Muito a explicar

As informações escorregadias que o responsável pela Davati deu à imprensa

Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado
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Foi antecipado para hoje o depoimento à CPI de Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que denunciou à Folha o pedido de propina do Ministério para a compra de vacinas da AstraZeneca.

O responsável pela Davati Medical Supply nos Estados Unidos, Herman Cárdenas, deu informações escorregadias à imprensa. Ele confirma que a empresa fez uma oferta de 400 milhões de doses do imunizante ao governo brasileiro, mas diz que Dominguetti “não é representante ou funcionário” da companhia, e que o nome do denunciante foi incluído na oferta “porque nos pediram” (sem dizer exatamente quem pediu). Aliás,a Polícia Militar está agora investigando Domninguetti: ele é cabo da PM, mas militares da ativa não pode participar de empresas.

Cárdenas diz ainda que, após o envio da oferta, não chegou a haver negociação com o governo e ele não soube de nenhum pedido de propina. Mas e-mails obtidos pela Folha mostram que foi feita, sim, uma negociação formal.

O ministro da CGU Wagner Rosário confirmou que Dominguetti esteve no Ministério da Saúde e disse que vai abrir investigação.

Hoje seria o dia de a CPI ouvir Francisco Emerson Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, mas a decisão de substituí-lo por Dominguetti veio depois que a ministra do STF Rosa Weber acatou o pedido de Maximiano para permanecer em silêncio. O presidente da Comissão, Omar Aziz (PSD-AM) disse que não vão tolerar “um outro Wizard” – o empresário entrou mudo e saiu calado da sessão de ontem.

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