O drama dos refugiados, segundo Zygmunt Bauman

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Para o filósofo, europeus chocam-se porque temem estar, no futuro, na mesma condição dos que chegam às suas praias

Vale muito a pena assistir (e, quem sabe, traduzir), uma animação recém-produzida pela Al Jazeera. Com texto (e voz) do filósofo polonês Zygmunt Bauman, o filme (republicado acima) destaca um aspecto especial do drama dos refugiados do Oriente Médio, que estão chegando em ondas sucessivas à Europa.

Bauman destaca a incerteza, situação em que vivem contingentes cada vez maiores de europeus, acossados pelo desemprego e precariedade. Eles miram os refugiados e constatam que, dessa vez, já não se trata de pessoas que se acostumaram à fome e ao desabrigo. Não: quem bate à porta agora é gente que tinha casa, emprego, formação, família — e que foi subitamente desprovida destas condições.

Num mundo cada vez mais inseguro, nota o filósofo, os europeus se reconhecem nos desabrigados — e isso amplia ainda mais sua sensação de desamparo. Não há saídas imediatas, diz Bauman. Mas um ótimo começo será o possível acolhimento e reconhecimento mútuos. Se a sombra da precariedade é comum, a busca de soluções humanizantes e transformadoras também pode ser…

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2 comentários para "O drama dos refugiados, segundo Zygmunt Bauman"

  1. josé mário ferraz disse:

    Simples como água sem bosta no meu copo de cristal de beber uísque: Cobrar imposto sobre as grandes fortunas, pegar a dinheirama escondida nos infernos fiscais e empregar está fábula juntamente com o desperdício de explorar o espaço e construir torres para chegar ao céu e gastar tudinho ensinando cidadania à criançada, limpando os rios, plantando árvores e levar para o mato os animais dos zoológicos. Fácil, fácil. Não?

  2. Paulo Cesar da Silva Guimarães disse:

    Se, de fato, o planeta é a morada de todos os seres, então, onde quer que estejamos, jamais seremos refugiados.

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