Após escândalo, Anvisa veta importação e uso de remédio testado em ensaio suspeito

Decisão vem após denúncia de estudo clandestino com proxalutamida

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Por Leila Leal

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Um impedimento à “nova cloroquina” de Bolsonaro. Por decisão unânime, a Anvisa vetou temporariamente a importação e o uso de produtos que contenham proxalutamida para realização de pesquisas com humanos no país, depois que vieram à tona denúncias sobre a condução de ensaios clínicos clandestinos com a substância para tratamento de covid. 

A agência informou ainda que vai instaurar uma investigação e um processo administrativo sanitário para apurar se houve irregularidades na apresentação dos documentos para a obtenção de licença para importação. A Conep (a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), cuja autorização e regulação é necesária para testes com humanos no país, será convocada a enviar à agência reguladora a lista das pesquisas até agora aprovadas com a proxalutamida, informando o status dos testes, a dosagem estipulada em cada um deles e as instituições que foram autorizadas a receberem os ensaios.

No entanto, estudos de outro tipo com a substância irão continuar. São aqueles aprovados pela própria Anvisa, com finalidade regulatória. Eles têm o objetivo de verificar dados sobre a ação da substância para a concessão de um possível registro futuro. A proxalutamida ainda não teve seu uso comercial aprovado em nenhum país, e por isso é considerada um fármaco experimental.  

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