Venezuela: há saída à esquerda?

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Há quem pense que o problema não é rebeldia de mais — mas de menos

Um grupo de intelectuais, ativistas e partidos que se colocam à esquerda do chavismo divulgou ontem, em Caracas, curioso manifesto. Dirige-se aos participantes da I Escola Ecossocialista de Pensamento Descolonial, organizada pela Rede Venezuelana de Investigação em Ciências Sociais e Humanidades. Considera, no entanto, que tal encontro destina-se, essencialmente, a propaganda do governo. E transmite aos que estão presente uma análise particular sobre a crise vivida pelo país.

Para os signatários do manifesto, a falta generalizada de bens de todo tipo, que marca o dia a dia dos venezuelanos, tem origem não no caráter esquerdista do governo de Nicolas Maduro — mas, ao contrário, em sua suposta capitulação diante do capital financeiro internacional. Para manter os pagamentos de uma dívida ilegítima, o presidente teria reduzido de forma drástica os limites à importação de bens essenciais.

A escassez teria facilitado a ação dos especuladores, que controlam a circulação dos produtos e elevaram seus preços abusivamente. Uma burocracia governamental seria cúmplice. A alternativa seria suspender o pagamento da dívida e submetê-la a auditoria. O manifesto pode ser lido no site da rede Aporrea.

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