Um Guia Pussy Riot para o Ativismo: a leitura de resistência do Outros Quinhentos

Manual de Nadya Tolokonnikova acaba de ser lançado no Brasil. Há dois exemplares em sorteio para colaboradorxs irreverentes que financiam Outras Palavras



Por Simone Paz |Foto de Igor Mukhin

“As barricadas fecham as ruas, mas abrem o caminho”;

“Todo poder à imaginação”;

“Sejamos realistas. Exijamos o impossível”;

“A felicidade é uma ideia nova”

Essas são algumas das palavras de ordem que circulavam em Maio de 68, em Paris, e que estão também no novíssimo livro que a nossa parceira Ubu Editora publicou no Brasil: “Um Guia Pussy Riot para o Ativismo”, da fundadora do coletivo artístico e banda punk Pussy Riot, Nadya Tolokonnikova.

Nadya passou quase dois anos presa na Rússia. Foi condenada por vandalismo e intolerância religiosa junto com sua colega, Maria Alyokhina, após invadirem a catedral de Moscou com sua banda e cantar no altar uma música contra Putin, em 2012. A prisão à qual foram destinadas era na verdade uma colônia penal, onde as mulheres realizam trabalhos forçados, como costurar uniformes policiais por até 17 horas seguidas.

A banda russa Pussy Riot ficou famosa por realizar flash mobs de provocação política — isto é, algo como uma performance repentina, que realiza uma apresentação de curta duração em lugares públicos e que rapidamente se dispersa como se nada tivesse acontecido.

Assim, Nadya Tolokonnikova emergiu como símbolo internacional de resistência radical e do otimismo anti-sistema. Com gritos de “Free Pussy Riot” (Liberte Pussy Riot) se espalhou pelo mundo todo com sua emblemática máscara de esqui colorida e seu batom preto.

Hoje, nas contrapartidas de Outros Quinhentos, o sistema de financiamento coletivo de Outras Palavras — que é sustentado por nossos leitores engajados e partidários da independência da imprensa — sortearemos dois exemplares do livro, graças a uma parceria muito querida com a Ubu, uma editora feita por minas fabulosas, com livros espetaculares.


Sobre Nadya e sobre o Guia, Eliane Brum, do El País Brasil, comentou:

“Não há nada que os déspotas temem mais do que aqueles que riem deles. Para manter o medo e o ódio ativos é preciso banir o riso e o humor. Nadya aprendeu a rir de seus carcereiros nos dois anos em que ficou na prisão por ousar confrontar o autoritarismo do regime, provocando um movimento de solidariedade global […]. Na abertura do livro […] a artista de 29 anos parece estar escrevendo para os brasileiros que vivem sob a administração do ódio de Bolsonaro e de suas milícias digitais.”

Para participar do sorteio, basta ser Outros Quinhentos, e preencher este formulário até segunda-feira 24 de junho.


Se você não ganhar e quiser comprar este livro ou qualquer outro no site da Ubu, basta escrever para [email protected] e solicitar o seu cupom de desconto (de 20% a 30%, dependendo do valor de sua colaboração).

E para entrar no clima de feriado com músicas de desobediência, a Ubu fez uma playlist especial para o lançamento do livro, escute aqui.

Boa sorte, boa insolência revolucionária e um ótimo feriado!

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