Conta surpresa

Mesmo tendo plano de saúde, americano deve US$ 109 mil por atendimento de emergência

Crédito: Callie Richmond /KHN

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Com informações de Chad Terhune, na  Kaiser Health News

31 de agosto de 2018

Depois que foi salvo de um ataque cardíaco, a primeira coisa que o professor de história Drew Calver quis saber, ainda na cama do hospital, foi se o seu seguro de saúde cobriria todos os procedimentos pelos quais tinha passado. Ele vive no Texas, Estados Unidos, e esta é “uma preocupação financeira que acompanha quase toda internação hospitalar americana”, segundo uma matéria publicada esta semana no Kaiser Health News. No caso de Drew, a preocupação vinha do fato de que, como estava sozinho em casa na hora do ataque, ele havia sido levado pelo vizinho ao hospital mais próximo, mas era um que não se enquadrava na rede do seu seguro

A resposta do hospital foi de que Drew não deveria se preocupar: aceitariam o seu convênio. Porém, um tempo depois a conta chegou pelos correios. Dos US$ 165 mil cobrados pelo hospital por uma cirurgia e quatro dias de internação, o seguro havia coberto apenas US 55,8 mil. Ou seja, o professor deve pagar quase US$ 109 mil.

Para completar, tudo indica que valor total da conta é alto demais para os procedimentos feitos – um preço razoável, considerando a média cobrada por outros hospitais, ficaria em torno de US$ 36,8 mil, quatro vezes menos.

O caso de Calver não é incomum. “Contas-surpresa acontecem quando um paciente vai a um hospital coberto pelo seu seguro, mas recebe tratamento de um médico que não participa da rede, resultando em uma cobrança direta para o paciente. Elas também podem ocorrer em casos como o de Calver, onde as seguradoras pagam pelos cuidados de emergência necessários no hospital mais próximo – mesmo que seja fora da rede – mas o hospital e a seguradora podem não concordar com um preço razoável. O hospital, então, exige que os pacientes paguem a diferença, em uma prática chamada de cobrança de saldo”, diz a matéria. E Calvin desabafa: “Eles vão me causar outro ataque cardíaco”.

Drew Calver. Crédito: Callie Richmond /KHN

Sua história “ilustra os perigos que até mesmo os segurados enfrentam”, afirma Carol Lucas, advogada de Los Angeles com experiência em disputas de pagamento de assistência médica. “A injustiça é especialmente aguda quando há uma emergência e o paciente, que normalmente pode ser completamente complacente, não pode se manifestar sobre o lugar onde é atendido”.

A matéria completa, em inglês, pode ser lida aqui.

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