Lula na COP-27 e o reposicionamento do Brasil frente ao mundo

• Lula na COP-27 e o protagonismo do Brasil em questões do meio ambiente • Brasil poderá ser sede de nova COP? • Bloqueios bolsonaristas e os transtornos à saúde • Novas vacinas contra o VSR • Grilagem em terras públicas • Observatório da Transição Democrática •

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Lula na COP-27: a vontade do Brasil em fazer frente contra as mudanças climáticas

O presidente eleito irá participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP-27), entre os dias 6 e 18 de novembro, no Egito. Lula irá integrar a comitiva de Helder Barbalho, governador do Pará, em nome do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal. A participação do petista no encontro será uma oportunidade de se encontrar com outros líderes mundiais e reforçar a liderança e o compromisso do Brasil nas iniciativas contra as mudanças climáticas a partir de 2023. A presença de Lula na COP-27, logo após sua eleição, vem sendo analisada pela imprensa como uma tentativa de resgatar o protagonismo do Brasil a nível internacional. Marina Silva (REDE) e Simone Tebet (MDB), ambas aliadas de Lula, também estarão presentes na Conferência. 

Movimentos pelo ambiente querem COP no Brasil em 2025

Após a confirmação da presença de Lula na próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP-27), no Egito, o Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (FBOMS) enviou uma carta ao presidente eleito, pedindo para que o Brasil seja recolocado no centro das negociações climáticas globais. As entidades pediram também para que Lula sinalize a vontade do Brasil em sediar a cúpula climática em 2025. “No âmbito do regime multilateral de mudanças do clima, o Brasil pode e deve resgatar o papel de liderança”, afirmou o documento.

Bloqueios bolsonaristas: pacientes sem tratamentos e clínicas sem estoques

Os protestos antidemocráticos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que vêm bloqueando rodovias por todo o país estão impedindo pessoas doentes de comparecer a consultas, exames e sessões de tratamentos de alta complexidade, como quimioterapia e diálise. A entrega de medicamentos e insumos a hospitais, clínicas e laboratórios foi comprometida pelas manifestações, que também impossibilitam profissionais da saúde de chegarem até seus postos de trabalho.  Segundo o Estadão, ao menos 5 pacientes com câncer perderam atendimentos na região metropolitana de Porto Alegre, enquanto em Florianópolis crianças com câncer que deveriam comparecer a sessões de quimioterapia ficaram presas por horas nas estradas de Santa Catarina.

Vacinas contra o vírus sincicial respiratório (VSR) avançam nos EUA

A Pfizer anunciou os resultados positivos de uma vacina experimental contra o vírus sincicial respiratório (VSR), do gênero Pneumovirus, responsável por causar infecções agudas no pulmão. A doença altamente contagiosa afeta de forma grave principalmente bebês com menos de 1 ano de vida. O possível imunizante foi criado após estudos aprofundados de uma equipe de cientistas do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID, sigla em inglês). Segundo a Pfizer, a imunização de mulheres grávidas com a vacina protegeu seus bebês da forma grave da doença por 6 meses. Se os resultados completos do ensaio clínico confirmarem essa promessa, a vacina poderá poupar milhões de bebês em todo o mundo de hospitalizações relacionadas ao VSR, reduzir os danos pulmonares duradouros do vírus e ajudar a prevenir algumas das 120 mil mortes infantis anuais causadas pelo patógeno.

Relatório denuncia grilagem em terras públicas da Amazônia Legal

Um relatório de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES) aprovado na Comissão de Meio Ambiente (CMA), avaliou a atual política pública para a regularização ambiental e os impactos gerados pela ocupação ilegal de áreas públicas na Amazônia Legal. Os dados indicam que, até o fim de 2020, mais de 14 milhões de hectares de terras públicas estavam registrados ilegalmente como propriedade particular no Cadastro Ambiental Rural (CAR), sendo que 3,4 milhões de hectares já haviam sido desmatados. O texto destaca também que o governo de Jair Bolsonaro promoveu uma ampla desorganização dos órgãos públicos ligados à defesa ambiental e à regularização fundiária, através de cortes orçamentários e falhas de gestão. Outro registro do documento foi o de que o Brasil lidera o ranking entre os países que mais promovem desmatamentos ilegais desde a década de 1990. 

Comunidade Científica prepara Observatório da Transição Democrática

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), junto da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), está organizando um Observatório da Transição Democrática. O objetivo é acompanhar, até a posse de Lula, as ações do atual governo nas áreas da ciência, educação, tecnologia e inovação – e identificar possíveis medidas que causem prejuízos às instituições de pesquisa e de educação e suas comunidades. A Comunidade Científica, que vem denunciando os cortes de verba e ataques a sua área perpetuados pelo governo Bolsonaro nos últimos 4 anos, comemorou a vitória da chapa progressista de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 2º turno das eleições. 

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