David Bowie, um guia para iniciantes

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Em breve retrospectiva, os sucessos e as múltiplas fases de alguém que, além de criativo e inovador, soube cultivar a difícil arte da auto-transformação

Por Brad Reed, em BGR | Tradução: Gabriela Leite

Admito ter ficado surpreso ao ouvir que David Bowie morreu na noite passada, principalmente porque nunca me ocorreu que David Bowie poderia morrer. Racionalmente, eu entendo que ele era um homem mortal e não um deus, mas ao mesmo tempo sua música e sua persona tem sido uma força vital para o mundo do entretenimento por tanto tempo, que eu nunca realmente imaginei que ele pudesse ir embora. Para aquelas almas infelizes por aí que estão se perguntando o porque de tanto estardalhaço sobre David Bowie, eu ofereço um guia com algumas de suas melhores músicas.

De coração, Bowie era um camaleão criativo. Ele não apenas transformou sua música ao longo dos anos, mas também toda a sua persona, fosse no papel do deus do rock marciano Ziggy Stardust, ou no fascista Thin White Duke. Diferente de outros músicos que fazem fortuna com um único som específico, e depois o espremem até a morte (estamos olhando pra vocês mesmo, Foo Fighters e Red Hot Chilli Peppers!), Bowie não se satisfazia em ficar parado em um único lugar por muito tempoVamos começar com “Space Oddity”, seu primeiro sucesso e uma música que mostrou o que seria seu duradouro interesse em temas de ficção científica:

A obsessão de Bowie com o espaço seria carregada por muitos clássicos a seguir, incluindo “Life on Mars?”, “Starman” e “Ziggy Stardust”:

Após o grande sucesso desses primeiros hits, Bowie começou a se mostrar um incansável criativo, e balançou em direções diferentes, incluindo o neo-soul de “Young Americans”…

…e “Fame”, com influência do funk:

Apesar de serem ambas ótimas, ao ouvi-las, você compreende que Bowie ainda estava procurando por uma direção que o abastecesse uma vez mais com criatividade. O que encontrou quando se uniu com o produtor Brian Eno, no final dos anos 70, para uma série de álbuns que seriam influenciadas pelo som dos alemães Kraftwerk e Neu! Aqui estão algumas amostras desses discos, começando com a que é, na minha opinião, a melhor música de Bowie, “Sound and Vision”:

“Heroes” é outro grande ponto forte que talvez você conheça de comerciais de TV:

E “DJ”, a sátira espirituosa da cultura musical inpirada por David Byrne e Talking Heads:

Nos anos 80, Bowie se transformaria novamente, para fazer dance music séria, simbolizada pelo hit clássico “Let’s Dance”:

Nos anos 90, Bowie foi influenciado por uma geração mais nova de músicos, como Trent Reznor, de Nine Inch Nails, que se juntou ao artista na música “I’m Afraid of Americans”:

Bowie nunca parou de se mover criativamente, e seu último álbum, Blackstar, foi lançado ainda no começo desse mês. Uma de suas faixas, de dez minutos de duração, mostra que Bowie ainda tinha muita vida criativa sobrando, mesmo em seus últimos dias:

Descanse em paz, David Bowie. Você foi absolutamente único em seu gênero.

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Um comentario para "David Bowie, um guia para iniciantes"

  1. Becker disse:

    Olá amor,
    que post ma-ra-vi-lho-so!
    Eu sei o quanto é complicado fazer posts frequentes!
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    Beijos!

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