Os 70 anos da Organização Mundial da Saúde

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Os 70 anos da OMS, o discurso de Lula,  Agenda Saúde,  Em transformação & muito mais na newsletter de hoje.

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70 ANOS DA OMS

No Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, a OMS completou 70 anos. Nesta reportagem especial, Raquel Torres explica por que a Organização Mundial da Saúde vem sendo atravessada por interesses particulares. É que, hoje, o organismo já depende mais de doações voluntárias do que das contribuições obrigatórias dos países-membros — a fundação de Bill Gates arca sozinha com 13% de seu orçamento total. E essa filantropia não vem de graça. A matéria é do Outra Saúde.

O DISCURSO DE LULA

O fim de semana foi marcado pela vigília contra a prisão de Lula e pela decisão do ex-presidente se entregar à Polícia Federal. O mandado de prisão, expedido pelo juiz federal Sérgio Moro antes de todos os embargos do TRF-4 serem julgados, mobilizou milhares de pessoas em todo o país. Muitas delas se deslocaram até São Bernardo do Campo e se concentraram no Sindicato dos Metalúrgicos, para onde Lula foi assim que soube da decisão, na noite de quinta. No sábado, ele fez o que pode ser seu último discurso em liberdade. Falou sobre o início da vida política, naquele mesmo sindicato, sobre a pressão da mídia pela sua prisão, e apontou o que seriam seus “crimes”: levar jovens pobres para a universidade, famílias antes sem poder aquisitivo para os aeroportos, carne de primeira à mesa dos brasileiros. Na área da saúde, destacou a diminuição da mortalidade infantil. Saiu do carro de som nos braços do povo depois de uma cerimônia religiosa que celebrou a memória de Dona Marisa, repleta de canções marcantes como Zé do Caroço, aquela que fala do nascimento de um novo líder no morro do Pau da Bandeira…

AGENDA SAÚDE

A pouco conhecida Federação Brasileira de Planos de Saúde (Febraplan) está organizando um evento, no mínimo, curioso: garante que um fórum promovido por ela, no dia 10 de abril, será o início da construção de um “novo” Sistema Nacional de Saúde. A “ousadia”, como eles mesmos frisam, será apresentada a senadores e deputados federais em uma programação que vai das 9h às 11h30. Na abertura, outras duas entidades de mais peso se juntam à Febraplan: a Confederação Nacional de Saúde e a FenaSaúde (esta última tem papel de destaque na proposta abraçada por Ricardo Barros de criar planos populares de saúde). O ex-ministro da Saúde, indicado pelo então PMDB, Alceni Guerra, é o palestrante convidado e vai falar sobre o SUS de 1988 e o SUS de 2018. A ver.

O núcleo do Distrito Federal do Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (Cebes) divulgou nota de repúdio contra a iniciativa: “O SUS foi criado na mesma época histórica da Constituição Federal. Afirma essencialmente que saúde é direito de todos e dever do Estado. Segue tendências de países que oferecem um sistema universal, garantindo bem estar a toda sua população, como o Canadá e o Reino Unido. Fazer um sistema de saúde a partir dos planos de saúde, como ocorre nos Estados Unidos, prejudica os mais pobres, que passam a morrer por não terem dinheiro para tratamento de saúde. Além disso, é irracional, em termos econômicos, sendo muito mais caro e ineficiente. Os mesmos Estados Unidos gastam muito mais em saúde para obterem resultados muito piores em termos de expectativa de vida ou mortalidade infantil, por exemplo”.

EM TRANSFORMAÇÃO

Reportagem do New York Times aborda mudanças no panorama da assistência privada à saúde. É que grandes corporações — atacadistas como Walmart e seguradoras como Aetna e Humana — estão apostando num modelo de atendimento de urgência em que o médico de família perde cada vez mais importância. Ao contrário, ganha força a abertura de clínicas em lugares como shoppings e rede de farmácias, onde a relação entre o médico e o paciente dá lugar à comodidade de um serviço aberto 24 horas, todos os dias, em locais que já fazem parte do cotidiano das pessoas. Já são mais de 12 mil estabelecimentos do tipo nos Estados Unidos. Enquanto isso, o número de consultas a médicos generalistas caiu 18% entre 2012 e 2016.

Com isso, alerta a matéria, a prática médica autônoma em consultório privado corre o risco de extinção, na medida em que acordos comerciais são fechados entre empresas gigantes: Walmart e Humana (para abrir clínicas nos supermercados), CVS Health e Aetna (a fusão da rede de farmácias com a seguradora custou US$ 69 bilhões e possibilita a expansão de atendimento nas farmácias), UnitedHealth segue investindo na sua rede de clínicas, que já emprega mais de 30 mil médicos… “Com todos esses acordos, há muito por descobrir. Os pacientes da Aetna serão encaminhados para as clínicas CVS?”, pergunta o presidente da Academia Americana de Médicos de Família, Michael Munger. E tudo pode ficar ainda mais transformado com a parceria entre empresas como Amazon, JPMorgan e Berkshire Hathaway, que querem se livrar das operadoras e prover, elas próprios, atendimento à saúde de seus funcionários.

CONTRA AS NOTÍCIAS FALSAS

Uma cartilha voltada para médicos e enfermeiros foi lançada na sexta para combater os boatos sobre a febre amarela. Assinam as sociedades brasileiras de Imunizações, Medicina Tropical, Infectologia, Reumatologia e Pediatria.

VAI COM CALMA

Em meio a boatos sobre um surto de gripe H3N2, a vacinação já começou na rede privada, diz o Estadão. Na rede pública, começa dia 23 de abril para grupos de risco, como idosos, gestantes e crianças entre seis meses e cinco anos. Os especialistas ouvidos pela matéria dizem que ainda não se pode falar em surto e não há motivo para alarde.

A FALTA QUE ELE FAZ

Estadão conta a história de pacientes com doenças raras que morrem antes de os remédios chegarem. A entrega começou a falhar no fim do ano passado em meio a uma disputa entre o Ministério da Saúde, a Anvisa e empresas responsáveis pela fabricação e distribuição dos medicamentos.

TODOS PAGAM A CONTA

O custo por vezes exorbitante de um novo medicamento é o tema desta reportagem especial do The Guardian. Assinada pela editora de saúde do jornal, a matéria explica como esses custos crescentes impactam os sistemas de saúde, sejam eles de países pobres, sejam de países ricos, como o Reino Unido.

VICIADOS EM ANTIDEPRESSIVOS

O drama das pessoas que não conseguem parar de tomar antidepressivos como Zoloft é contado pelos repórteres Benedict Carey e Robert Gebeloff do New York Times.

REMÉDIOS PARA TRANSPLANTES

Farmanguinhos, fábrica da Fiocruz, finalizou a produção dos primeiros lotes do medicamento tacrolimo, utilizado continuamente por pacientes transplantados de rim e fígado. A medicação era produzida pela indústria privada nacional Libbs Farmacêutica, mas por meio de um acordo de transferência de tecnologia passará a ser produzida pelo SUS.

ENVELHECIMENTO NO MUNDO

Nexo fez gráficos detalhados que mostram como o mundo está envelhecendo. Enquanto na África a maioria dos países tem idade mediana abaixo de 30 anos, na Europa quase todos estão acima de 40.

SOBRE A COCEIRA

A empresa farmacêutica Novartis iluminou o Cristo Redentor e arrebanhou celebridades como o ator Eriberto Leão, o rapper Gabriel O Pensador e o judoca Flávio Canto para promover uma campanha chamada ‘Tudo Sobre UCE’, sigla para urticária crônica espontânea. A doença não tem causa conhecida, é caracterizada pela presença de manchas e inchaços na pele que aparecem e desaparecem e afeta, segundo a Folha, de 0,5% a 1% da população — o que representa 1 ou 2 milhões de brasileiros. A Novartis afirma que em 90% dos casos o tratamento farmacológico é eficaz.

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