Seriam Deleuze e Guattari pouco relevantes?

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PUC-SP aceita debate sobre papel dos pensadores e organiza aula aberta sobre eles

Críticas recentes – entre as quais se destacam as de Alain Badiou, Slavoj Zizek e Peter Hallward – questionam profundamente a utilidade política do pensamento de Deleuze e Guattari. Para esta reação à influência adquirida por ambos na última década e meia, os autores de O Anti-Édipo seriam ou anti-políticos ou, mesmo que contra sua vontade, apologistas do capitalismo neoliberal. Tais críticas, ao invés de serem simplesmente descartadas, devem nos servir de oportunidade para considerar os riscos efetivos, em que interpretações favoráveis a Deleuze e Guattari por vezes também incorrem, de fazer o pensamento de ambos funcionar desta maneira. É preciso, portanto, repensar a relação entre atual e virtual e os demais dualismos da obra de Deleuze e Guattari (molar/molecular, macro/micropolítica, desterritorialização/reterritorialização) não apenas a fim de reconstruir o sentido original da intervenção política empreendida por eles, como para trazer à luz a maneira como eles ainda hoje podem oferecer elementos essenciais para o engajamento com situações políticas concretas.

Rodrigo Nunes falará sobre o tema nesta quarta-feira, 6/6 (veja detalhes abaixo). Ele é PhD pelo Goldsmiths College, Universidade de Londres, e pós-doutorando na PUCRS, com bolsas PNPD/CAPES e FAPERGS, onde coordena o grupo de pesquisa Materialismos – Correlacionismo, ontologia e ciência na filosofia contemporânea (www.materialismos.wordpress.com). É membro do coletivo editorial do projeto transnacional Turbulence (www.turbulence.org.uk); e ocasionalmente alimenta o blog http://orangoquango.wordpress.com.

Quarta-feira, 6 de junho, às 19:30, no Colégio São Domingos: Rua Monte Alegre, 1083, sala 1, Perdizes, São Paulo

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4 comentários para "Seriam Deleuze e Guattari pouco relevantes?"

  1. QUEM SÂO Alain Badiou, Slavoj Zizek e Peter Hallward MESMO PERTO DE DELEUZE-GUATTARI?

  2. Super-relevantes, como bem mostra o Manuel de Landa, o Michael Hardt e o Antonio Negri. Toda crítica de Badiou e Zizek vem na esteira do pensamento de "Capitalismo e Esquizofrenia" e ainda hoje, principalmente no Brasil, ainda não foi assimilada a profundidade da Multiplicidade deleuziana para o pensamento e a organização política.

  3. Paulo disse:

    Não existem filósofos ou pensadores irrelevantes quando se contextualiza sua obra e pensamento.

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