IV Salão do Livro Político debate país pós golpe

Mesa de abertura, 18 de junho, reúne pré-candidatos à presidência. Participam Fernando Haddad, Jessé Souza, Ladislau Dowbor e Sueli Rolnik. Na feira de livros, descontos chegam a 50%

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Salão do Livro Político
De 18 a 21 de junho, das 10h às 22h.

Tuca: Rua Monte Alegre, 1024, São Paulo
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Crise, eleições, cenário econômico, censura e ciências, fake news e os 30 anos da Constituição de 1988 versus o atual protagonismo do Poder Judiciário, no Brasil pós golpe de 2016, são os temas debatidos nesta IV edição do Salão do Livro Político. Em paralelo uma feira de livros oferecerá centenas de títulos, de cerca de 30 editoras, com descontos de até 50%.
Além do Brasil pós-golpe serão abordados a situação política do Oriente Médio e fatos que marcaram a história global e continuam ecoando: maio de 1968, 50 anos depois, Marx e o marxismo no bicentenário do nascimento do filósofo alemão e os rumos da Revolução Cubana, após quase 60 anos. No ano da Copa do Mundo e no momento em que se desvela a corrupção na Fifa, o futebol também está na pauta do evento.
A mesa de abertura, dia 18 à noite, reunirá candidatos do campo de esquerda à presidência da república. Lula e o PT estarão representados pela senadora Gleisi Hoffmann. Guilherme Boulos (PSOL), Manuela D’Ávila (PCdoB) e Vera Lúcia (PSTU) já confirmaram presença. Para as demais mesas estão confirmados o ex-ministro da Educação Fernando Haddad e intelectuais como Jessé Souza, Ladislau Dowbor, Marcio Pochmann, Leda Paulani, Laura Carvalho, Ricardo Antunes, Esther Solano, Olival Freire, Gilberto Maringoni, Sueli Rolnik e Marcelo Semer, além do jornalista e acadêmico Leonardo Sakamoto mediando o debate sobre fake news.
Este ano o curso gratuito ministrado durante o Salão, “A teoria da revolução”, será dividido em quatro aulas que abordam Marx (com o professor Mauro Iasi), Lênin (Augusto Buonicore), Bakunin (Acácio Augusto) e Rosa Luxemburgo (Isabel Loureiro).
Em sua terceira edição, que homenageou Antonio Candido e contou com a presidenta Dilma Rousseff na abertura, o Salão recebeu cerca de 3,5 mil visitantes entre estudantes, professores universitários e militantes de movimentos sociais e partidos políticos de vários estados, que participaram de 13 mesas e conferências, inclusive com autores internacionais, além de cursos e apresentações culturais.
Iniciativa de um grupo de editoras independentes de grandes grupos editoriais, desde o ano passado em parceria com a Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), o Salão do Livro Político tem como objetivo fortalecer as editoras, aumentar a visibilidade de suas obras políticas no mercado e incentivar as vendas e a leitura desses livros. Os livros políticos representam atualmente algo em torno de 2,5% do total de obras publicadas no país a cada ano, considerando-se as três áreas correlatas (sociologia, filosofia e economia).

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