Alemães apoiam plano de vacinação obrigatório

Dois terços do país apoiam restrições mais estritas para controlar a transmissão viral. Ainda há 30% contrários aos certificados de imunização, e milhares protestam nas ruas na Áustria e na Bélgica. Mas as novas medidas virão

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O novo governo da Alemanha quer tornar a vacinação obrigatória e fortalecer o controle da transmissão por meio de certificados de imunização. Começa agora uma “campanha completamente nova”, anunciou o novo chanceler Olaf Scholz no sábado, 4/12, com o objetivo de estender a proteção anti-covid a milhões de pessoas até o fim desse mês. Quase dois terços da população apóia a medida, mostrou uma pesquisa realizada no domingo: 63% dos entrevistados concordaram com o plano de tornar a imunização obrigatória.

Menos de um terço dos entrevistados se opuseram e 7% não responderam. Em novembro, embora 68,3% dos alemães estejam completamente vacinados, houve grande crescimento no número de casos na Alemanha. Chegaram a quase 70 mil e ainda há mais de 40 mil novos casos diários. O novo surto, embora em menor grau, estendeu-se a outros países da Europa. Que, apesar disso, mostra forte resistência à vacinas e restrições mais estritas consideradas necessárias para lidar com a pandemia. Na Áustria, pelo terceiro fim de semana, houve protestos, dia 5/12, contra essas medidas.

Dezenas de milhares de pessoas se manifestaram contra o governo e 1.500 pessoas o apoiaram, nas ruas. Em Bruxelas, idem: milhares protestaram contra medidas para tornar mais severo o controle do movimento de não vacinados por meio de certificados. Mas há novas medidas anunciadas em vários países europeus, como a Itália, Grécia, França. Na Alemanha, elas devem ser votadas já na próxima semana, tornando a vacina obrigatória nos setores da saúde. No sábado, ao lado de Scholz, Merkel havia proposto restrições “como um ato de solidariedade nacional”, proibindo não-vacinados de entrar em lojas, cinemas and restaurantes.

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