Eleições 2016: um desastre e seus siginficados

Seduzida pelo poder, esquerda afastou-se de seu eleitorado e entregou voto anti-establishment a conservadores. Foi massacrada. Será hora de reinventá-la?

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Seduzida pelo poder, esquerda afastou-se de seu eleitorado e entregou aos conservadores o voto anti-establishment. Foi massacrada. Será hora de reinventá-la?

Por Antonio Martins | Imagem: Oswaldo Guayasamín

[Terceira parte da série O Brasil sob o Golpe: seis hipóteses polêmicas. Leia também as hipóteses 12 e 3]

As forças políticas que deram um golpe de Estado e empossaram um governo ilegítimo, há poucos meses, tiveram ontem uma vitória eleitoral expressiva, em todo o país. Ela pode ser vista por diversos ângulos.

No conjunto dos municípios, PMDB (1028) e PSDB (793) – os dois partidos essenciais para o golpe – elegeram o maior número de prefeitos. Embora já fosse assim em 2012, a novidade mais expressiva é o encolhimento das prefeituras petistas: são agora apenas 256, menos da metade de há quatro anos.

Já nas capitais e municípios com mais de 200 mil eleitores – um universo de 93 cidades, onde concentram-se 40% dos eleitores – sobressai algo ainda mais grave: o predomínio do PSDB; além, novamente, do declínio do PT. Os tucanos, que tinham 18 prefeituras há quatro anos, elegeram 14 candidatos no primeiro turno e levaram 19 postulantes ao segundo. Os petistas, que tinham 14 em 2012 (e chegaram a eleger 25, em 2008), ficarão entre um (eleito no primeiro turno) e oito.

O PT foi derrotado em redutos onde se concentraram, por décadas, suas bases sociais. Nos 39 municípios do ABC Paulista e Grande São Paulo, o partido só irá ao segundo turno em Santo André e Mauá. Em São Paulo, registrou seu pior resultado em vinte anos. Nas capitais do Nordeste, para onde migrou seu eleitorado a partir da chegada de Lula ao governo, participará de uma única disputa definitiva: em Recife. Enquanto isso, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, conservador notório, despontava como um dos grandes vencedores do pleito. Alcançou o feito, contraditoriamente, ao eleger para a capital, já no primeiro turno, um suposto outsider: João Dória, milionário quase desconhecido, que surfou incólume na onda da rejeição à “velha política”.

Ao contrário do que algumas análises previam desde 2013, o espaço perdido pelo PT não foi ocupado por forças à esquerda. Nem os partidos estabelecidos (como o PSOL ou PCdoB) tiveram crescimento expressivo; nem surgiu, com relevância, alguma formação de novo tipo, um Podemos brasileiro. Algumas vitórias alcançadas são notáveis: Marcelo Freixo e Edmilson Rodrigues (PSOL) irão ao segundo turno no Rio de Janeiro e Belém. O mesmo farão Edvaldo Nogueira e Carmin Moura (PCdoB), em Aracaju e Contagem. Mas nem em número de votos, nem em capacidade de expressar tendência nacional, estes resultados equiparam-se ao que significou o avanço da esquerda nas prefeituras entre 1990 e 2008.

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Estes resultados devastadores atiçam certos analistas. Ainda ontem, o cientista político Gaudêncio Torquato, um dos assessores mais próximos de Michel Temer, decretava “a morte” do PT “radical”, “polarizador”, “de confronto”. Ele concede: a esquerda pode sobreviver – desde que se normalize; conforme-se às desigualdades e recalques da sociedade brasileira; perca dentes e unhas; e, em especial, aceite a agenda de retrocessos prevista para os próximos meses.

Segundo este raciocínio – que, nos próximos dias, será repetido à exaustão – as eleições de ontem desmentem, para todos os efeitos, a ideia de que houve um golpe. A sociedade não elegeu os partidos acusados de golpistas? Aqueles que se sentiram golpeados e reivindicavam a democracia não foram agora punidos exemplarmente pelos eleitores? Os que assumiram o poder derrubando Dilma não conquistaram ontem legitimidade para as medidas “sensatas e indispensáveis”? Não é hora de aceitarmos o congelamento os investimentos públicos, o corte dos direitos previdenciários e a devastação a CLT?

Tal construção choca-se, porém, com outra realidade. Há anos, o Brasil é palco de uma sucessão de movimentos e deslocamentos sociais que expressa uma agenda oposta à que foi, supostamente, vitoriosa nas urnas. Isso inclui, entre inúmeros fenômenos, a emergência das Culturas da Periferia, a multiplicação dos Cursinhos Públicos, as Marchas da Maconha e das Vadias, as Jornadas de Junho de 2013, os rolezinhos que desafiaram a segregação dos shopping centers, a Primavera da Mulheres (e a aparição do Feminismo Negro), a reivindicação de uma nova escola pelos secundaristas. A reinvenção e a criatividade parecem intermináveis. O sentido, porém, é nítido: mais direitos; menos controle da sociedade pela lógica do branco, macho e rico. Ou seja, as ruas estão em conflito com o que dizem as urnas, segundo os que pretendem interpretar o 2 de Outubro…

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Como decifrar este descompasso? Em oposição às análises convencionais, este texto propõe cinco argumentos:

1) A esquerda clássica não sucumbiu por se opor à “sensatez” neoliberal, mas por deixar-se aprisionar numa cilada histórica. Suas conquistas mudaram a paisagem social do Brasil; mas sua estratégia foi marcada por dois limites, examinados num texto anterior: a recusa a lutar por reformas estruturais e o captura pelo Estado – ou seja, a desmobilização dos mecanismos de pressão social sobre as instituições;

2) A presença da esquerda no governo central foi tolerada, enquanto capaz de acomodar tanto os ganho da oligarquia financeira e grandes empresas quanto grandes espaços de poder para os partidos tradicionais. Por volta da metade do primeiro governo Dilma, porém, este arranjo entrou em risco. A partir desse momento, as elites antes associadas ao governo exerceram resistência crescente e diversa: oposição à queda dos juros; “greve de investimentos”; rebelião da base de apoio ao Palácio do Planalto no Congresso; “pautas-bombas”. E, crucial: logo ficou claro que o governo era presa fácil, que cedia a chantagens, que fazia concessões cada vez mais escancaradas, exatamente devido a suas duas vulnerabilidades. Ele havia deixado intactas as estruturas (o oligopólio da mídia, por exemplo) que o emparedavam; e já não dispunha, fora do Estado, de nenhum fator de contrapressão. Da percepção desta fraqueza ao golpe, foram poucos passos.

3) A esquerda institucional reuniu, em diversos períodos, enorme popularidade. Porém, por não ter criado estruturas de contrapoder, este apoio foi sempre frágil, inorgânico, sujeito às manipulações midiáticas. A perseguição seletiva contra o PT, durante toda a Lava Jato, jamais pôde ser eficazmente enfrentada. E políticas muito relevantes, como as que colocaram pela primeira vez centenas de milhares de negros nas universidades, acabaram sendo individualizadas, vistas como resultado do mérito pessoal. Distanciado de sua base, sem impulso político para mobilizá-la, o PT acabou por perdê-la também eleitoralmente. É o que mostram os fracassos emblemáticos no ABC Paulista ou nas capitais do Nordeste.

4) Pior – e daqui a ideia de cilada histórica. Por estar até recentemente no poder; por acovardar-se diante das pressões e chantagens; por enxergar como única defesa um mergulho cada vez mais acrítico nas práticas políticas tradicionais, a esquerda tornou-se incapaz de disputar o movimento de protesto anti-establishment. Trata-se de um fenômeno pouco estudado, mas cada vez mais potente em toda parte. Está na origem de fenômenos opostos. De um lado, os Indignados espanhóis e a formação do Podemos; Occupy Wall Street e a candidatura de Bernie Sanders; Jeremy Corbyn, na Inglaterra. De outro, o Brexit, a ascensão de Marine Le Pen na França, o Brexit, a rejeição do acordo de paz entre o Estado colombiano e as Farc, ainda ontem, em plebiscito.

5) Nos velhos tempos, um PT rebelde orgulhava-se de ser “diferente de tudo o que taí”. Agora é visto, no mínimo, como parte da elite política; ou, frequentemente, como sua expressão maior... Ontem, o voto anti-establishment manifestou-se no Brasil com força inédita. Examiná-lo com rigor, tarefe indispensável, não cabe neste texto. Mas é possível adiantar algumas hipóteses. Ele assumiu a forma de um índice inédito de votos em “ninguém” (abstenções, brancos e nulos somados): eles suplantaram o primeiro colocado em dez capitais.

Mas este voto deslocou-se também para um tipo particular de candidato, do qual João Dória, o novo prefeito de S.Paulo, é a principal expressão. Parece ter sido cuidadosamente construído. Nunca havia disputado um pleito. Iniciou a disputa como azarão, com 5% das intenções de voto – o que o livrou do fogo cruzado dos adversários. Apresentou-se como “um gestor, não um político”. Difundiu a imagem de “homem bem sucedido”, “por seus próprios méritos”. É tão verdadeira como uma nota de três reais, mas impressionou o eleitorado, numa disputa rápida, morna e sem atrativos.

* * *

“Olhar nos olhos de nossa tragédia é meio caminho andado para vencê-la”, escreveu o dramaturgo Oduvaldo Vianna Filho (Vianninha), pouco depois do golpe de 1964. A derrota de ontem, autêntico 7 x 1, não é a da resistência ao golpe, da oposição a sua agenda de horrores, da luta que permanecerá cada vez mais atual para vencer as relações de Casa Grande-Senzala. Mas é, de fato, a derrota de um projeto ao qual, de um modo ou de outro, todos estivemos ligados.

Vamos nos atrever a superá-lo? Por que parece tão difícil fazê-lo, no Brasil? Este é o assunto do próximo texto desta série.

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8 comentários para "Eleições 2016: um desastre e seus siginficados"

  1. JORGE disse:

    Nem de longe, nunca me passou aprovar e/ou concordar e/ou defender (não sou advogado) a corrupção de quem quer que seja. Aos incautos de plantão (sim, eles também aparecem por aqui), não é disso que trata minha humilde opinião.
    Parece-me que, da mesma forma que a esquerda brasileira e, sobretudo, Lula e o PT não viram que simplesmente JAMAIS seriam, de fato, aceitos pela casa grande (com minúsculas mesmo) num grotesco erro estratégico e/ou amadorismo, fundado certamente no orgulho e na vaidade (mas não só, evidentemente), da mesma forma o restante da galera que desqualifica o Golpe já, já irá sentir os seus (doces) e duradouros efeitos. Será tarde também, como foi para Lula e o PT.
    O Mercado precisa de consumidores, e não de cidadãos! Cidadãos, estes chatos petulantes que nunca aprendem o seu lugar, atrapalham sobremaneira o Mercado e o Poder estabelecido chegando muitas vezes a inviabilizá-los. Precisa-se muito mais de mercados e não de Nações (Soberanas). Precisa-se muito mais de lacaios e vassalos do que de patriotas, justos, honrados. Para tanto, evidentemente, o máximo de imbecilização (falta de senso crítico) possível, sobretudo na classe média/profissional liberal/ empresário. O convencimento sempre passa por ali.
    Do processo de imbecilização quase global, daí as graves crises econômicas mundiais de alguma forma eleitas (consentidas), o Brasil ficou numa situação de vulnerabilidade (imbecilização) muito maior em razão de sua péssima Educação Escolar. As condições de entendimento são muitíssimo restritas visto que a escola particular, também é, no geral, um lixo! O modelo é o mesmo, muda só o acesso a renda e as condições familiares.
    E, da galera que apoiou o Golpe e ainda não se deu conta do que virá acreditando que essas eleições desqualificam o Golpe, dos que mais perderão irão se destacar muitos daqueles que patrocinaram, sim, “uma greve de investimentos”. Eu quero ver este povo todo “vivendo de renda”, bancando a (péssima) escola particular e plano de saúde do Brasil. Comprando e alugando imóvel… Quero ver a galera passeando de carro blindado e/ou viajando, quem sabe até se mudando pro exterior… aí, a “vaca já foi pro brejo”. Só vai restar dizer, eternamente, que o PT acabou com o país.

  2. Caro Antonio Martins,
    Em primeiro lugar, parabéns pelo texto, que reflete em linhas gerais o que aconteceu nas últimas eleições municipais. Mesmo que se considere, porém, a extensiva abstenção do eleitorado brasileiro nas diversas capitais do país, não há como negar uma certa exaustão do projeto de esquerda, capitaneado inicialmente por Lula e depois por Dilma. Na minha avaliação, o grande vencedor das eleições do último dia 02/10 foi a direita, graças à ausência de outro projeto alternativo para as esquerdas do País. Agora só nos cabe recolher os “cacos” e criar um novo movimento de esquerda no País – especialmente se os “deslizes de Michel Temer” se tornarem mais evidentes nos próximos meses. Mas tudo indica que o projeto da direita brasileira é de permanecer o maior número de anos no poder, à espera de uma reação da “esquerda” que deve demorar um “par de anos”. Hermano de Melo de Melo. Jornalista e Escritor.

  3. As perdas eleitorais do PT este ano no ABC não foram emblemáticas. Embora o ABC tenha sim muita militância e seja o berço das suas bases sociais, o ABC tem uma imensa classe médica, extremamente conservadora. Elegeu prefeitos em 2007, quando a maré havia virado para o partido, e a economia ia bem. Mas sempre teve muitos problemas para eleger prefeitos.

  4. Marcelo disse:

    Golpe? Não foi o que disseram as urnas

  5. Davilson Brasileiro disse:

    Os que se acham do “bem” e dizem falar em nome do povo, estão mal!
    “O PT descobriu da forma mais dolorosa quem é ‘sem voto’ no País.
    A devastadora derrota em escala nacional do lulopetismo no pleito municipal constituiu mais um aval político ao impeachment de Dilma Rousseff – se isso ainda era necessário – e joga definitivamente por terra a teoria do ‘golpe’ contra as instituições democráticas. O resultado das urnas demonstra, da forma mais democrática possível, a vigorosa rejeição dos brasileiros a um projeto de poder que jogou o País na profunda crise que hoje enfrenta”.
    “Uma expiação mais rápida teria feito bem ao PT. Mas o partido ainda não se deu conta de que o arrependimento é a última serventia do crime. A julgar pelo silêncio pós-eleitoral de Lula e do resto da seita, o PT talvez só descubra os prazeres do remorso depois que a autocrítica não adiantar mais nada.”

  6. João Pereira Pinto disse:

    O que acho sensacional na esquerda é que ela nunca assume os seus erros… e passa isso para a sociedade e ai temos essa cultura de que são sempre os outros os culpados pelos nossos erros… e ai dá no que dá… o país não evolui, sob os mantras dos “golpes”; “dos tiramos milhões da pobreza, mesmo sabendo que não tiraram”; “de que o capitalismo é selvagem” … e vai por ai afora… enquanto isso os povos desenvolvidos estão se distanciando cada vez mais de nós… que ficamos a comer poeira e migalhas do que sobram… é o complexo de vira lata do povo brasileiro levado a sério.. pois até mesmo essa brilhante constatação do Nelson Rodrigues também é vista como desculpa e ou mal usada … eita brasilzão de meu Deus….

  7. Edgar Rocha disse:

    Com todo o respeito de quem já se tornou um leitor assíduo de seus textos, sr. Antonio, tendo a discordar num ponto: a enumeração dos “movimentos e deslocamentos sociais que expressa uma agenda oposta à que foi, supostamente, vitoriosa nas urnas”.
    Eu não colocaria todos no mesmo patamar ideológico de oposição ao “stablishment”. Ao menos, reconsideraria a marcha da Maconha, as Jornadas de Junho de 2013 e os rolezinhos. Estes não me pareceram tanto fruto de uma visão alternativa, mas muito mais um desejo de inclusão e afirmação de espaço no seio do próprio sistema, sem grandes pretensões de questionamento. O viés destas, na minha opinião, poderia ser considerado mais conservador do que qualquer outra coisa. Sobretudo no caso dos rolezinhos, a reivindicação se dava em torno da ocupação de um espaço no sistema o qual lhe era negado, a despeito do estímulo recebido para ocupá-lo. Querer ter o direito de frequentar shopping, não é necessariamente algo contrário do que se espera que façam. Já as jornadas de junho de 2013, não podem ser analisadas para muito além de um ponta-pé inicial da crise política fomentada e nutrida pelos meios de comunicação. A luta “contra-tudo-que-taí” ou “não é só pelos 30 centavos” deu o tom de todas outras manifestações ao estilo “somos todos cunha”, “ditadura já”, etc.
    Quanto a marcha da maconha, esta não parece ter ido muito além da necessidade de notoriedade de grupos advindos da academia (os da FFLCH-USP, principalmente), fato este que me parece bastante duvidoso quanto a ser algo para além do contexto de aglutinação de setores do meio universitário, como aquecimento para algo que, ao meu ver precisa ser melhor estudado, que são as manifestações “espontâneas” convocadas via redes sociais. O uso deste instrumento posteriormente para catalizar energias em favor dos movimentos manipulados pela grande imprensa ainda reservará surpresas aos historiadores do futuro, creio eu.
    Quantos aos outros movimentos citados, aí sim, pode-se falar em pautas realmente oposicionistas em relação ao sistema. Eu acrescentaria a divertida manifestação dos “Diferenciados” no bairro de Higienópolis. Com certeza há outros exemplos. Não é tarefa do senhor nem minha elencá-los por completo, claro.
    Mas, embora seja só um questionamento pontual (concordo com todo o resto), seria bom, quer, concordando ou não comigo, possamos admitir que nem tudo que reluziu nestes tempos de revolta é ouro, nem o será. Acho que ainda estamos no olho do furacão, enxergando tudo muito de perto, envolvidos com a realidade e ansiosos por entendê-la. Mas, receio que haja uma ambiguidade, uma mistura ideológica que nos impede de separar tudo.
    É bom lembrarmos o quanto os tempos atuais são esclarecedores da realidade política e da verdadeira postura dos agentes políticos na era da Ditadura. Quantos apostaram no brilho intelectual de FHC, no perfil democrático de alguém como Serra, entre tantos exemplos, simplesmente por terem sido a priori, oposicionistas ao regime? Quem poderia supor a importância de Jango e a realidade dos fatos em relação a sua morte?
    E quantos hoje, aparentemente contra o statu quo, são na verdade, fieis servidores deste, tal como os dois exemplos citados? Quais movimentos são de fato indicadores da voz das ruas e quais não fazem outra cosia senão endossarem valores e ideologias capazes de levar este país ao colapso social, político e econômico. Quantos movimentos são em verdade, desagregadores das lutas em torno das demandas sociais, ao invés de aglutinadores?
    Eu colocaria o episódio dos rolezinhos em posição diametralmente oposta à luta dos secundaristas contra a reforma do ensino, por exemplo.
    É isto. Obrigado pela oportunidade.

  8. Genovan de Morais disse:

    Queria até poder discordar, mas não consigo enxergar nada diferente do que muito lucidamente tem sido escrito sobre esse “circulo aberto” de desagregação e desmonte neste e nas outros três reflexões anteriores. Quanto à superação, ela é sempre uma possibilidade, mesmo quando pouca, muito pouca coisa aponte-a. Nosso nível de tolerância parece inesgotável, e historicamente com frequência tem sido, mas não há profetismo que a garanta como eterna.

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