Racismo ambiental e a ocupação dos espaços institucionais

Justiça climática é indispensável para pensar a Saúde Coletiva, avaliam pesquisadoras no Abrascão. E para avançar, debate precisa envolver comunidades afetadas

Créditos: Sophia Vieira/Outra Saúde
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Diante do avanço do PL da Devastação, com a derrubada dos vetos do governo federal pela Câmara dos Deputados, o Abrascão coloca a justiça climática como um dos debates centrais para se pensar saúde coletiva.

Nesta segunda-feira (1º), o Grande Debate do dia refletiu o racismo ambiental e a luta pela vida, passando desde os direitos dos elementos naturais – como dos grandes rios que cortam o continente sul-americano –, até os projetos agroecológicos dos complexos do Alemão e da Penha, que buscam envolver a juventude local em uma ressignificação daqueles territórios e dar a eles uma importância muito mais ampla que a violência pela qual muitas vezes é reconhecido.

O evento foi finalizado com a participação de representantes indígenas locais subindo ao palco junto a Emma Rawson Te-Patu, presidenta da Federação Mundial das Associações de Saúde Pública. Ativista e originária do povo maori, Emma escolheu usar seu tempo de apresentação para dar lugar aos povos originários do território em que o evento aconteceu, apontando que “só é conhecida a face que é vista”. Para a palestrante, este é o caminho para o enfrentamento ao racismo ambiental e para a conquista da justiça climática: colocar nos espaços de debate e decisão as comunidades tradicionais locais.

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