Por Simone Paz

Em janeiro deste ano o Teatro Oficina apresentou O Bailado do Deus Morto, de Flávio Carvalho, numa curtíssima temporada. A peça foi encenada pela primeira vez em 1933. O espetáculo é um rito, quase happening, com duração de 45 minutos, música envolvente e figurinos deslumbrantes.

E é com essa peça que a companhia mais longeva, antropofágica e dionisíaca do Brasil comemora os 59 anos do terreyro eletrônico (prédio) do Teatro Oficina Uzyna Uzona.

Quem conhece o Oficina sabe que companhia e prédio são indissociáveis. Os processos criativos da companhia são inspirados pelo teatro sede, que, por sua vez, foi projetado por Lina Bo Bardi com base na dramaturgia de Bacantes, pensando em todas os detalhes que o rito de Dionísio precisava. Não à toa, Bacantes é uma das peças mais fortes e características do teatro de Zé Celso.

O teatro, passando dificuldades financeiras com os espetáculos suspensos pela pandemia, e sem nenhum tipo de patrocínio há anos, está oferecendo peças com ingressos conscientes, a partir de R$10, de forma virtual (saiba mais aqui).

No dia do aniversário, 16 de agosto, estreia o já mencionado Bailado do Deus Morto, a_Live.

Nesta versão 2020, a direção é de Marcelo Drummond, discípulo de Zé Celso e um dos atores mais antigos da companhia (As Bacantes; O Rei da Vela). Além disso, a trilha sonora foi composta exclusivamente pelo diretor-musical do Oficina, Felipe Botelho (Trupe Chá de Boldo), para fazer o público entrar no transe d’O Bailado. A filmagem é feita pelo mago da kino-atuação, Igor Marotti, e outras imagens são de Cecilia Lucchesi.

E, numa parceria entre Outras Palavras e Teatro Oficina, estamos sorteando 1 ingresso grátis para quem financia nosso jornalismo independente.

Concorra aqui, até sexta-feira 14/8.

A semana de comemorações tem mais alguns espetáculos e atrações, acompanhe:

QUA
21h – Navalha na Carne no FarOFFa – sala Teat(r)o Oficina

QUI 13
21h – PARANOIA_Live #7

SEX 14
21h – HAM-LET no FarOFFa – sala Teat(r)o Oficina 

SÁB 15
dia dos presentes, das doações diretas, por aqui: www.teatroficina.com/financie

DOM 16
18h – O Bailado do Deus Morto – ESTREIA

22h – Why the horse? no encerramento do FarOFFa – sala Teat(r)o Oficina

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