e construção social –, você não empurra o domínio artístico para o mesmíssimo lugar onde estão as esferas que, precisamente pela sua falta de autonomia, já não servem como plataformas de reinvenção?

O que estou dizendo é que a arte se oferece como espaço para a experimentação. E defendo essa ideia de experimentação. Mas digo que ela não deve ser apenas estética, deve também implicar-se em termos de organização social. De novo: é qualquer coisa que os puristas, os modernistas, vão rejeitar, mas se virmos a arte como tendo uma função, uma delas tem que ser imaginar qualquer coisa que ainda não existe. Isto é necessário e verdade em qualquer processo criativo, quer seja socialmente criativo, individualmente criativo ou mesmo criativo em termos capitalistas, de criação de um novo produto: o processo de imaginar o que ainda não existe é fundamental – se não conseguimos imaginar, será muito difícil criar. E o que estou a dizer é que se o espaço da arte é já imaginar coisas diferentes das que existem, então porque não imaginar a sociedade? Porque não imaginar uma sociedade diferente da que temos e não apenas aplicações para um vermelho ou verde?

Pode exemplificar?

Sim. Uma das grandes questões nos museus é o que fazer com a herança que recebemos – as nossas coleções. No Van Abbemuseum temos uma coleção de arte moderna. Uma das perguntas é como podemos torná-la mais atual, mais contemporânea. Limitâmo-nos a mostrá-la? Quer seja um Sol LeWitt ou um Lawrence Weiner, mostrar e dizer: “Esta era a cultura que existia nos anos 1970; não era maravilhoso?” Da mesma maneira que podemos mostrar uma urna grega e dizer: “Não era fantástica esta cultura?” Ou será que podemos tornar a coleção relevante face a conceitos contemporâneos? Uma coisa que fizemos com um coletivo dinamarquês, os Superflex: eles copiaram um dos Sol LeWitt da coleção e depois distribuímos as cópias gratuitamente aos visitantes. O que aconteceu foi que a ideia de uma obra de arte conceitual, que se materializou num objeto com um valor de mercado, voltou à sua matriz conceitual – porque o que o Sol LeWitt dizia que importava era a ideia, não o resultado material dessa ideia. Neste projeto, voltamos à ideia original e tentamos atualizá-la para o público de hoje. As pessoas puderam realmente levar uma obra de arte para casa. Houve um momento maravilhoso em que se via as pessoas a saírem do museu com uma obra de arte na mão. Que é o oposto do que um museu é suposto fazer, que é proteger tudo, garantir que não foge. Nós, na verdade, escancaramos as portas. E ao quebrar os protocolos que dizem que não se distribuem as obras de arte dos museus pelo mundo, começámos a atualizar o potencial que existe nessas obras. É um exemplo. Haveria muitos.

Claramente, é contrário à ideia da arte pela arte, acha que a arte deve ter uma função político-social clara e imediata.

Sim. A arte pela arte existiu dentro de uma estrutura socio-politico-econômica específica, um contexto de excesso produzido pela burguesia, que achava que a arte não devia ter uma função porque a sociedade era rica ao ponto de poder conceber um fora do utilitarismo. Nessa sociedade, a arte recebeu um papel específico, um papel que, à sua maneira, também era político. E no período da Guerra Fria essa arte pela arte foi instrumental, servia para provar a liberdade do mundo ocidental por oposição à instrumentalização que o leste fazia da arte e dos artistas. Portanto, tanto em tempos mais recuados como mais recentes, essa ideia existiu em contextos muito específicos. Contextos que já não existem. Faz muito pouco sentido em 2014. E a sua sobrevivência até agora foi, na minha opinião, um acidente histórico, um lastro deixado por regimes anteriores.O que define, para si, uma arte útil?

No museu usamos a expressão espanhola “arte útil”. A ideia da arte como ferramenta [porque, em castelhano, “útil” quer também dizer ferramenta] parece-me mais sedutora do que a ideia de uma arte utilitária. Creio que transmite bem a capacidade da arte em assumir um papel funcional dentro das estruturas de pensamento. E isto implicará determinadas características: uma arte útil terá uma relação real com o mundo, não será apenas simbólica, não usará apenas uma linguagem simbólica, mas fará propostas reais para mudanças reais do mundo real, satisfará talvez uma necessidade ou produzirá um resultado com efeitos fora das instituições da arte. Isto tem antecedentes. Certas formas modernistas, como as ligadas às vanguardas russas, estão muito ligadas a ideias como estas. E se formos até ao século XIX temos as propostas do [crítico de arte e social britânico] John Ruskin, ou as do [artista e fundador do movimento socialista inglês] William Morris, em resistência à industrialização. Um conceito como o de “arte útil” recorda que a arte pode ter uma função genuína na sociedade. O lugar que ocupava e as funções que tinha no Estado-nação da social-democracia estão se desvanecendo, tal como essa ordem do mundo. Temos que encontrar novas justificações para o papel da arte e acho que esta é uma delas.

No entanto, parece um retrocesso.

Se pensarmos que um Jackson Pollock foi profundamente instrumentalizado pelas políticas do período da Guerra Fria, não sei onde fica essa arte pela arte sem uma relação com a sociedade, sem um papel social. Não me parece que a noção do “espectador desinteressado” ainda seja especialmente válida. Não me parece que hoje ainda seja possível ocupar a posição de alguém que pode produzir julgamentos estéticos tendo por base o seu “desinteresse”, a sua exterioridade e neutralidade. Vivemos tempos de necessidade, tempos em que temos que perceber o papel da arte. E ela sempre teve um papel, nunca foi não instrumental. A única questão é que durante muito tempo nos recusamos a ver isso. Em suma: acho que a questão é como é que instrumentalizamos a arte e não se podemos instrumentalizá-la.

Ou seja, é a crise que, para si, leva a uma redefinição do papel da arte?

Quando falamos da crise, no singular, parece haver apenas uma [a financeira e econômica]. Não é verdade. Uma das crises é ambiental. Algumas pessoas não aceitam a sua existência, mas, genericamente, vemos que os recursos de que precisamos para viver bem exigem sistemas de valores e padrões comportamentais diferentes [dos que temos adotado]. Depois, também há uma crise política, uma crise de representação – os políticos já não nos representam. Diria que a maior parte das pessoas que viveram as velhas democracias não sentem que o atual sistema seja representativo delas ou das suas comunidades de forma eficaz – o Syriza [coligação de esquerda grega] ou o [partido espanhol] Podemos são exemplo da forma como continuamos a batalhar por uma representatividade, mas o próprio sistema reage contra. É uma tragédia, mas acho que temos que ser honestos: estamos nos encaminhando para uma pseudodemocracia em que os pseudo processos eleitorais e os sistemas de pseudo representatividade mascaram uma oligarquia. Uma oligarquia sendo um grupo de pessoas bastante fixo – o chamado 1%, a classe dominante – que basicamente manipula as decisões políticas de forma a que os seus interesses sejam protegidos acima de quaisquer outros. Acho que, neste momento, todos vemos isto e percebemos que essa oligarquia se mantém intocada. Mas, paradoxalmente, a força e poder dessa oligarquia também se tornaram maiores. Se olharmos para as consequências da crise, constatamos que a oligarquia maximizou o seu potencial de lucro. Fê-lo às custas da maioria das pessoas. E as mídias e a maioria das forças de persuasão usadas para nos convencer de que isso é aceitável dedicam-se a proteger esses interesses. Ou seja: vivemos tempos oligárquicos, a questão é o que vamos fazer a esse respeito.

Até que ponto é que a vigência dessa oligarquia afecta os museus e outras instituições da arte?

Enormemente. Primeiro, porque ao levar o Estado a retirar-se [a oligarquia] alarga cada vez mais o seu espectro de atuação. A maioria dos museus foi criada a partir de fundos públicos – e isto tanto é verdade para os Estados Unidos, com os incentivos fiscais, como para a Europa, com o financiamento público directo. Entretanto, começaram a abrir cada vez mais museus privados. O que levou a uma explosão brutal do mercado da arte, que foi uma consequência do excesso de riqueza que a oligarquia produz. E como o domínio público tem muito menos riqueza do que o privado, torna-se cada vez mais difícil reter certo tipo de obras nos museus públicos. Ou seja, o interesse coletivo começou a ver-se cada vez menos representado, em prol dos interesses dos colecionadores privados. E houve uma mudança nas estruturas de poder nos museus, que passaram da dependência de estruturas democráticas, como as Câmaras Municipais e os ministérios da Cultura, para a dependência de conselhos administrativos normalmente compostos por membros diretos da oligarquia. As fundações privadas, por exemplo: uma vez mais, são instrumentos usados pela oligarquia para libertar alguns dos seus lucros, algum do seu excesso financeiro. E os museus estão cada vez mais nas mãos destas figuras oligárquicas. Dantes, para verem os seus projectos financiados, os directores dos museus tinham que ir em visita suplicante a ministros democraticamente eleitos, agora têm que ir em visita suplicante a oligarcas.

A oferta de peças de Sol LeWitt no Van Abbemuseum DR

 

Essa realidade tem implicações estéticas?

Claro. Em qualquer das grandes feiras de arte contemporânea, seja em Miami, Basel ou Hong Kong, vemos as consequências estéticas disto.

Em que sentido?

Obras reluzentes, planas, superficiais, grandes. Sobretudo, obras de grande escala, feitas para grandes palácios. Ainda há pouco tempo ouvi alguém comentar que a verdadeira felicidade de comprar uma obra de arte reside na negociação do preço e no momento de vanglória ao jantar. O objeto, aqui, não é grande coisa – o que importa é o processo de consumo. O que, em parte, é verdade: o capitalismo construiu uma lógica de consumo em que um objeto nunca é tão desejável como no minuto exatamente antes de o comprarmos; no momento em que o compramos surge uma sensação de desilusão. Isto acontece em grande escala nas oligarquias. A grande emoção está no objeto que se segue. E claro que isso determina o fato de o [conhecido artista plástico britânico] Damien Hirst poder fazer uma caveira de [platina e] diamantes [que o artista disse ter sido vendida por 63,8 milhões de euros]. Pode porque esta estrutura permite. É óbvio que o domínio oligárquico tem consequências estéticas. Mas a estética e a ética estão muito ligadas: são também decisões éticas as que os artistas tomam, quando decidem contribuir para esse sistema.

Damien Hirst e alguns teóricos dirão que a caveira é, na verdade, uma crítica ao sistema.

E até certo ponto é. No sentido em que qualquer sociedade decadente produz uma arte que, retrospectivamente, poderá sempre ser vista como crítica do seu contexto. Assim, seguramente que o século XXI tardio olhará para tudo isto dessa forma. A maioria da arte a ser feita hoje poderá ser vista assim. Os Damien Hirst e Jeff Koons, gente assim. Que realmente capturam o sabor deste momento, sem dúvida…

Em vez desses artistas, que fazem as tais obras reluzentes, planas e de grande escala, que artistas lhe interessam?

O que me interessa não são tanto os objetos, mas os próprios processos da arte e o que eles possam possibilitar. E o Damien Hirst e o Jeff Koons também poderão possibilitar certas coisas. Mas menos do que os artistas que tentam trabalhar hoje em contextos muito específicos no nordeste do Brasil, por exemplo, ou no Líbano, ou artistas maori da Nova Zelândia. Interessam-me as culturas onde há um sentido especial de relação à terra e à história mas onde, ao mesmo tempo, se tenta transcender isso, construir um diálogo entre a experiência da maioria da raça humana e uma noção de existência planetária, um discurso que leva em consideração as condições ambientais em que vivemos e a dureza da história de dado lugar. Trabalhos que lidam com a complexidade destas relações são os que me interessam, porque acho que são aqueles que antecipam um futuro. No fundo, acho que são uma vanguarda, enquanto os Damien Hirst e os Jeff Koons são o mainstream. No fundo, estou à procura do que será, em vez de daquilo que já é.

Damien Hirst e “For the Love of God”

 

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3 comentários para "Arte para transformar a sociedade?"

  1. Cris disse:

    parabéns à jornalista pela reportagem, ela deu o tônus crítico necessário a uma análise bastante simplista do ponto de vista da produção da obra, pelo curador.

  2. 6.
    ADEUS. FEITORES DAS OBRAS DO DIABO, PARA SEMPRE!
    (OS.6.3) Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor: (1JB.4.2) Ninguém jamais viu a Deus, (GL.3.23) porque estávamos sob a tutela da lei, e nela encerrados, à mercê desta fé que de futuro haveria de revelar-se, (DT.2.30) como hoje se vê: (IS.16.14) Agora, porém, o Senhor fala, e diz: (AP.22.18) Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: (JB.14.17) O Espírito da Verdade que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque Ele habita convosco e estará em vós; (AT.17.23) porque passando e observando os objetos do vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO: Pois Esse que adorais sem conhecer ,é precisamente Aquele que Eu vos anuncio: (MT.7.23) Então lhes direi explicitamente: (JB.19.30) Está consumado! (JB.20.22) Recebei o Espírito Santo: (JB.3.18) Quem Nele crê nãoé julgado;o que não crê já está julgado: (AM.5.24) Antes, corra o juízo como águas, e a justiça como Ribeiro perene: (TG.3.18) Ora, é em paz que se semeia o fruto da justiça para Aqueles que promovem a paz:
    7.
    (2RS.21.10) Então, o Senhor falou por intermédio dos Profetas, seus Servos, dizendo: (2RS.21.10) O meu amor seja com todos vós em Cristo Jesus: (2PE.1.2) Graça e paz vos sejam multiplicadas no pleno conhecimento de Deus e de Jesus Cristo, Nosso Senhor:
    (ÊX.4.22) Israel é meu filho, meu primogênito; (IS.49.3) por quem hei de ser glorificado: (MT.12.13) Eis aqui o meu Servo, que escolhi, o meu amado, em quem a minha Alma se compraz: Farei repousar sobre Ele o meu Espírito, e Ele anunciará juízo aos gentios: (JÓ.32.8) Na verdade, há um Espírito no Homem, e o sopro do Todo-Poderoso o faz sábio; (MT.11.24) porque era Homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé: (1CO.2.11) Quem conhece as cousas do Espírito de Deus, senão o Espírito de Deus? (1CO.2.14/15) Ora, o homem natural não aceita as cousas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura e não pode discerni-las, porque elas se discernem espiritualmente: Porém, o Homem espiritual conhece estas cousas, (IS.28.26) pois o seu Deus assim o instrui devidamente e o ensina:(JB.2.25) E não precisava que alguém lhe desse testemunho a respeito da natureza humana; (LS.15.3) porque ele conhece a si mesmo:
    Na verdade, (MC.6.15) É Profeta como um dos Profetas, (AT.15.23) escrevendo por mão deles: (1CÓ.14.32) Os Espíritos dos Profetas estão sujeitos aos próprios Profetas, (RM.8.4) a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito; (2CO.4.18) pois não atentamos nas cousas que se vêem, mas nas que não se vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que não se vêem são eternas: (JB,8.41) Nós não somos bastardos, temos um Pai que é Deus: (MC.2.27) Ora, Ele não é Deus de mortos, e sim, de vivos: Laborais em grande erro: (MT.10.28) Não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei, antes, Aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo:
    (JB.3.23) Ora, o seu mandamento é este: (SF.2.3) Buscai o Senhor vós, todos os mansos da terra que cumpris o seu juízo; (TG.3.1) sabendo que havemos de receber maior juízo: (1PE.5.10) Ora, o Deus de toda a graça que em Cristo vos chamou a sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, Ele mesmo há de vos firmar fortificar e fundamentar: (1JB.5.6) E o Espírito é que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade:
    (2CO.3.17) Ora, o Senhor é o Espírito, onde está o Espírito do Senhor, ai há liberdade: (JB.8.36) Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres:(IS.30.12) pelo que assim diz o Santo de Israel: (JB.14.6) Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida: (JR.29.20) Vós, pois, ouvi a palavra do Senhor, todos os do exílio, que enviei de Jerusalém para a Babilônia: (EZ.30.19) Assim executarei juízo no Egito, e saberão que Eu sou o Senhor, (JB.8.32) e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará: (ÊX.6.7) Tomar-vos-ei por meu povo, e sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus, que vos tiro de debaixo das cargas do Egito: (JB.15.23) Está consumado:(JB.5.9) Hoje removi de vós o opróbrio do Egito; (EZ.12.24) porque já não haverá visão falsa nenhuma, nem adivinhação lisonjeira, no meio da casa de Israel: (EZ.30.13) Também destruirei os ídolos e darei cabo das imagens, (LS.14.27) porque o culto aos ídolos abomináveis, é o principio de todo o mal:
    8.
    (PV.1.23) Atentai para a minha repreensão, eis que derramarei copiosamente para vós outros o meu Espírito, e vos farei saber as minhas palavras; (JB.6.45) e serão todos ensinados por Deus: (MT.15.10) Ouvi e entendei:
    (LC.11.48) Assim sois testemunhas e aprovais com cumplicidade as obras dos vossos pais; porque eles mataram os profetas e vós lhes edificais os túmulos! (OS.7.13) Ai deles! Porque fugiram de mim: Eu os remiria, mas se rebelaram e falam mentiras contra mim: (DT24.26) E se foram e serviram a outros deuses e os adoraram, deuses que não conheceram, e que não lhes havia designado: (JB.6.65) Por causa disto é que (SL.14.3) Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer:(LC.11.46) Ai de vós também, interpretes da lei; porque sobrecarregais os homens com fardos superiores as suas forças, mas vós mesmos nem com um dedo os tocais! (IS.5.21) Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, e prudentes em seu próprio conceito! (IS.10.1) Ai dos que decretam leis injustas, dos que escrevem leis de opressão! (IS.29.15) Ai dos que escondem profundamente o seu propósito do Senhor, e as suas próprias obras fazem as escondidas e dizem: Quem nos vê? Quem nos conhece? IS.5.20) Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem da escuridade luz, e da luz escuridade; que põem o amargo por doce e o doce por amargo!(IS.5.13) Ai dos que puxam para si a iniquidade com cordas de justiça; (RM.10.3) porquanto, desconhecendo a justiça de Deus, procuram estabelecer a sua própria, por não se sujeitarem a que vem de Deus!
    (LS.6.2/4) Ouvi, pois, ó reis, e tomai a instrução, ó juízes de toda a terra: Aplicai os ouvidos, vós que governais os povos, e que vos gloriais de terdes debaixo de vós muitas nações; porque de Deus vos tem sido dado o poder, e do Altíssimo a força; (LC.1.37) porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas:(1CO.6.9) Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? (JZ.7.17) Olhai para mim e fazei como eu fizer, (JB.13.’5) porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também:
    9.
    (JB.15.28) Se Eu não viera, nem lhes houvera falado, pecado não teriam, mas, agora, não há desculpa do seu pecado: (LV.18.28) Não suceda que a terra vos vomite, havendo-a contaminado, como vomitou o povo que nela estava antes de vós; (LV.18.27) porque todas estas abominações fizeram, e a terra os vomitou: (RM.10.18) Mas pergunto: (1SML.2.25) Pecando o Homem contra o próximo, Deus lhe será o arbitro; pecando, porém, contra o Senhor, quem intercederá por Ele? (DT.32.37) Onde estão os seus deuses? E a rocha em quem confiavam? (GN.18.25) Não fará justiça o juiz de toda a terra? (IS.65.6) Eis que está escrito diante de mim e não me calarei, vingarme-ei totalmente; (LS.1.15) porque a justiça é perpetua e imortal:
    (IS.13.11) Castigarei o mundo por causa da sua maldade e os perversos por causa da sua iniquidade; farei cessar a arrogância dos atrevidos, e abaterei a soberba dos violentos; (1PE.4.5) os quais hão de prestar contas Àquele que é competente para julgar vivos e mortos: (1CO.4.3) Todavia, pouco se me dá de ser julgado por vós ou por tribunal humano; (1CO.11.31) porque se julgássemos a nós mesmos, não seriamos julgados: (1CO.9.8) Porventura, falo isto como Homem ou não o diz também a lei? (LC.20.17)Que quer dizer, pois, o que está escrito?
    (SL.116.14) Abri-me as portas da justiça: (SL.118.20) Esta é a porta do Senhor, por ela entrarão os justos: (AP.22.15) Fora ficarão os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras, e todo aquele que ama a prática da mentira: (IS.46.8) Lembrai-vos disto e tende ânimo, tomai-o á sério, ó prevaricadores; (2CO.13.8) porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade:
    (IS.33.10) Agora me levantarei diz o Senhor; levantar-me-ei a mim mesmo; (JB.1.15) para exercer juízo contra todos e para fazer convictos todos os ímpios acerca de todas as obras ímpias, que impiamente praticaram, e acerca de todas as palavras insolentes, que impios pecadores proferiram contra mim:
    (LS.5.1) Então se levantarão os justos com afoiteza, contra aqueles que os atribulavam, que lhes roubavam o fruto dos seus trabalhos; (RM.5.19) porque assim como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores; assim também, pela obediência de Um só, muitos se tornarão justos:
    (FL.4.’3) Tudo posso naquele que me fortalece: (JÓ.34.22) Já não há trevas nem sombra assaz profunda, onde se escondam os que praticam a iniquidade, (JR50.27) pois é chegado o seu dia, o tempo do seu castigo: (1CO.10.12) Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia; (DT.10.17) pois o Senhor vosso Deus, é o Deus dos Deuses, e o Senhor dos Senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não aceita acepção de pessoas, nem aceita suborno: (JS.24.23) Agora, pois, deitai fora os deuses estranhos que há no vosso meio e inclinai o vosso coração para o Senhor Deus de Israel:(GL.1.9) Assim como já dissemos, agora repito: ADEUS, FEITORES DAS OBRAS DO DIABO, PARA SEMPRE!
    GLORIOSA JORNADA
    10.

  3. só um artista disse:

    O que poderíamos esperar de um Curador, ainda por cima Europeu: dizer aos artistas o que eles tem de fazer(curador) e um interesse pelo exotismo e purismo do cone sul-terceiro-mundista, como se fossem uma segunda chance às cagadas estado-unidense-europeias realizarem seu neocolonialismo(europeu).

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