Miguel do Rosário: "hora de articular as mídias alternativas"

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“Esse movimento teria como função principal reunir recursos humanos e financeiros, no Brasil e no exterior, para distribuí-los para os centros de produção de conteúdo”

Por Miguel do Rosário

Outras Palavras está indagando, a pessoas que pensam e lutam por Outro Brasil, que estratégias permitirão resgatar o país da crise (Leia a questão completa aqui e veja todas as respostas dos entrevistados aqui).

Na minha humilde opinião, a nossa estratégia deveria ter dois focos, que estão ligadas organicamente. 1) criar um plano de informação, organizando os diversos núcleos que já existem. Isso requeria a constituição de um movimento que centralizasse todos esses projetos de alguma maneira vinculados à batalha de narrativa. Esse movimento teria como função principal reunir recursos humanos e financeiros, no Brasil e no exterior, para distribuí-los para os centros de produção de conteúdo. O Barão de Itararé poderia fazer isso, mas precisaria do apoio das forças políticas. 2) Um debate urgente sobre as eleições de 2018. Quais serão as estratégias? Quais serão os recursos? Os movimentos antigolpe poderiam organizar uma frente unida para debater as eleições de 2018, fazendo uma espécie de “prévias” informais, em todos estados, para que, com as decisões tomadas sobre quem serão os candidatos da nossa frente, as energias não fossem dispersas com centenas ou milhares de candidatos, e sim com aqueles que tivessem mais peso e compromisso com as nossas causas.

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Um comentario para "Miguel do Rosário: "hora de articular as mídias alternativas""

  1. A ideia é boa, mas acredito que a primeira coisa a fazer é buscar parceiros certos e determinados para criar uma mega agencia noticiosa e de conteúdos, de abrangência nacional e internacional, cujos assinantes e consumidores (pessoas físicas e entidades jurídicas de esquerda, escolas e universidades), contribuiriam para bancar as despesas. Hoje cria-se a cada dia dezenas de mídias alternativas que funcionam em caráter isolado ou individualizado, o que é bom, mas não cria contextos, porque falta uma base unificadora, necessária a esse tipo de proposta colocada aqui. A partir desse banco de noticias e conteúdos, seria possível criar grupos para estudos em rede, com troca de ideias dirigidas para estruturar novas teorias politicas econômicas e sociais. A grande narrativa sairia daí. Precisaremos de uma teoria e de uma filosofia para dirigir e dar sentido as ideias. É quase impossível tratar essa questão sem um suporte de base unificada devido a complexidade do assunto. Essa base unificada poderia ser “tratada” por programas específicos de computação, buscando conteúdos que se combinam ou recombinam formando contextos, o que hoje não é possível obter. Como sabemos o conhecimento não contextualizado perde-se na complexidade dos fatos e na velocidade da informação que o fragmenta e se perde por falta de sentido organizativo. É um grande desafio, em todos os sentidos, mas se não tentarmos não sairemos do campo da fragmentação!

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