Por coronavírus, Dinamarca vai abater 15 milhões de visons

Animais são confinados para produção de peles de luxo. Mutação do vírus começou a se espalhar para humanos a partir de criações – e parece impedir que infectados produzam anticorpos

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Todos os mais de 15 milhões de visons da Dinamarca vão ser abatidos depois que uma mutação do novo coronavírus começou a se espalhar desses animais para humanos. Até agora, 12 pessoas foram contaminadas. Já falamos sobre o risco (sempre alto) de doenças emergirem a partir de grandes criações, como acontece com porcos e galinhas. O caso dos visons é ainda mais trágico porque os bichos não servem de alimento, e sim para a indústria de peles de luxo. Os primeiros visons infectados com coronavírus foram descobertos na Holanda, em abril; de lá para cá, centenas de milhares já foram sacrificados neste e outros países, como a Espanha. Na própria Dinamarca – o maior produtor mundial de visons – o número de abates já havia passado de um milhão.

Mas agora a história é um pouco diferente e, talvez, mais perigosa, porque a mutação descoberta parece impedir que as pessoas infectadas produzam anticorpos. A preocupação das autoridades de saúde do país é que isso possa interferir na eficácia de futuras vacinas; o governo optou pelo abate como precaução, mas na verdade ainda não há muita certeza de nada. 

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