México: em defesa das lutas de Atenco

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Três anos após choque com a polícia, manifestantes continuam presos, alguns pelo resto da vida. Campanha internacional busca libertação

Lançada no dia 17 de fevereiro desse ano, a campanha “Liberdade e justiça para Atenco” busca participação e solidariedade internacional. O objetivo é lutar pela liberdade de 13 manifestantes, vítimas da repressão da polícia na cidade de São Salvador Atenco, no México, entre os dias 3 e 4 de maio de 2006.

A história começa em 2001, com a oposição dos produtores rurais locais à expropriação de terras para a construção de um novo aeroporto para a Cidade do México. O conflito deu origem ao movimento que se autodenomina “Frente dos Povos em Defesa da Terra”. Em 2006, foi reacendido pela brutalidade da polícia que perseguia alguns vendedores de flores, alegando que eram ilegais.

O último episódio de repressão em Atenco resultou em mais de 200 vítimas, com denúncias de estupro e tortura por parte de policiais, que até hoje não foram indiciados. Do lado dos manifestantes, treze estão presos: dez foram condenados a mais de 31 anos de prisão, os outros a 67, o que, na idade deles, significaria prisão perpétua.

Os pedidos de revisão das penas foram negados pela Suprema Corte do México. Pautado pela criminalização dos movimentos sociais, o órgão nega-lhes status de presos políticos. Ao mesmo tempo, absolveu autoridades como o governador do Estado do México Enrique Peña Nieto, entre outros, que apoiaram a violenta ofensiva da polícia.

Para participar da campanha, acesse a página www.atencolibertadyjusticia.com. Doações serão bem vindas para a realização do plano de ações.

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