Seus dados de saúde são um supernegócio

Esta semana, o Outra Saúde aborda o grande negócio do tratamento de dados dessa área e o direito à privacidade

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O resumo dessa e outras notícias aqui, em cinco minutos.

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SEUS DADOS DE SAÚDE SÃO UM SUPERNEGÓCIO

Você sem dúvidas soube quando estourou o escândalo Facebook-Cambridge Analytica e uma complicadíssima relação entre o tratamento de dados e o direcionamento de campanhas políticas veio à tona. Mas sabia que, até aquele momento, o Facebook sondava hospitais e outras instituições de saúde propondo o compartilhamento de informações dos usuários (sem o consentimento deles)?

Não era uma tentativa isolada de aproximação com a saúde, nem no próprio Facebook, nem em outras grandes empresas de comunicação e informação. Esta semana, o Outra Saúde aborda o grande negócio do tratamento de dados dessa área. Na realidade, coleta e tratamento são atividades importantes e mesmo necessárias em termos de saúde pública – a formulação de políticas, por exemplo, pode e deve fazer bom uso dela. Mas quais são os riscos? A reportagem é de Raquel Torres.

PLANOS PARA A MACONHA

A Fiocruz vai começar um projeto de pesquisa para desenvolver maconha medicinal. O objetivo é ter um medicamento fitoterápico para tratar a epilepsia refratária. Mas, para o projeto sair do papel, é preciso que  a Anvisa regulamente o cultivo da planta para fins medicinais e de pesquisa no Brasil

AGROTÓXICOS

Não foi: A sessão para discutir o Pacote do Veneno chegou a começar ontem na Comissão Especial da Câmara mas, mais uma vez, a votação não aconteceu. Foram cinco horas de “debate, troca de acusações e críticas entre parlamentares da bancada ruralista e ambientalista”, segundo o Estadão, mas começaram as votações no plenário e a sessão teve que ser interrompida.

Competição: a BBC fala sobre as discussões em torno do projeto, mas traz um personagem inusitado: o holandês Joop Stoltenburg, que começou a usar agrotóxicos no sítio da família aos 16 anos, tornou-se logo um entusiasta dos químicos e, anos mais tarde, se tornou um dos pioneiros dos orgânicos no Brasil. Na juventude, diz ele, os amigos competiam para ver quem tinha mais resíduo de herbicida nas mãos. Era pop e moderno.

MAIS UM

Primeiro foi o Chile quem decidiu implantar rótulos com alertas sobre as quantidades de sal, açúcar e gordura saturada em alimentos. Agora, é a vez do Peru. A mudança vai se dar aos poucos. Primeiro, os critérios para estabelecer qual produto precisa colocar alerta no rótulo serão mais flexíveis. Mas, em 2021, entram em vigor limites mais estritos.

SEGUEM OS TRABALHOS

Avança a CPI das OSs em São Paulo e, agora, ela quer ouvir o ex-secretário da saúde  David Uip e seu ex-secretário adjunto – atual chefe da saúde na capital – Wilson Pollara. Eles devem falar sobre a falta de fiscalização dos contratos, a contratação de empresas terceirizadas pelas OSS e a atuação de servidores da pasta nessas empresas.

VICIADOS EM DESCONGESTIONANTE

Quem não conhece alguém que não sai de casa sem um potinho desse remédio na bolsa ou na mochila? A Vice conversou com pessoas viciadas em descongestionantes nasais à base de oximetazolina. “Você sabe que as coisas estão mal quando precisa ir para uma farmácia 24 horas às 3 da manhã para comprar outro vidro. Ou quando está de férias num país como a França, e não encontra seu spray favorito em nenhum lugar lá, então você só quer voltar pra casa”, diz uma delas.

PARA NÃO SE PERDER NAS ORIENTAÇÕES

Já virou piada: agora tem que comer ovo, amanhã não pode; agora chocolate faz bem, amanhã faz mal. Metodologias diferentes levam a resultados de pesquisas diferentes e, em se tratando de identificar fatores de risco que levam ao câncer, o problema também existe. Para facilitar a vida de quem é leigo e não tem facilidade para separar boas evidências de estudos mais fracos, foi criado um site interativo que lista uma série de hábitos e informa o grau de segurança que se tem hoje para afirmar se, afinal, cada um daqueles hábitos aumenta ou diminui os riscos. A dica é do Nexo. 

OS NÚMEROS DA INTERVENÇÃO

Em quatro meses sob intervenção militar, o Rio viu o número de tiroteios crescer 36% (ao todo, foram 3.210 tiroteios no período, contra 2.355 nos quatro meses anteriores). Também aumentou o número de operações realizadas sem a divulgação do contingente utilizado. Os dados são do Observatório da Intervenção, que é uma iniciativa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes (CEseC/Ucam).

UM RELATO SOBRE O MAIS MÉDICOS

No Saúde PopularAlexandre Padilha escreve sobre o programa. Diz que o Mais Médicos “começou uma revolução no SUS”, mas que o atual governo puxou o “freio de mão”:  já houve 14 mil médicos cubanos no Brasil, e hoje são 8 mil.

FEZ DEZ ANOS

A Lei Seca completou dez anos em vigor. Segundo o Ministério da Saúde, nesse período o número de mortes por acidentes de trânsito diminuiu 2,4%. Mas as internações de pessoas envolvidas em acidentes quase dobraram.

GRIPE

Termina esta sexta (22) a campanha de vacinação, e 9,5 milhões de pessoas do público-alvo ainda não foram imunizadas.

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