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Antonio Martins
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Redação

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Parabéns pelo material e pela postura.
Saudações Solidárias,
Professor Kico
Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz-Paraná
CEBRAPAZ-PR
Parabéns pela condução do site. Tenho acompanhado só de longe os acontecimentos políticos no mundo árabe e a resenha feita por vocês no boletim é dígna de um 10, agora me sinto melhor/bem informado.
Valeu!
Outra palavras em outras linguagens pode ser encontradas na tese que defendo no meu livro HISTÓRIA DAS CIDADES Em uma visão popular. Para que todos tenham vida em abundância a terra deve voltar a sua condição de natureza mãe de fácil acesso a todas as famílias do mundo.
sou leitor assíduo de OUTRAS PALAVRAS. Sugiro vocês promover uma grande e especial reportagem sobre a greve dos professores de SC. A maior greve da história de SC e a maior greve de professores, também, em SC.
IVO
Que Site Maravilho.
Tudo de Bom!
Carreguei você para meu Blog. No cantinho Parceiros Admirados.
Não sei se vocês curtem, mas ofereço meu Selo de Aprovação.
Com Carinho
Ivete
Sugestão de link para entender os conflitos em Londres…
Muito preciso…
http://orangoquango.wordpress.com/2011/08/12/o-outro-lado-do-estamos-todos-juntos-nessa/
Quanto ao site: é minha página principal! Sempre, parabéns!
Abç
Marília Muylaert
carlinhos brown comandará evento internacional em maricá
Desculpem-me pelo e-mail mas quer permanecer anônimo.
Sugiro ao OutrasPalavras este excelente texto do Chomsky que encontrei na Aljazeera.
http://english.aljazeera.net/indepth/opinion/2011/09/201192514364490977.html
É a primeira vez que comento em algum site,estou a 30 min no ”outraspalavras” e fiquei surpreso. Sempre estou nesses sites e blogs mais comuns,mas como esse eu nunca vi. Com certeza vou frequentar todos os dias. Parabéns a toda equipe.
http://lucasassisdotorg.wordpress.com/2011/11/19/movimento-gota-dagua-a-comercializacao-do-consenso/
Minha resistência com internet é muito grande,ainda!-prefiro o jornal de papel enfim!mas depois de lagum tempo visitanto Outras Palavras devo dizer que é diferente.Parabéns.
Gostaria de receber informação de vocês por e-mail. Obrigada !!
Algumas pessoas divulgam deduções de estranhas análises sobre a civilização. Talvez sejam bem intencionadas, mas demonstram andar em círculos esquivando – voluntariamente ou não – o cerne da questão. Egoísmo, socialismo, altruísmo, capitalismo? Para contribuir, recordemos um fator pouco mencionado e muito determinante, provavelmente até mais que os demais. Como não existe civilização sem cultura, tema espinhoso, começemos com uma analogia:
Abramos falando dos doutos galináceos. Nas lojas de animais estão à venda pintinhos que podem ser levados para casa. Soltos no quintal, fazem evidente que têm coeficiente intelectual muito baixo e, mesmo assim, se nenhum dos muitos predadores evitar, crescerão. Se os pintos forem criados com a mãe aprenderão mais rápido a bem conseguir-se a comida, já que essa galinha revelaria onde encontrar o alimento. Assim os pintos aprenderiam as manhas e rapidamente perceberiam que existe um padrão de lugares preferidos pelas minhocas e passariam a dar preferência a buscar nestes lugares. Eles podem percebê-los sozinhos, é claro, mas é papel da mãe adiantar estes aprendizados.
Veja que se o pinto é criado em um pátio onde há cães, gatos e humanos, ele se acostumará com todos estes e não fugirá mais que por sair do caminho dos bichos maiores. Nós, por exemplo. Ele demonstrará uma cultura de quintal. Mas um frango do mato, selvagem, caçado por todos os elementos dali, que desenvolveu o hábito de estar atento e fugir, sempre estressado é diferente: quando trazido para aquele mesmo quintal habitado por frangos tranquilos, mesmo sendo o novo ambiente benigno, fugirá. E rápido. Ele manifestaria uma cultura derivada das relações diretas com a natureza. Notem que mesmo um animal de pouca inteligência tem cultura. Digo cultura a todo conhecimento armazenado, principalmente aquele transmitido entre as gerações.
Qual é a relação disso com os humanos? Foi descoberto que evoluímos de um ancestral comum com os chimpanzés. Derivados dele vieram os Australopithecus, vários deles e, depois de muito adaptarem-se através de mutações sem direção pré estabelecida, surgiram os primeiros Homo e depois nós, os orgulhosos Homo sapiens. Comecei com as galinhas para finalmente supor que se elas transmitem cultura entre as gerações, provavelmente – senão obrigatoriamente – todos estes primatas anteriores também transmitiram algo de geração para geração, sem importar as mutações intermediárias acontecidas. O primeiro Homo já tinha alguma cultura vinda por herança dos hominídeos anteriores, adquirida a seu tempo nas relações internas entre eles, bem como dentre eles com o ambiente.
Mas vamos adiante, porque não? Quando os humanos começaram, quase sempre se relacionaram com ambientes hostis. Percebendo que as agressões eram muitas, talvez mortais e que os pequenos grupos familiares eram bastante mais frágeis que os grupos maiores, admitiram socializar-se. Para que isso fosse possível, abdicaram de varias das suas liberdades em pró de recíprocas conveniências.
Mas que os agredia? Claro que o primeiro fator foi a própria natureza. Muitos deviam ser os predadores que caçavam nossos avós. Mas também outros humanos eram problemas. Todos os animais de hábitos como os dos homens, os oportunistas, se aproveitam de qualquer descuido. Não é característica somente dos homens: os porcos chegam a comer às ninhadas uns dos outros. É de imaginar que para os nossos ancestrais, primitivos, o que estivesse dando mole por aí seria para tomar. Importava muito mais a relação de forças com o objeto desejado (favorável ou não), que alguma ética que estipulasse certos e errados. Não havia o certo e o errado: o que havia era o possível e o impossível. Então, para viabilizarem aos grupos maiores, contiveram-se as mãos e começaram a respeitar o que fosse alheio. É daí que vêm as leis, que são as normas para as relações humanas com aqueles fatores que as afetem.
Deste modo, começamos a entender quais eram os objetivos dos primeiros formadores de civilização: constituir grupos maiores, para cada vez mais ser imunes aos agentes de agressão. Estes grupos buscavam domesticar o ambiente para torná-lo cada vez mais amistoso. Já na atualidade, reparem que o objetivo que demandava perda de liberdades – viabilizar a ferramenta chamada de civilização – foi alcançado: domesticamos o planeta e impusemos o nosso ponto de vista sobre a natureza. A razão para a aceitação do nosso primeiro contrato social foi esta domesticação. Mas não é certo que quando uma empresa é contratada para alguma função, cumprido o seu objetivo se finda o contrato?
Querem mais? Ter cultura equivale a dizer ter valores. Se for derivada de um ambiente agressivo, a cultura daí surgida será de valores impositivos. Agressão é imposição e condiciona os agredidos no hábito de impor! Ser capaz de impor não atesta inteligência. Uma cultura oriunda da agressividade, quando se relacione com outra desacostumada a tantas agressões, provavelmente prevalecerá. Terá mais tecnologias, conhecerá mais formas de solucionar problemas existentes ou imaginários. Será capaz de antecipar eventos mais eficazmente e será necessariamente mais ardilosa. Principalmente ardilosa. Ser mais capaz para a dominação, evidentemente, não confere nenhuma certeza de correção nos procedimentos, note-se.
As culturas se acomodam e se pacificam quando, depois de desiludir-se com a agressividade, mas constatando viver em ambiente capaz de prover suas necessidades, percebem ser negócio de melhor economia administrar a inteligência, condicionando seu uso para a paz. Então, se geram ambientes tranquilos que, preservados de agressões, costumam dar origem à tranquilidade tolerante de culturas com valores pacifistas. Pois a paz é tolerante e condiciona à tolerância! Ser capaz de tolerar não atesta estupidez. Será, provavelmente, uma cultura que: gastará menos recursos em sua manutenção e não trará tantos problemas ambientais; que promoverá menos guerras de conquista ou imposição de cultura e que, por isso mesmo; tenderá a ser menos invasiva de direitos e de espaços públicos ou privados, quer dos que a componham, quer não. Ser menos propenso a dominar, evidentemente, não confere nenhum atestado de boa conduta no proceder, note-se.
Note também que os valores surgidos das relações entre as civilizações e entre elas e o ambiente não são necessariamente manifestos. Em verdade, quase sempre não o são. São sutilezas básicas e condicionantes das interpretações, estas sim evidentes. O que quer dizer que pessoas nascidas e condicionadas por ambientes provenientes de culturas anteriores, formadas entre restrições e rusgas – todas – terão a tendência de manter suas expectativas desfavoráveis, tanto nas relações com o ambiente (original ou colonizado), como com os seus semelhantes. Ao contrario, basta ir aos lugares onde as pessoas estejam acomodadas, para verificar através de uma breve consulta histórica, que foi o passado dali que condicionou à paz.
Existem formas de proceder marcantemente dominadoras, que provocam muitos desconfortos. As culturas presentes têm metodologias bem eficientes em alcançar objetivos, mas têm este pernicioso vício de origem: nasceram e continuam condicionadas por valores oriundos de ambientes adversos. As suas ações são próprias para ambientes conflitivos; pressupõe que os cenários de suas ações são ambientes conflitivos; ignoram a possibilidade de conclusão do processo de domesticação do ambiente e; preservam as condições conflitivas onde sejam praticadas. Estas culturas têm também determinado o recrudescimento dos problemas ambientais que padecemos.
Um agravante: mesmo havendo grande empatia, o pensamento de um não poderá ser o pensamento de muitos. Onde poucos definem o pensamento válido, a carência de diversidade aumentará a fragilidade, por carência de versatilidade. É uma derivação do princípio de entropia.
Juntamos tudo isso num resumo? Uma cultura anterior à humanidade, gerada pela sua subordinação à ambientes de alto potencial destrutivo, adentrou a civilização; a humanidade – usando de sua cultura anterior – associou-se em contrato de indivíduos que comprometeram suas liberdades buscando o controle daquele ambiente adverso, através da metodologia civilizatória; o processo foi confiado à administração de pessoas ou grupos; transformado o ambiente, nasce a já civilizada cultura posterior e se finda o contrato. Fim.
Fim?
Os administradores da civilização pactuada para intermediar entre a selvageria e a domesticação ambiental, habituaram-se aos privilégios conquistados por imposição deles. Domesticaram ao ambiente sim, mas equivalendo todos os fatores que não participassem dos grupos dominantes – humanos e não humanos; anteriores ou não – perpetuaram-se no desfrute exclusivo das vantagens que constavam no contrato original. Como não permitem a fase pós-civilizatória, onde as já bem-educadas liberdades individuais retornariam aos legítimos donos – nós – nosso será o ônus de demiti-los.
A civilização não é objetivo final, mas estado intermediário predecessor de sabe-se lá qual organização pós-civilizatória, onde indivíduos entendidos como tal viveriam – ou não – em sociedade por decisão própria, no máximo das conveniências e potencialidades humanas.
As pessoas pagam por coisas que queiram possuir; não pagam para manter-se endividadas. Os direitos que possuímos são créditos pessoais contra débitos da organização social e, quando são naturais, são de aquisição gratuita; os deveres sempre serão deficitários às pessoas em pró da sociedade e carecem de acordo. Compram-se mais direitos; dificilmente mais deveres. O que as pessoas pagam, elas creditam à coletividade; nunca aos representantes dela. É equivocado pensar que nossos antepassados optassem por entregar sua liberdade em paga de algo que eles soubessem inalcançável. É equivocado pensar que aos nossos antepassados não doesse confiar a administração de suas liberdades a outros. É equivocado pensar que nossos antepassados não quisessem retornar ao usufruto de sua liberdade. É equivocado pensar que, caso a entrega da liberdade não desse retorno, um Homo sapiens normal não fosse rebelar-se e pretender retornar a situação prévia de liberdade selvagem. É equivocado pensar que não herdamos todas estas características de nossos antepassados.
Tendemos naturalmente à liberdade. Em ambiente agressivo, a liberdade será agressora. O ambiente domesticado condiciona ao exercício de uma liberdade pacífica. Há informação e tecnologia para viver sem caciques. Dominamos todos os fatores, mas ainda somos dominados pelos genes. Não seria já o tempo de estendermos nossa dominação sobre eles e controlar seus efeitos psico-sociais? ‘Tás com medo?
Senhores, leio seu jornal com interesse. Como todos, prefiro uns artigos a outros, mas assinalo a total falta de interêsse da rubrica de Daniel Cariello, Chéri à Paris. Pretensamente irônica, distila os habituais preconceitos contra França/franceses, sem uma gota de recuo, de análise, de politização. Realmente, um monte de sandices.
Boris
O blog de vocês já é um de meus favoritos; distinto, bom e consistente trabalho. Convido-os a visitarem meu blog, acima descrito, cujo propósito é, guardadas as devidas proporções, postar textos que interessem a uma visão diferenciada longe da massificação. Parabéns pela iniciativa de vocês e sucesso, José Carlos Peliano (tenho também um blog de poesia http://www.janeladepoemas.blogspot.com).
Desculpe-me, não é blog mas site de vocês! Na correria não dei a devida conta!
Bom Dia, eu sou frances no Rio e eu curto bastante essas informaçoes mundiais assim como esse site, sou ilustrador e adoraria ilustrar uns artigos. (meu portfolio no link)
boa continuaçao (estou sem acentos aqui)
a gente se vê nos comentarios
Desculpe, Mathieu, por não liberarmos teu comentário antes. Tivemos problemas com o servidor que mantém nosso banco de dados. Agora, tudo perfeito! Vamos ficar em contato. Espiaremos com tempo, em seguida, teu trabalho. Abração.
e um pensador que, à maneira de Slavoj Zizek, procura articular marxismo renovado com teoria psicanalítica.kkkkkkkkkkk.
e um pensador que, à maneira de Slavoj Zizek, procura articular marxismo renovado com teoria psicanalítica.kkkkkkkkkkk.
Estou acessando o "outras palavras" sem problemas, porém através do IPad.
Estou acessando o "outras palavras" sem problemas, porém através do IPad.
Bom retorno!
O boletim OUTRAS PALAVRAS tornou-se leitura obrigatória para todos os que desejam participar dos debates de TEMAS fundamentais á JUSTIÇA SOCIAL e á DEFESA do MEIO AMBIENTE entre outros temas de valor etico e moral e economico em nossa sociedade.
O boletim OUTRAS PALAVRAS tornou-se leitura obrigatória para todos os que desejam participar dos debates de TEMAS fundamentais á JUSTIÇA SOCIAL e á DEFESA do MEIO AMBIENTE entre outros temas de valor etico e moral e economico em nossa sociedade.
Um estudo bem didático – Agencienganas
As agências reguladoras nacionais e a destruição da saúde pela Anvisa
Por: José Ortiz Camargo Neto
O povo brasileiro é extorquido hoje por tarifas de pedágio escorchantes nas rodovias, setor regulado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (Antt); é enganado, maltratado e até roubado por empresas concessionárias de telefonia, cuja atividade é regulada pela Anatel; médicos e pacientes pelo Brasil afora sentem-se lesados por planos de saúde que estão no âmbito de regulação da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar); finalmente, assistimos a uma verdadeira inquisição sanitária praticada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) contra práticas terapêuticas saudáveis e queridas pelo povo brasileiro, que são sistematicamente proibidas pela agência (como o aveloz, a babosa e a auto-hemoterapia), num sério prejuízo à saúde da polulação.
Não é à toa que foram movidos 83 mil processos na Justiça brasileira contra tais agências, criadas entre 1996 e 2001 no Brasil, na esteira das privatizações, pois elas constituem uma anomalia, uma excrescência jurídica no ordenamento jurídico nacional, atrapalhando o funcionamento normal da Democracia; basta ver as derrotas que a Anvisa vem sofrendo na Justiça por serem consideradas ilegais e inconstitucionais muitas de suas resoluções. Mesmo nos EUA, pátria-mãe das agências, estes organismos são considerados antidemocráticos, despóticos e nocivos, motivo pelo qual tem sido empreendido enorme esforço para neutralizá-los.
O objetivo desta obra é ajudar a restabelecer a ordem democrática plena em nosso país, devolvendo aos legítimos representantes políticos do povo o poder de governar – sem o entrave de um poder burocrático e tecnocrático paralelo, que impede o funcionamento normal da nação.
O autor liberou grátis o pdf slideshare.net/AgencienganaS
Ler comentar e divulgar.
Aproveito este espaço para divulgar a minha campanha pelo VOTO NULO que está no AVAAZ: http://www.avaaz.org/po/petition/mobilizacao_popular_pelo_VOTO_NULO/?fAoacbb&pv=4.
no meu blogue: http://novaspensatas.blogspot.com.br/2012/08/campanha-do-voto-nulo-em-acao.html.
no Facebook: https://www.facebook.com/joaocarlos.olivieri.
e no Twitter: https://twitter.com/jonga_olivieri.
Agradeço se me derem uma força.Esta campanha tem tido uma boia aceitação nas ruas, mas é necessário um reforço…
Tenho uma ideia genial. que tal uma campanha para proibição do voto feminino, assim já é um bom começo, um grande passo.
Aproveito este espaço para divulgar a minha campanha pelo VOTO NULO que está no AVAAZ: http://www.avaaz.org/po/petition/mobilizacao_popular_pelo_VOTO_NULO/?fAoacbb&pv=4.
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no Facebook: https://www.facebook.com/joaocarlos.olivieri.
e no Twitter: https://twitter.com/jonga_olivieri.
Agradeço se me derem uma força.Esta campanha tem tido uma boia aceitação nas ruas, mas é necessário um reforço…
Aproveito este espaço para divulgar a minha campanha pelo VOTO NULO que está no AVAAZ: http://www.avaaz.org/po/petition/mobilizacao_popular_pelo_VOTO_NULO/?fAoacbb&pv=4.
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Agradeço se me derem uma força.Esta campanha tem tido uma boia aceitação nas ruas, mas é necessário um reforço…
Gritos de gente que a gente não vê na 5ª maior economia do mundo.
José Carlos Alves Pereira.
“Vi na TV que em Florianópolois-SC estão contratando pedreiros de “luxo”. Salário de R$5.000,00, mais casa, alimentação e lazer. É por isso que estou indo. Não pensei duas vezes. Pobre não tem escolha”. A frase é de Sérgio, 25 anos, 1º grau de escolaridade incompleto, com quem viagei num ônibus, do Vale do Jequitinhonha-MG até São Paulo com destino final, Florianópolis. A ação de Sérgio é como um Grito de milhares de trabalhadores sub-empregados ou desempregados sujeitos a trabalhos de qualquer espécie para sobreviver em um Brasil que acaba de se tornar a “5ª maior economia do mundo”.
Deslocamentos de trabalhadores ocorrem e são impulsionados no bojo the mundialização do capital, the transnacionalização de empresas, the financeirização, autonomização the produção, cujo caráter principal é a desregulamentação the política, the economia, a informalidade do trabalho, e, o esgarçamento the cidadania e the democracia. Veja-se o tratamento policial sobre as greves de trabalhadores nos canteiros de obras the Copa 2014 e do Rio Madeira para a construção de barragens. Quantos milhares de Sérgios não têm acesso à trabalho decente e à saúde na 5ª maior economia do mundo?
Dias depois, conheci dona Eloisa, 51 anos, cearense do Crato, em São Paulo. Ela tinha rosto sofrido, mas brilho, alívio e sorriso no olhar. Durante 20 anos dormira sob papelão em um barraco às margens do Tamanduateí. Mas, há cinco anos, foi à luta com o movimento dos sem-teto. Enfrentou a violência do Estado policial e o preconceito. Há dois dias, ela conseguiu uma casa popular. Muito contente, disse-me que voltava do centro the cidade, onde fora comprar um colchãozinho inflável. Depois de 25 anos ia poder voltar a dormir em um colchão. Mais um Grito por moradia abafado. Quantos milhares de famílias dormem em barracos de madeiras às margens de esgotos e lixões na 5ª maior economia do mundo?
Outro Grito veio de um imigrante boliviano, José Jamil, que trabalhou como escravo em oficinas de costura, em São Paulo-SP. Resgatado, Jamil disse não “ter para onde ir”. Não havia outra alternativa senão permanecer alvo das empresas transnacionais e suas fornecedoras que lhes suprem de mercadorias baratas às custas do trabalho mal pago ou escravo de muitos imigrantes. Quantos imigrantes trabalham como escravos, sem moradia, sem escola, sem acesso à cidadania na 5ª maior economia do mundo?
Em um dos bancos do terminal urbano Ana Rosa conheci o Marcelo, 25 anos. Ele dizia que já fora pessoa trabalhadora com seu pai e sua mãe em um sítio em Nova Venécia-ES. Mas, um fazendeiro tomou-lhes a terra e plantou eucalipto em tudo. O pai falecera dias depois. A mãe fora para um asilo. A ele, restou “sair de mund’afora”. Perguntei-lhe sobre o fato do prefeito Gilberto Kassab colocar a guarda civil metropolitana no encalço dos moradores de rua e proíbir a distribuição the sopa a eles pelas organizações de solidariedade. Marcelo tomou uma cachaça e disse-me: “já fui escorraçado e apanhei várias vezes desses guardas.” Quantos milhares de camponeses são expulsos do campo o eito dos canaviais, nos canteiros das grandes obras, ou, para morar nas ruas the 5ª maior economia do mundo?
Outro dia, encontrei Dona Eva pelas estradas empoeiradas do Vale do Jequitinhonha-MG. Ela mora em uma comunidade quilombola sem acesso a água potável. Tem três filhos, um deles trabalhador migrante cortador de cana. Todos os dias, de manhã e à tarde, dona Eva precisa caminhar seis quilômetros caatinga adentro para ir buscar água em uma represa que a Ruralminas fez para irrigar monocultivos de banana. Quantos milhares de famílias não tem acesso à água potável na 5ª maior enconomia do mundo?
Semana passada, encontrei-me com Dona Francisca e o Mestre Magrão. Ela falou-me sobre um grupo de mulheres que luta bravamente para sobreviver no Jardir Rincão, periferia de São Paulo. Ali, além das tarefas domésticas, elas elaboram costuras e artesanatos para tentar complementar a parca renda familiar. Como diria Sidnei Silva, “costuram sonhos” de viver com dignidade humana em suas famílias, em suas comunidades. Já o Mestre Magrão falou-me do trabalho de capoeira e de formação que ele faz com crianças, adolescentes e jovens na mesma periferia do Jardim Rincão. Com sua arte, procura colaborar para que meninos e meninas não encontrem na violência, nas drogas e prostituição, sua única alternativa de vida. Contudo, quantas Donas Franciscas e Mestres Magrões lutam sem o reconhecimento e apoio do poder público na 5ª maior economia do mundo?
Na 5ª maior enconomia do mundo, o Estado e os governos locais ignoram, de propósito, Sérgios, Eloisas, Josés, Marcelos, Evas, Franciscas, Magrões. Não ouve seus gritos por direitos básicos de cidadania. Ao contrário, os reprime com a violência organizada, institucionalizada. A quem e como serve o Estado na 5ª maior economia do mundo?
O 18º Grito dos Excluídos questiona esse sistema, por um lado, e, por outro, busca potencializar os Gritos the gente que a gente não vê, não ouve, não reconhece. Procura, através das lutas, sonhos, esperanças mostrar que há possibilidades e alternativas populares de se construir um país melhor, no qual o Estado garanta direitos a toda população, onde o ‘luxo’ não seja exceção ilusionista de tv, e, nem favor de empresas e governos.
Assim, o 7 de Setembro é mais que um dia the Pátria. Mais que um momento, que um evento. Faz parte de um processo de lutas por dignidade, cidadania e soberania popular. Se os direitos de cidadania e os valores democráticos forem garantidos aos trabalhadores, esta já é a essência do gozo – e não luxo – the nossa condição humana e do convívio em uma sociedade, onde o Estado esteja a serviço the nação e garanta direitos à toda população!
Gritos de gente que a gente não vê na 5ª maior economia do mundo.
José Carlos Alves Pereira.
“Vi na TV que em Florianópolois-SC estão contratando pedreiros de “luxo”. Salário de R$5.000,00, mais casa, alimentação e lazer. É por isso que estou indo. Não pensei duas vezes. Pobre não tem escolha”. A frase é de Sérgio, 25 anos, 1º grau de escolaridade incompleto, com quem viagei num ônibus, do Vale do Jequitinhonha-MG até São Paulo com destino final, Florianópolis. A ação de Sérgio é como um Grito de milhares de trabalhadores sub-empregados ou desempregados sujeitos a trabalhos de qualquer espécie para sobreviver em um Brasil que acaba de se tornar a “5ª maior economia do mundo”.
Deslocamentos de trabalhadores ocorrem e são impulsionados no bojo the mundialização do capital, the transnacionalização de empresas, the financeirização, autonomização the produção, cujo caráter principal é a desregulamentação the política, the economia, a informalidade do trabalho, e, o esgarçamento the cidadania e the democracia. Veja-se o tratamento policial sobre as greves de trabalhadores nos canteiros de obras the Copa 2014 e do Rio Madeira para a construção de barragens. Quantos milhares de Sérgios não têm acesso à trabalho decente e à saúde na 5ª maior economia do mundo?
Dias depois, conheci dona Eloisa, 51 anos, cearense do Crato, em São Paulo. Ela tinha rosto sofrido, mas brilho, alívio e sorriso no olhar. Durante 20 anos dormira sob papelão em um barraco às margens do Tamanduateí. Mas, há cinco anos, foi à luta com o movimento dos sem-teto. Enfrentou a violência do Estado policial e o preconceito. Há dois dias, ela conseguiu uma casa popular. Muito contente, disse-me que voltava do centro the cidade, onde fora comprar um colchãozinho inflável. Depois de 25 anos ia poder voltar a dormir em um colchão. Mais um Grito por moradia abafado. Quantos milhares de famílias dormem em barracos de madeiras às margens de esgotos e lixões na 5ª maior economia do mundo?
Outro Grito veio de um imigrante boliviano, José Jamil, que trabalhou como escravo em oficinas de costura, em São Paulo-SP. Resgatado, Jamil disse não “ter para onde ir”. Não havia outra alternativa senão permanecer alvo das empresas transnacionais e suas fornecedoras que lhes suprem de mercadorias baratas às custas do trabalho mal pago ou escravo de muitos imigrantes. Quantos imigrantes trabalham como escravos, sem moradia, sem escola, sem acesso à cidadania na 5ª maior economia do mundo?
Em um dos bancos do terminal urbano Ana Rosa conheci o Marcelo, 25 anos. Ele dizia que já fora pessoa trabalhadora com seu pai e sua mãe em um sítio em Nova Venécia-ES. Mas, um fazendeiro tomou-lhes a terra e plantou eucalipto em tudo. O pai falecera dias depois. A mãe fora para um asilo. A ele, restou “sair de mund’afora”. Perguntei-lhe sobre o fato do prefeito Gilberto Kassab colocar a guarda civil metropolitana no encalço dos moradores de rua e proíbir a distribuição the sopa a eles pelas organizações de solidariedade. Marcelo tomou uma cachaça e disse-me: “já fui escorraçado e apanhei várias vezes desses guardas.” Quantos milhares de camponeses são expulsos do campo o eito dos canaviais, nos canteiros das grandes obras, ou, para morar nas ruas the 5ª maior economia do mundo?
Outro dia, encontrei Dona Eva pelas estradas empoeiradas do Vale do Jequitinhonha-MG. Ela mora em uma comunidade quilombola sem acesso a água potável. Tem três filhos, um deles trabalhador migrante cortador de cana. Todos os dias, de manhã e à tarde, dona Eva precisa caminhar seis quilômetros caatinga adentro para ir buscar água em uma represa que a Ruralminas fez para irrigar monocultivos de banana. Quantos milhares de famílias não tem acesso à água potável na 5ª maior enconomia do mundo?
Semana passada, encontrei-me com Dona Francisca e o Mestre Magrão. Ela falou-me sobre um grupo de mulheres que luta bravamente para sobreviver no Jardir Rincão, periferia de São Paulo. Ali, além das tarefas domésticas, elas elaboram costuras e artesanatos para tentar complementar a parca renda familiar. Como diria Sidnei Silva, “costuram sonhos” de viver com dignidade humana em suas famílias, em suas comunidades. Já o Mestre Magrão falou-me do trabalho de capoeira e de formação que ele faz com crianças, adolescentes e jovens na mesma periferia do Jardim Rincão. Com sua arte, procura colaborar para que meninos e meninas não encontrem na violência, nas drogas e prostituição, sua única alternativa de vida. Contudo, quantas Donas Franciscas e Mestres Magrões lutam sem o reconhecimento e apoio do poder público na 5ª maior economia do mundo?
Na 5ª maior enconomia do mundo, o Estado e os governos locais ignoram, de propósito, Sérgios, Eloisas, Josés, Marcelos, Evas, Franciscas, Magrões. Não ouve seus gritos por direitos básicos de cidadania. Ao contrário, os reprime com a violência organizada, institucionalizada. A quem e como serve o Estado na 5ª maior economia do mundo?
O 18º Grito dos Excluídos questiona esse sistema, por um lado, e, por outro, busca potencializar os Gritos the gente que a gente não vê, não ouve, não reconhece. Procura, através das lutas, sonhos, esperanças mostrar que há possibilidades e alternativas populares de se construir um país melhor, no qual o Estado garanta direitos a toda população, onde o ‘luxo’ não seja exceção ilusionista de tv, e, nem favor de empresas e governos.
Assim, o 7 de Setembro é mais que um dia the Pátria. Mais que um momento, que um evento. Faz parte de um processo de lutas por dignidade, cidadania e soberania popular. Se os direitos de cidadania e os valores democráticos forem garantidos aos trabalhadores, esta já é a essência do gozo – e não luxo – the nossa condição humana e do convívio em uma sociedade, onde o Estado esteja a serviço the nação e garanta direitos à toda população!
Olá. Veja a chamada do artigo “Por que a fome volta a rondar o mundo”. Outras Palavras faz propaganda malthusiana? Será que não percebem o reacionarismo dessa ideologia?
TEU MODO DE PENSAR NÃO TE AUTORIZA A URINAR EM UM DESPACHO DE UMBANDA ONDE QUER QUE ELE ESTEJA!
(Por Fernando Vagah)
Um cortejo de vadias, namorados e amiguinhos em meio ao encontro mundial da juventude católica é certamente um dos exemplos mais cafajestes do mau uso do direito de manifestação e expressão. Antes de qualquer coisa, quero me posicionar como um agnóstico, inteiramente favorável à descriminalização do aborto e ao direito da mulher de decidir sobre o seu corpo; favorável também à descriminalização do uso, porte, plantio e comercialização da maconha. Declaro de saída que aceito o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a adoção de crianças por casais homossexuais; que abomino qualquer forma de racismo, xenofobia e fundamentalismo religioso e que acho completamente inadequada a confusão entre religião e Estado, entre outras teses bacanas. Considero o capitalismo uma tristeza e sou um eleitor de esquerda.
Entretanto, isso de modo algum me autoriza a agir de forma organizada, me aproximar e invadir aos berros e em comportamento insultante um espaço, privado ou público, em que pessoas e organizações celebram e confraternizam em torno de um modo de pensar diametralmente diferente do meu. Nenhum modo de pensar autoriza quem quer que seja a urinar em um despacho de umbanda, esteja esse onde estiver!
Pouco me interessa se o Estado incorreu em gastos para acomodar uma multidão de pessoas de uma determinada confissão religiosa. Isso não vem ao caso, embora o próprio número de pessoas envolvidas sugira que o poder público deveria sim preparar a cidade e auxiliar de modo parcimonioso e legal a organização de um evento de tal magnitude. Se o fez dessa forma ou não, mais uma vez, é uma outra discussão, embora legítima.
Se eu me comportasse diferente estaria sendo autoritário e agindo de forma simplesmente cafajeste. Pelo relevante motivo de que não aceitaria e me sentiria ultrajado, se uma manifestação em torno das minhas convicções fosse invadida e interrompida grosseiramente de forma insultuosa por adeptos de teses contrárias. Ainda mais, como é o caso, se uma violência dessa ordem fosse perpetrada em nome do livre direito à manifestação. Coisa nenhuma! Isso é violência. É como cuspir no rosto e isso não é atitude de gente decente.
Isso é sim violência descarada! Se não for contida, pelo bom senso ou pela lei, ela praticamente autoriza que uma multidão de milhões de protestantes e/ou católicos possam disputar na marra com homossexuais e simpatizantes o espaço público de uma parada gay, pelo simples motivo de que estão convictos de que aquilo é uma aberração e uma afronta à vontade de deus. Ou, quem sabe, possam marchar aos milhões sobre uma edição do Rock in Rio por acreditarem piamente, com fundamento em um livro sagrado qualquer, que aquilo é uma ignomínia, além de musicalmente vagabundo. Coisíssima nenhuma! Se o fizessem deveriam ser impedidos, pelo poder público, com o uso da força se necessário! Se eu não pensasse assim, teria que achar a coisa mais normal do mundo que o Comando de Caça aos Comunistas tenha invadido o Teatro Galpão, em 68, para impedir a encenação de Roda Viva, espancar artistas e depredar o cenário, só porque achavam que deviam, apenas para mencionar uma das muitas ações infames perpetradas pela ditadura. Ponto.
Não pensem jovenzinhos que uma brigada de mascarados poderia ser mobilizada para atuar como milícia de proteção dos seus eventos preferidos e que tudo se resolveria assim simplesmente. Crenças religiosas também são capazes de armar suas milícias e elas são igualmente violentas e horrorosas. Confio que não preciso dar exemplo disso e os conflitos resolvidos dessa forma, imersos em ódio, são o portal do inferno, independente de vocês acreditarem ou não na existência desse lugar de má fama. Qualquer um, de inteligência mediana, mesmo no conforto do seu sofá, é capaz de imaginar a quantidade de dor, sofrimento, privação, humilhação e cancelamento do futuro, às vezes por gerações, que conflitos dessa ordem podem acarretar. E não me venham idealizar as batalhas! O desprendimento dos seus mártires. Não me encham o saco com isso!
Aliás, quem glamouriza uma proteção desse tipo, mocinha, acaba refém pura e simplesmente de sua capacidade de se impor e não de convencer. Algumas poderão se encantar pelas exibições de audácia e destemor. Alguns poderão optar pelo terror e pelas ações mais sanguinárias, pelos seus belos olhos ou pela suas curvas ainda jovens; pela simples aceitação no grupo ou para granjear mais e mais prestígio e poder. Aliás, quantas já não se apaixonaram pelos chefões, subchefões, chefetes e vaporetes bons de lábia das favelas e do asfalto? No fundo é a mesma porcaria. Violência e idealização da violência. Com pouco mais ou um pouco menos de cocaína, funk, rock n’roll, energético e iogurte. Mas não se engane, se ele der na sua cara, vai ficar por isso mesmo. E quanto mais as instituições estiverem fragilizadas, mais porrada você vai levar.
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michèle sato
profa UFMT
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