Os futuros doutores abusam dos remédios

Exigências de estudo às vezes descabidas e ambiente de competitividade intensa levam estudantes de Medicina a abusarem de estimulantes químicos. Índice de suicídios também é elevado
Por Bianka Vieira, na Trip

Por Bianka Vieira, na Trip

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Exigências de estudo às vezes descabidas e ambiente de competitividade intensa levam estudantes de Medicina a abusarem de estimulantes químicos. Índice de suicídios também é elevado

Por Bianka Vieira, na Trip

Livros abertos, caneta e papel a postos, um copo d’água e um comprimido. Esse é o ritual de Hélio*, 20 anos, em quase todas as vésperas de prova na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Na última, em um domingo em que já passava da meia-noite (a prova seria na manhã seguinte, às 8 horas), ele sentia a atenção redobrada graças ao Stavigile, um medicamento à base de modafinil, usado para tratar sonolência diurna. “Não senti nenhum poder especial, mas é realmente estimulante, como se tivesse tomado uma droguinha”, conta. Adepto de um outro remédio controlado, a Ritalina, era a primeira vez que o estudante experimentava o modafinil, que encontrou entre as coisas do pai. “Achei bem melhor. Ritalina me tira a fome, dá taquicardia e não me parece muito constante.”

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