Augusto Boal e as Crônicas de nuestra América

Criador do Teatro do Oprimido é lembrado com textos do exílio na Argentina, nos anos 70 — agora levados ao teatro

Augusto Boal no Teatro de Arena. 15/09/2004Foto: Raphael Falavigna

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Criador do Teatro do Oprimido é lembrado com textos do exílio na Argentina, nos anos 70 — agora levados ao palco

Outras Palavras inicia hoje pequena série sobre o escritor e homem de teatro Augusto Boal. Numa iniciativa inovadora, o leitor poderá conviver com alguns daqueles grandes temas contidos nas Crônicas de nuestra América, que Boal escreveu entre 1971 e 1976, no exílio na Argentina. Poderá apreciar também a vigorosa trajetória do escritor e homem de teatro.

A serie coincide com a estreia de Crônicas de nuestra América no palco do Oi Futuro do Flamengo (22/08, no Rio). Com direção de Gustavo Guenzburger, o espetáculo é uma adaptação para teatro das crônicas, publicadas originalmente no jornal O Pasquim. O texto teatral, adaptado por Theotonio de Paiva, inscreve-se num projeto que possui uma longa história.

Surge a partir de uma ideia de Cecília Boal, viúva do escritor e presidente do Instituto Augusto Boal, para levar à cena algumas daquelas histórias, muitas delas retiradas de notícias de jornais e relatos populares. A proposta foi feita ao diretor e a sua companheira, Clara de Andrade, estudiosa da obra do escritor, e confirma o olhar sensível do dramaturgo. Na difícil condição de exilado, Boal emprega toda a maestria para transformar uma realidade dramaticamente absurda, que o cidadão comum vive diariamente, em obra de arte.

Pensamos construir, ao longo das próximas semanas, um grande painel jornalístico que aproxime o leitor das múltiplas referências que a obra de Boal nos inspira. Serão publicados artigos sobre o próprio Boal, teatro brasileiro, crônicas, exílio e América Latina. Além disso, com o apoio da Cosac Naify, apresentaremos algumas das crônicas utilizadas na adaptação para teatro em Crônicas de nuestra América.

Começamos a série com o conto/crônica A gente acaba se acostumando e o artigo Augusto Boal: primeiros tempos, do escritor Ovídio Poli Junior.

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Um comentario para "Augusto Boal e as Crônicas de nuestra América"

  1. pepe disse:

    Bravo! Finalmente! Trabalhei com ele,face mais de 20 anos,cheguei no Brasil
    e fiquei srpeendido com a ignorancia do povo teatral btasileiro com sua trajetoria internacionao ,parabens !

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