Adeus ao capitalismo: convite às utopias possíveis

Lançado pela Autonomia Literária, obra do medievalista Jérôme Baschet provoca movimentos sociais autônomos a dissolverem-se em prol de novas formas de vida pós-capitalistas – Apoiadores de Outros Quinhentos concorrem a 3 exemplares e tem 25% de desconto

Recém-lançada pela editora Autonomia Literária, parceira editorial de Outras Palavras, a obra Adeus ao capitalismo: autonomia, sociedade do bem viver e multiplicidade dos mundos, do medievalista Jérôme Baschet, não somente lança um olhar reflexivo sobre os novos movimentos sociais autônomos autogestionados, mas propõe criticamente que tais movimentos façam o exercício de dissolverem-se em algo novo que supere completamente o modelo capitalista neoliberal.

“Longe de se contentar com as críticas ao ‘neoliberalismo’ ou ao surgimento das redes altermundialistas, Baschet destaca a necessidade de desenvolver um ‘anticapitalismo’ que afirme uma efetiva superação do capitalismo. A tarefa consiste tanto em refinar a crítica do existente quanto em dar consistência a mundos alternativos capazes de nos ‘salvar’ do capitalismo.”
Alexandra Bidet – Revue Française de Science Politique

Para o pensador, a crise global não afeta a todos da mesma forma — e, para pensar um mundo liberto do capitalismo, é necessário considerar as mutações do mundo do trabalho e as novas formas de produção e consumo. Os novos movimentos sociais exercem importante papel em iniciativas de baixo pra cima – incluindo os excluídos, os sem documentos, sem empregos, sem moradia, migrantes e indígenas.

Jérôme combina projeção teórica e conhecimento direto de uma das experiências mais reflexivas de autonomia das últimas décadas, analisando as experimentações sociais e políticas das comunidades zapatistas, explorando as possibilidades do Bem Viver e propõe um balanço crítico dos movimentos e uma análise da organização política das comunidades autônomas federadas que assumiram a saúde, a educação, a segurança e os serviços de justiça.

“Um dos efeitos mais prejudiciais das ideologias neocapitalistas é incutir a convicção de que o mundo em que vivemos – e onde o capital prospera à custa do trabalho – é o único possível. Jérôme Baschet, na perspectiva de uma esquerda radical, e sem reter as “velhas receitas revolucionárias cujas experiências do século XX atestaram o ‘trágico fracasso’, mostra que, ao contrário, é possível pensar alternativas e uma ‘pluralidade de caminhos para a emancipação’”.
Libération

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Sobre o autor: Jérôme Baschet é um autodenominado ex-historiador medievalista, agora pensador ativo dos e nos movimentos autônomos ao redor do mundo. Depois de lecionar na École des Hautes Etudes en Sciences Sociales (EHESS) por um longo tempo, ele leciona desde 1997 na Universidad Autónoma de Chiapas, em San Cristóbal de Las Casas (México) onde também participa das atividades da Universidade da Terra. Na UNACH, seu ensino sobre a Idade Média européia, pensada a partir da América Latina, atenta para a dinâmica ocidental e suas extensões coloniais.

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2 comentários para "Adeus ao capitalismo: convite às utopias possíveis"

  1. Material excelente para o campo da autogestao e da economia solidaria

  2. Vladimir Batista disse:

    Parabéns ao “Outros Quinhentos”!
    A carência de literatura progressista e crítica, ainda é uma deficiência grande na formação acadêmica, que requer uma informação abrangente para uma militância consequente à libertação da classe trabalhadora!

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