Outros Quinhentos sorteia “Pós-neoliberalismo e penalidade na América do Sul”

Perturbador, livro questiona: por que a região (e em especial o Brasil) continuou encarcerando em massa, quando assumiram os governos de esquerda? Contribuintes de Outros Quinhentos participam de sorteio.

Por André Takahashi

Em tempos de intervenção federal no Rio de Janeiro Outros Quinhentos sorteia novamente o livro “Pós-neoliberalismo e penalidade na América do Sul”, organizado por Máximo Sozzo e editado pela Fundação Perseu Abramo.

Publicado originalmente em espanhol em 2016, pela CLACSO, sai em português, pela Editora Perseu Abramo, o livro “Pós-Neoliberalismo e Penalidade na América do Sul”, com tradução da Ana Claudia Cifali e com artigos que fazem o balanço das questões relacionadas ao uso da prisão como mecanismo de controle punitivo no Brasil, Argentina, Bolívia e Venezuela durante a última década.

“Um dos debates mais atuais no campo dos estudos criminológicos é o que pretende interpretar e compreender o crescimento das taxas de encarceramento nos diferentes contextos nacionais. Na América do Sul, o crescimento das taxas de encarceramento nos últimos 20 anos foi extraordinário, tendo o Brasil como carro chefe, com 350% de aumento da taxa de 1992 a 2014.”

O livro problematiza a análise monocausal do fenômeno do encarceramento, que tende a utilizar somente a implantação de políticas neoliberais como vetor explicativo do aumento do número de presos. Nesse contexto contraditório de aumento do encarceramento os autores explicam as mínimas mudanças de corte pós-neoliberal que ocorreram em algumas políticas públicas dos governos de esquerda da América Latina. 


Este livro e a indagação coletiva na qual se inscreve (no marco do Grupo de Trabalho 39 da Clacso: “Pós-neoliberalismo e políticas de controle do delito na América do Sul”, se apresenta como uma contribuição inicial a este debate com relação, especificamente, ao campo penal.

Máximo Sozzo é advogado e doutor em Direito. Professor titular ordinário em Sociologia e Criminologia da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais , Universidade Nacional do Litoral, Santa Fé, Argentina. É coordenador do GT 39: “Pós-neoliberalismo e políticas de controle de delito na América do Sul”, Conselho Latinoamericano de Ciências Sociais (2013 – 2016).

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