Diáspora, a inspiração do Google+

Uma visita à nova rede social reacende saudades de projeto que visa estabelecer contato entre seres humanos sem intermediários. Ele ainda está de pé…
Por Rodrigo Ghedin, em Meio Bit
Você talvez não se lembre, mas ano passado, em meio a uma sucessão de problemas de privacidade no Facebook, quatro jovens americanos lançaram a ideia de uma rede social totalmente aberta no Kickstarter. Pediram US$ 10 mil, receberam dezessete vezes o valor e, desde então, estão trabalhando no projeto.

 

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Diaspora é lindo no papel. Uma rede social livre de grandes corporações, sem propaganda, sem usos escusos das suas informações, onde o seu conteúdo é seu e de mais ninguém. E descentralizada, o que a torna muito versátil.

O tempo passou e, até agora, mais de um ano depois de apresentada ao mundo, o Diaspora ainda está fechado para o grande público. Quem está lá dentro parece falar com as paredes. Juntei-me a esse (ínfimo) contingente hoje e, de cara, a sensação foi: “o que estou fazendo no Google+?”.

Stream do Diaspora.Stream do Diaspora. (Clique para ampliar)

 

Não me entenda mal: o Diaspora é mais antigo que o Google+, logo, se alguém copiou alguém, foi a Google que chupinhou o projeto open source. Quase tudo que chama a atenção no Google+ está no Diaspora: exportação simplificada dos seus dados, conceito de círculos (aqui chamado Aspects), Stream com filtros por Aspects, upload de fotos na própria caixa de texto/atualizações de status…

Infelizmente, o Diaspora está demorando para pegar tração. Perdeu seu momentum quando o Facebook tapou (muito bem, diga-se) as brechas de privacidade que culminaram com o surgimento da nova rede social. Mas ainda tem potencial, mesmo eclipsado pelo Google+. Talvez o único problema será justamente o de percepção: por ter sumido da mídia, mesmo os mais antenados já se esqueceram do Diaspora; quando as pessoas chegarem, a acusarão de plagiar o Google+, e não o contrário.

No mais, apesar de vazio e simples e de parecer mais uma prova de conceito do que uma rede social para brigar com Facebook e Google+, o Diaspora empolga. O visual é sóbrio e bem feito, o que o site já oferece funciona bem e tem toda a questão filosófica e relacionada à privacidade jogando a favor — afinal, nada nada você é um produto da Google e do Facebook. Torço para que o desenvolvimento acelere e, em breve, a rede seja aberta para todo mundo.

Agradecimentos ao Lucas Sampaio por ter me colocado lá. Valeu!

Blogger, bacharel em Direito e acadêmico de Sistemas de Informação.

 

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8 comentários para "Diáspora, a inspiração do Google+"

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  2. Gabriel disse:

    Pra quem está falando “Quem garante que foi mesmo a Google copiou?”, seria quase impossível um projeto open source copiar o Google+ em tão pouco tempo.
    Além disso o código do Diáspora sempre esteve disponível no GitHub, é só entrar lá e ver o histórico completo das alterações e andamento dos projetos.
    Fica a dica pros Haters.

  3. Doodle disse:

    Acho pouco provavel o Google ter feito uma copia tao evidente, como disse o Roni, “Quem garante que foi mesmo a Google copiou?”. Pra mim isso ta parecendo mesmo coisa de blogueiro sensacionalista, querendo fazer fama com acusações sem fundamentos…

  4. Lili disse:

    É a vida… uns copiam, outros roubam…

  5. Serio? disse:

    Kkkkk, sério ? google copiando opensource ? Meu deus !!! Que novidade ..
    99% do google é cópia que opensource .. tontos os “google é top” .. ou eles copiam ou compram ou fodem com o pobre projeto
    e aquele papo da MS fodem forçando o IE ? o google faz isso 10x pior e até agora ninguém fez nada ! e aquele papo da MS copiar ? o google só muda o nome e pior, na cara DURA ! apache,firefox,jquery, até mesmo a própria pesquisa…

  6. Roni disse:

    Não creio que as coisas sejam exatamente assim. Você disse na notícia de que iniciou hoje o seu ingresso no Diaspora. Então, o que impede de terem modificado o layout e a funcionabilidade ontem? Ou a uma, duas semanas? É preciso lembrar que o Google+ foi disponibilizado “ao publico” a poucos dias, mas quem sabe não houve um vazamento de conteudo e o Diaspora fez uso do material?

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